Iñigo Martínez (Real Sociedad)



Em Espanha, esta temporada, exceptuando o campeonato a dois entre Barcelona e Real Madrid, o principal destaque foi a Real Sociedad. Com jogadores ainda pouco conhecidos a nível internacional, mas com um potencial magnífico, o conjunto basco superiorizou-se a Valência e Málaga e garantiu o acesso ao play-off da Liga dos Campeões.

Privilegiando uma eficaz circulação de bola, a Real Sociedad praticou um futebol que agradou aos amantes do desporto-rei. A boa temporada possibilitou a vários atletas sair do anonimato e passar a constar do bloco de notas dos principais emblemas europeias. Apesar do fantástico fulgor ofensivo que caracterizou a época da formação do País Basco, o central Iñigo Martínez foi uma das principais figuras da sua equipa.


Nome: Iñigo Martínez Berridi
Nascimento: 17/05/1991 (22 anos)
Naturalidade: Ondarroa - Espanha
Altura: 176 cm
Peso: 70 kg
Posição: Defesa-Central
Clube: Real Sociedad - Espanha
Percurso: Aurrerá Ondarroa e Real Sociedad
Nº Camisola: 6


Natural de Ondarroa, o defesa deu início à sua formação no clube da sua terra natal, nomeadamente o Aurrerá Ondarroa. A sua qualidade não passou despercebida à Real Sociedad que, a par do Athletic Bilbau, domina o futebol no território basco. Os dois clubes estão sempre atentos aos miúdos talentosos que despontam em emblemas de menor dimensão na região, de modo a que sejam resgatados desde tenra idade.

Depois de completar a sua formação, Martínez ascendeu à equipa B do conjunto de San Sebastián. Na formação secundária, o defesa começou a evidenciar todo o seu valor e foi um dois obreiros da subida de divisão da turma basca. A promoção à primeira equipa parecia assim ser uma questão de tempo.

O salto pelo seu bom desempenho surgiu na época 2011/2012, com a incorporação no plantel principal. Apesar de completar o seu primeiro ano no escalão maior do futebol espanhol, Martínez foi um dos jogadores mais utilizados. Na retina dos acompanhantes da Liga Espanhola ficaram os dois golos que obteve através de remates do meio-campo, com especial sabor para o tento obtido frente ao rival Athletic Bilbau.

Na temporada que agora findou, o central confirmou todas as credenciais deixadas no ano anterior. Iñigo foi peça indispensável para o técnico francês Philippe Montanier e uma das figuras do próprio campeonato. O jovem revelou sempre uma enorme competência defensiva e uma invulgar classe na saída com a bola controlada no início da organização ofensiva. Em virtude da sua qualidade de passe e transporte de bola, a construção de jogo da sua equipa inicia-se nos seus pés.

Vídeo:


As performances individuais de elevado nível no clube basco aguçaram o apetite de várias equipas, como os tubarões Barcelona, Real Madrid e Bayern de Munique. A turma do País Basco protegeu-se do inevitável assédio ao defesa e renovou-lhe o contrato até 2017 elevando a cláusula de rescisão para 30 milhões de euros. Ainda assim, a saída do internacional sub-21 espanhol pode mesmo ocorrer neste defeso. A confirmar-se a transferência, o central subirá assim mais um patamar numa carreira que promete altos voos.

Filipe Jesus
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Luís Silva (SC Braga)



A última temporada do Sporting de Braga originou um misto de sentimentos na massa adepta arsenalista. Se, por um lado, a conquista da Taça da Liga constituiu uma proeza muito aguardada, a ausência da próxima edição da Liga dos Campeões deixou um indisfarçável amargo de boca nos bracarenses. Desse modo, António Salvador decidiu operar uma pequena revolução na equipa.

Mesmo quando a época não tinha ainda terminado, percebia-se que José Peseiro não continuaria no comando técnico. O presidente entendeu que a estada do treinador em Braga seria apenas de um ano e, dessa forma, fechou algumas contratações com a época ainda em curso. O médio Luís Silva entrou no radar de Salvador e é uma das apostas para a nova era no Estádio AXA, que terá o professor Jesualdo Ferreira como timoneiro.


Nome: Luís Manuel Costa Silva
Nascimento: 29/09/1992 (20 anos)
Naturalidade: Matosinhos
Altura: 185 cm
Peso: 75 kg
Posição: Médio Centro
Clube: SC Braga
Percurso: Leixões SC (2002-2013), SC Braga (desde 2013)
Nº Camisola: -


O jovem cresceu na formação do Leixões, que tem sido a principal fonte do plantel principal matosinhense nas últimas épocas. É assim um dos bebés de Matosinhos, dados os vários anos em que carregou o emblema leixonense ao peito. O seu percurso nas camadas jovens resumiu-se ao clube nortenho e é um dos rostos que evidencia o trabalho de qualidade que permite que vários miúdos sejam aproveitados para a formação sénior.

Nesta perspectiva, os treinadores que orientam o Leixões estão conscientes que a aposta em jovens da formação tem tudo para dar certo. Foi o que pensou Litos quando decidiu lançar Luís Silva há duas temporadas. A cumprir o seu primeiro ano no escalão sénior, o médio actuou com bastante regularidade, mesmo após a troca no comando técnico, com a entrada de Horácio Gonçalves.

Apesar da boa época de estreia nas provas profissionais em 2011/2012, a temporada que agora terminou foi a da sua plena afirmação. Com uma marca impressionante de 44 jogos e com o registo de 7 golos, o camisola 11 do Leixões foi peça fundamental para o clube lutar pela subida até às últimas jornadas, após um início algo titubeante. A sua regularidade exibicional foi a nota dominante, revelando uma invulgar condição física.

A enorme capacidade de trabalho e sentido de equipa são os seus principais predicados. O jovem é um verdadeiro box-to-box, que alia um poder de recuperação de bolas a uma capacidade de aparecer em zonas próximas de finalização admiráveis. Este foi, talvez, o aspecto em que mais cresceu esta temporada, que lhe permitiu obter alguns golos importantes para a sua equipa.

A chamada à selecção de sub-21 foi o corolário da magnífica temporada que realizou na Segunda Liga. O Sp. Braga acautelou-se e garantiu, ainda antes de terminar a época, a sua aquisição. Luís Silva pode ser assim o substituto de Hugo Viana e comprovar que na maternidade de Matosinhos ainda nascem bebés valiosos.

Filipe Jesus
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Salih Uçan (Fenerbahçe SK)



Os clubes turcos têm actualmente notáveis recursos económicos, que lhes permite resgatar alguns jogadores de nomeada. Esta aposta ficou patente na época que agora está a terminar, com a mudança de Didier Drogba e Wesley Sneijder para um campeonato que não tem ainda a dimensão de outras competições na Europa. Este novo paradigma de negócio na Turquia iniciou-se este século, após as bem-sucedidas contratações de nomes como Mário Jardel ou Gheorghe Hagi.

Porém, esta situação não impediu que as formações turcas concedam oportunidades aos jovens do seu país. O Fenerbahçe deu a conhecer um miúdo que promete construir uma carreira de sucesso. Apesar de não ter ainda o estatuto de indiscutível, Salih Uçan é uma jóia que permitirá ao Fenerbahçe realizar um assinalável encaixe financeiro num futuro próximo.


Nome: Salih Uçan
Nascimento: 06/01/1994 (19 anos)
Naturalidade: Marmaris - Turquia
Altura: 182 cm
Peso: 73 kg
Posição: Médio Ofensivo
Clube: Fenerbahçe SK
Percurso: Marmaris Belediye (2004-2008), Bucaspor (2008-2012), Fenerbahçe (desde 2012)
Nº Camisola: 48


O jovem nasceu para o futebol no desconhecido Marmaris Belediye, onde se manteve durante quatro anos. O seu potencial era indesmentível e o Bucaspor resolveu contratá-lo, terminando aí o seu processo de formação. A sua primeira temporada no escalão sénior foi em 2010/2011 mas a sua utilização resumiu-se a dois jogos, algo compreensível pois tinha apenas 17 anos. A época não foi igualmente positiva para o clube pois não evitou a descida de divisão.

No segundo escalão, Salih Uçan conquistou a confiança do técnico e explanou todo o seu futebol de fino recorte técnico. Apesar de actuar no campeonato secundário da Turquia, o rol de interessados na sua aquisição era extenso, com destaque para o Manchester City, Valência e Rubin Kazan. No entanto, o jovem permaneceu no seu país, dado que o Fenerbahçe ganhou a corrida, numa transferência que rondou 1,5 milhões de euros.

O jovem deu assim mais um passo importante para o seu crescimento, chegando a uma equipa que luta por objectivos mais ambiciosos. O camisola 48 passou por uma fase de adaptação e começou a fazer parte das escolhas do treinador na segunda metade da época. Os dois golos que apontou frente ao Orduspor, na 28.ª jornada, foram a mola impulsionadora para que o jovem se afirmasse definitivamente e fosse visto como um atleta muito talentoso.

Salih Uçan não desaproveitou as oportunidades e emprestou a sua magia à equipa. O criativo transpira classe por todos os poros e parece actuar com pés de veludo. Actua como médio ofensivo e é um regalo para os olhos dos adeptos observar como trata a bola. Ainda que não seja um titular indiscutível no onze, o Bonus, nome por que é conhecido, é um dos jogadores mais acarinhados pela exigente massa adepta do Fenerbahçe.

Vídeo:


Internacional pelas selecções jovens turcas, o médio aguarda ainda por uma chamada para representar a equipa principal, que deverá acontecer brevemente. O seu estilo franzino e a elegância com que transporta o esférico leva a que se antecipe uma carreira de sucesso para o médio. Apesar de ser ainda um diamante por lapidar, alguns tubarões como o Manchester City e PSG já surgiram associados a Salih Uçan. Todavia, a permanência no seu país por mais uma temporada parece ser o cenário ideal, para não precipitar o crescimento deste craque.

Filipe Jesus
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Bruma (Sporting CP)



A realizar a pior temporada de sempre da sua história centenária, o Sporting Clube de Portugal tem mesmo assim lançado novas promessas para a ribalta do futebol nacional. Má demais para ser verdade, a época do clube leonino teve de tudo. Contratações falhadas, mudança de treinadores, dificuldades financeiras, divergências internas, falta de liderança: em suma, um projecto falhado.

Sá Pinto foi despedido e surgiu Franky Vercauteren. Mas o técnico belga não passou de mais um erro de casting do presidente Godinho Lopes. Num acto de desespero, contratou Jesualdo Ferreira para manager do clube, apelidando-o de “treinador dos treinadores”. Mas Jesualdo pouco demorou a mudar de cargo. Vercauteren foi despedido e o português assumiu o comando da equipa. Coincidência ou não, seguiu-se uma limpeza em Alvalade. Ávido de dinheiro, o Sporting aproveitou o mercado de inverno para aliviar a folha salarial do plantel. Vários jogadores sairam do clube, provocando a subida de diversos jovens à equipa principal.


Nome: Armindo Tué Na Bangna (Bruma)
Nascimento: 24/10/1994 (18 anos)
Naturalidade: Bissau - Guiné-Bissau
Altura: 173 cm
Peso: 70 kg
Posição: Extremo
Clube: Sporting CP
Percurso: União Bissau (2008), Sporting CP (desde 2008)
Nº Camisola: 51


Surgiu assim uma lufada de ar fresco no clube verde e branco, complementada pela saída de Godinho Lopes e a chegada ao poder de Bruno de Carvalho. A chegada do novo presidente veio reafirmar a estratégia de Jesualdo: sendo o Sporting um clube formador, o futuro do clube terá de ser acautelado pela aposta nos jovens valores da academia. Nesse âmbito, o extremo Bruma aproveitou a oportunidade para demonstrar a sua qualidade, sendo actualmente um dos indiscutíveis do onze verde e branco.

O seu percurso no futebol é muito sucinto. Nascido na Guiné Bissau, deu os primeiros passos no futebol ao serviço do União Bissau, tendo chamado a atenção de diversos observadores portugueses. Devido à sua qualidade, o jovem guineense não demorou muito a abandonar o território africano, tendo ingressado no Sporting com apenas 14 anos de idade. Desde 2008 na Academia Sporting, Bruma rapidamente se tornou numa das principais promessas dos reputados escalões de formação leoninos.

Naturalizado português, Bruma teve um percurso assinalável nas camadas jovens da Selecção Nacional, integrando esta temporada a equipa B leonina, apesar de ainda possuir idade de júnior. Devido às suas performances no segundo escalão do futebol portugês, foi convocado para a equipa principal do Sporting. Fez a sua estreia frente ao Marítimo, em partida da 18ª jornada da Primeira Liga, e desde aí se tornou num dos imprescindíveis do técnico Jesualdo Ferreira.

O segredo da evolução de Bruma está nos genes do seu futebol. Actua em qualquer jogo como se estivesse a jogar na savana, com os amigos de infância. A forma corajosa como encara os adversários é disso exemplo. Jogador de velocidade e técnica apuradíssima, opta preferencialmente por jogadas de um para um, utilizando o “gingar” africano para criar desequilíbrios nas defensivas contrárias. Apesar de cruzar com qualidade, Bruma é um extremo de diagonais para o centro do relvado, que procura colocar-se entre linhas e baralhar o posicionamento adversário com a elevada dinâmica do seu jogo. Apesar de procurar regularmente o passe de ruptura ou a assistência para golo, não descura também o remate à baliza, fruto da boa capacidade de finalização que sempre revelou.

Vídeo:


Recentemente, foi noticiado o interesse dos dois principais clubes de Manchester na pérola verde e branca. City e United pretendem assegurar os préstimos do jovem jogador, na esperança de que este seja uma espécie de novo Cristiano Ronaldo da Academia de Alcochete. Ciente do valor da sua nova estrela, o Sporting tem procurado a renovação de contrato, com consequente melhoria salarial e aumento da cláusula de rescisão. O certo é que, aliando o interesse dos colossos europeus ao histórico da formação leonina, Bruma tem tudo para vir a trilhar um percurso de sucesso no futuro paradigma do futebol europeu.

Hugo Castro
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Tiago Rodrigues (Vitória SC / FC Porto)



Falar da actual época do Vitória SC é comprovar a competência e qualidade do técnico Rui Vitória. Apesar de todos os condicionalismos impostos pela reestruturação financeira, o treinador conseguiu que o clube vimaranense se cotasse como uma das melhores equipas do campeonato. Tal como aconteceu em outras épocas, Rui Vitória não esmoreceu e foi a jogo com miúdos que não enjeitaram a oportunidade e saltaram para a alta-roda do futebol, com o timoneiro a ter grande parte do mérito.

Privado de elementos nucleares como João Paulo ou Nuno Assis, que tiveram de sair para equilibrar as contas, o técnico apostou em jovens valores e obteve sucesso. O médio Tiago Rodrigues aproveitou a chance para se dar a conhecer e provar que o caminho a seguir pelas equipas portuguesas deve passar pela aposta em atletas nacionais de qualidade.


Nome: Tiago Filipe Sousa Nóbrega Rodrigues
Nascimento: 29/01/1992 (21 anos)
Naturalidade: Vila Real - Portugal
Altura: 177 cm
Peso: 69 kg
Posição: Médio
Clube: Vitória SC (2013/2014: FC Porto)
Percurso: Diogo Cão (2001-2007), Sporting CP (2007-2008), Vitória SC (desde 2008): empréstimo ao Amarante (2011-2012)
Nº Camisola: 42


A ligação do jovem ao futebol iniciou-se em 2001, quando se inscreveu nas escolas da ADCE Diogo Cão, uma escola de futebol em Vila Real. A exemplo de Simão Sabrosa, o jovem mostrou valor para representar clubes de outra nomeada e mudou-se em 2007 para a Academia de Alcochete. Todavia, Tiago não obteve o sucesso do seu conterrâneo e manteve-se apenas um ano no Sporting CP.

O Vitória SC estava atento e recrutou-o para a sua equipa de Juvenis. Na Cidade Berço, o médio voltou a explanar o seu futebol e mostrou que a curta passagem pelos leões não o havia afectado. Nas duas épocas que cumpriu como júnior, Tiago ajudou os vimaranenses a realizar boas campanhas e, por consequência, valorizou-se em termos individuais.

Ao abrigo de um protocolo assinado entre o Vitória SC e o Amarante, que visava dar espaço competitivo aos jovens fabricados no laboratório vitoriano, o centrocampista foi cedido à equipa da II Divisão. A primeira temporada no escalão sénior não foi fácil mas permitiu-lhe acumular experiência, tendo participado em 17 jogos e obtido 3 golos.

Na actual época, o médio beneficiou do ressurgimento das equipas B para regressar a Guimarães. Na fase inicial, o camisola 42 foi um dos destaques do plantel secundário e, após a saída de alguns jogadores, viu premiado o seu esforço e foi chamado à equipa principal. Tiago está a deixar excelente imagem, fruto de um crescimento rápido e sustentado, que lhe tem valido um lugar destacado no onze e rasgados elogios da crítica nacional.

O jovem, que pode actuar como nº.8 e nº.10, ganhou enorme visibilidade devido à sua magnífica capacidade de passe e remate de longa distância, bem como à sua admirável ocupação racional dos espaços. O FC Porto não perdeu tempo e antecipou-se à concorrência, tendo já assegurado a sua contratação para a próxima época. Apesar de a sua presença na principal equipa portista não ser uma certeza, a aquisição é uma prova de que os clubes portugueses devem mudar as suas estratégias e olhar de outra forma para o "produto nacional".

Filipe Jesus
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Paul Pogba (Juventus FC)



Numa altura em que restam apenas quatro jornadas para o fim da liga italiana, a conquista do bi-campeonato por parte da Juventus parece ser um dado adquirido. A Vecchia Signora tem estado irrepreensível na Serie A, não permitindo quaisquer veleidades aos seus adversários directos. Essa tem sido também uma das características do futebol de Paul Pogba, a nova estrela em ascensão do plantel bianconeri.

Produto dos escalões de formação do Le Havre, Pogba desde cedo provou ser um médio de enorme potencial. A sua qualidade cativou a atenção de diversos colossos europeus, tendo o Manchester United conseguido a sua contratação em 2009, numa transferência a custo zero envolta em polémica. A FIFA acabou por dar razão ao clube inglês, que justificou a negociação directa com o jogador devido à não existência de qualquer contrato profissional assinado com o Le Havre.


Nome: Paul Labile Pogba
Nascimento: 15/03/1993 (20 anos)
Naturalidade: Lagny-sur-Marne - França
Altura: 186 cm
Peso: 80 kg
Posição: Médio
Clube: Juventus FC- Itália
Percurso: Roissy-en-Brie (1999-2006); Torcy (2006-2007); Le Havre (2007-2009); Manchester United (2009-2012); Juventus (desde 2012)
Nº Camisola: 6


Nos primeiros passos em Inglaterra, Pogba incorporou a equipa de juniores e de reservas do United. Afirmou-se progressivamente como uma das principais esperanças do clube, levando a imprensa a apelidá-lo de “wonderkid”. Apesar disso, só por uma vez foi chamado à equipa principal dos Red Devils, mais precisamente na temporada 2011-2012 (frente ao Swansea, em partida a contar para a Premier League). Os rumores de uma possível transferência começaram a surgir. Ferguson ainda propôs a renovação de contrato, com a promessa de mais minutos de jogo, mas Pogba não se deixou convencer. A ambição, aliada à escassez de oportunidades na equipa principal, levaram o jovem médio a abandonar Manchester.

Seguiu-se outra transferência a custo zero, desta vez para Turim. Apelidado de “traidor” por Alex Ferguson, Pogba revelou uma maturidade acima da média. Adaptou-se da melhor forma ao futebol transalpino e é actualmente uma das principais opções de António Conte. Contabiliza já um total de 36 jogos efectuados ao serviço da Juve, divididos entre Serie A (26), Taça de Itália (2) e Champions League (8). Internacional por duas ocasiões, o jovem médio está em grande forma e tem encantado os adeptos bianconeri, fruto do seu futebol empolgante.

De número 6 nas costas, Pogba caracteriza-se por ser um médio completo. Actua preferencialmente como médio mais defensivo, devido à sua elevada estatura, grande capacidade física e poder de recuperação de bola. Mas não é apenas como destruidor de jogo que se destaca. O jovem francês é também muito evoluído tecnicamente, gosta de ter bola e chega facilmente à área adversária, onde normalmente aplica o seu forte remate. Prova disso são os três golos de meia distância que já marcou esta temporada, num total de cinco contabilizados até ao momento. Pogba é assim uma espécie de líder, um médio box-to-box, forte tacticamente, dinâmico e criativo. O mesmo é dizer, poderoso em todos os momentos do jogo.

Vídeo:


Tanto em Itália como no seu país, Pogba já é muito admirado pelos adeptos e imprensa desportiva. Para além de ser dado como o futuro capitão da selecção francesa, as comparações com os compatriotas Didier Deschamps e Patrick Vieira sucedem-se (curiosamente, ambos ex-jogadores da Vecchia Signora). Seguir os passos desses compatriotas é uma meta possível de atingir. O mesmo é dizer que a sua qualidade e margem de progressão oferecem a Paul Pogba a possibilidade de vir a comandar a Juventus e a selecção gaulesa em futuras e importantes vitórias.

Hugo Castro
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Lucas Moura (Paris-Saint Germain FC)



O Paris Saint-Germain trouxe do Brasil o jovem Lucas Moura, na esperança de dar ao jogo dos parisienses um ritmo que só o perfume paulista por vezes consegue imitar: a bola colada no pé, o drible a suplicar a sua execução, o vacilo dos outros e o samba dos seus. Lucas encaixa na orquestra de Paris numa sinfonia onde nem Beckham, Ibrahimovic ou Lavezzi podem tocar o instrumento que ao prodígio está destinado, por não terem as suas aptidões. Faltava ritmo à banda de Ancelotti…

Lucas iniciou o seu percurso na Juventus de São Paulo, clube da cidade onde nasceu. Depois de passar pelo Corinthians, muda-se para o São Paulo depois de impressionar os olheiros do clube. A progressão foi significativa e aos 17 anos Lucas erguia já um troféu: a taça de campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Daí à estreia como profissional foi um abrir e fechar de olhos, tão rápido quanto as suas fintas: em Agosto de 2010 alinha frente ao Atlético Paranaense.


Nome: Lucas Rodrigues Moura da Silva
Nascimento: 13/08/1992 (20 anos)
Naturalidade: São Paulo - Brasil
Altura: 172 cm
Peso: 70 kg
Posição: Médio (Ofensivo / Direito)
Clube: Paris-Saint Germain FC- França
Percurso: Juventus SP (1999-2002); Corinthians (2002-2005); São Paulo (2005-2012); PSG (desde 2013)
Nº Camisola: 29


Colado ao lado direito, Lucas surpreendia pela qualidade com que ludibriava a marcação e furava pelo flanco. Rápido e furtivo, sempre pronto a descompensar o adversário e a assistir os companheiros, o craque convenceu o técnico Carpegiani a dar-lhe mais minutos. O perfume do seu futebol começou a sentir-se a milhas: tão intensamente, que chegou até à FIFA. Lucas viria a ser considerado uma das revelações de 2010, juntamente com Neymar. Nos dois anos ao serviço do São Paulo enquanto profissional, participou em 74 partidas, facturando por 19 vezes.

A cobiça começou a ser indisfarçável. Entre os pretendentes, Manchester United e Real Madrid. Apesar do assédio, foi o endinheirado Paris Saint-Germain que ganhou a corrida, pela avultada quantia de 43 milhões de euros, a transferência mais cara de sempre do futebol brasileiro. Lucas aterra na capital parisiense em Janeiro de 2013.

Admitindo o contributo de Leonardo na sua contratação, Lucas assinou pelo PSG tendo em vista o processo de evolução que a equipa tem vindo a ter. A concorrência feroz por um lugar não intimidou o jovem, que desde cedo mereceu a confiança do treinador italiano.

Vídeo:


Internacional A desde Março de 2011, Lucas toca na Europa a mesma sinfonia que tocava no Brasil: drible veloz e imprevisibilidade. O seu talento dá irreverência ao ataque parisiense e as exibições na Liga dos Campeões provaram o potencial do Lucashow, como muitos o apelidam. Sem nunca saberem se vai chutar ou assistir, os adversários ficam em suspenso. E Lucas segue em frente… dando ritmo de sobra à banda de Ancelotti.

Bruno Falcão Cardoso
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Christian Benteke (Aston Villa FC)



Ao analisarmos o conjunto de jogadores belgas que actualmente compõem as escolhas do seleccionador Marc Wilmots, verificamos que o técnico tem muita qualidade à sua disposição. A Bélgica é, por estes dias, uma das equipas com melhores recursos, que podem assegurar um futuro promissor para uma selecção que tem andado arredada das grandes competições.

O atacante Chris Benteke é um dos atletas que encaixa neste perfil e que pode fazer parte da nova geração de ouro do futebol belga. O avançado, juntamente com nomes como Eden Hazard, Axel Witsel, Romelu Lukaku, Thomas Vermaelen, entre outros, constituem uma equipa capaz de fazer regressar a Bélgica aos grandes palcos e, porventura, reclamar com legitimidade um lugar na lista de favoritos a vencer um Campeonato Europeu ou Mundial.


Nome: Christian Benteke
Nascimento: 03/12/1990 (22 anos)
Naturalidade: Kinshasa - RD Congo
Altura: 190 cm
Peso: 83 kg
Posição: Avançado
Clube: Aston Villa FC - Inglaterra
Percurso: JS Pierreuse (1996-2004), St. Liège (2004-2006), Genk (2006-2009), St. Liège (2009-2011): empréstimos a Kortrijk (2009-2010), Mechelen (2010-2011); Genk (2011-2012), Aston Villa (desde 2012)
Nº Camisola: 20


O jovem nasceu no antigo Zaire, actual República Democrática do Congo, mas a exemplo de tantas outras pessoas viu-se obrigado a emigrar com os seus pais para a Bélgica. O gosto pelo futebol despertou desde cedo na sua vida e, por isso, a modesta equipa do JS Pierreuse assistiu ao seu baptismo futebolístico com apenas seis anos.

O avançado evoluiu consideravelmente e este crescimento levou o jovem a subir um patamar no seu processo de formação com a mudança para o Standard de Liège. A sua passagem pelo clube durou apenas dois anos já que, em 2006, Benteke assinou pelo Genk, onde rubricou o seu primeiro contrato profissional e se estreou na Jupiler League.

No entanto, a formação de Liège apareceria novamente na sua carreira, três anos depois da sua saída. Dado que estava a ser pouco utilizado, Benteke regressou ao Standard em Janeiro de 2009 e marcou três golos em onze partidas. Porém, nas duas temporadas seguintes, foi cedido ao Kortrijk e ao Mechelen, respectivamente, onde foi a principal figura da equipa e apresentou números muito interessantes, nomeadamente os 16 golos que obteve ao serviço da primeira equipa.

Em 2011/2012, o atacante iniciou a época no Standard de Liège, tendo participado nos play-off de acesso à Liga dos Campeões e da Liga Europa. No entanto, o Genk voltaria a adquiri-lo e este explodiu definitivamente. O possante avançado formou uma dupla mortífera com Jelle Vossen, contribuindo com 19 golos para o 3º lugar da sua equipa na liga belga. O seu bom jogo aéreo e a sua magnífica facilidade de remate causaram enormes calafrios às defesas adversárias.

Este registo impressionante de tentos aguçou o interesse de vários clubes esta temporada. O Aston Villa adiantou-se à concorrência e garantiu a sua contratação já na recta final do defeso por 9,2 milhões de euros. A Premier League acabou por ser o destino mais acertado devido à sua imponente estatura atlética, que lhe garante sair vencedor dos constantes duelos físicos a que assistimos nesta competição.

Vídeo:


O panzer foi elevado a figura principal do Aston Villa e é um dos jogadores mais queridos da massa adepta. Chris Benteke é assim um dos jogadores mais influentes para o técnico Paul Lambert, pois já marcou, até ao momento, 19 golos na sua época de estreia em Terras de Sua Majestade. Um registo impressionante, que faz com que os villans estejam dependentes do seu rendimento para assegurar a permanência no escalão principal. Estas performances positivas do avançado serão também importantes para a Bélgica se qualificar para o próximo Mundial e voltar assim a marcar presença nas grandes provas.

Filipe Jesus
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Julian Draxler (Schalke 04)



Para os mais atentos ao que se passa no mundo do futebol, o nome Julian Draxler já não passa despercebido. Com apenas 19 anos, o jovem alemão é uma das maiores promessas da geração da primeira década do século XXI.

A sua vida conta-se de forma rápida. Começou por ser treinado pelo seu pai no BV Rentfort. Em 2000 mudou-se para o SSV Buer e, em 2001, chegou ao Schalke 04. Desde que chegou ao clube de Gelsenkirchen e se estreou pela equipa principal, tem-se exibido com grande classe tentando bater todos os recordes que lhe aparecem à frente.


Nome: Julian Draxler
Nascimento: 20/09/1993 (19 anos)
Naturalidade: Gladbeck - Alemanha
Altura: 187 cm
Peso: 72 kg
Posição: Médio (Direito/Ofensivo/Esquerdo)
Clube: Schalke 04 - Alemanha
Percurso: BV Rentfort (1999-2000); SSV Buer (2000-2001); Schalke 04 (desde 2001)
Nº Camisola: 31


15 de Janeiro de 2011 é o dia que Draxler jamais esquecerá, apesar da derrota do Schalke por 1-0 com o Hamburgo – esta estreia tornou-o no quarto jogador mais jovem a estrear-se na Bundesliga. Este foi o ponto de partida que marcou o nascimento de uma estrela na Veltins-Arena.

Após a estreia, Draxler chegou à boca de todos depois do golo que garantiu a passagem à final da Taça da Alemanha em 2011. Na final, ele próprio acabaria por marcar o primeiro golo do triunfo por 5-0 frente ao Duisburgo, levantando assim o seu primeiro troféu como jogador profissional.

Os seus primeiros golos passaram a imagem de um jovem irrequieto, destemido e de cabeça levantada, sempre com os olhos na baliza. E na hora de rematar, nem olha para os pés. É o primeiro que aparecer, sem receio de falhar e muitas vezes sem temer a longa distância que o separa da baliza.

Julian Draxler é um irreverente e versátil jogador, ocupando todas as posições de ataque na zona média do terreno. Começou no lado direito, depois com a subida de estatuto passou para o lado esquerdo e agora, com a chegada de Michel Bastos e a saída de Holtby, para o Tottenham, é o dono do meio-campo azul. E essa alternância nunca o fez parar de marcar golos e assistir os colegas, sobretudo o goleador Klaas-Jan Huntelaar.

Vídeo:


Todo este destaque no Schalke 04 e a sua estreia na selecção alemã - 26 de Maio de 2012, na vitória frente à Suíça por 5-3 – põem-no na ribalta do futebol internacional e tornam-no um dos frutos mais apetecidos por todos os monstros do futebol. Apesar desse interesse, parece que o destino de Julian Draxler vai continuar por terras germânicas, mais precisamente na Baviera, já que se fala que é um dos nomes da lista de desejos de Pep Guardiola para o Bayern de Munique 2013/2014.

Pedro Afonso
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Filipe Augusto (Rio Ave FC)



A realizar uma excelente época na primeira liga sob o comando do técnico estreante Nuno Espírito Santo, o Rio Ave tem dado possibilidades de destaque e evolução a diversos jogadores, jogando um futebol ofensivo e de mentalidade aberta. Entre os quais, tem-se destacado Filipe Augusto, jovem médio baiano, de apenas 19 anos de idade.

Como muitos dos jovens do seu país, Filipe tinha o sonho de se tornar futebolista, tentando então, com o apoio de um tio, a sua sorte no Vitória da Bahia. Teve, no entanto, pouca sorte,  pois uma lesão na coxa viria a afastá-lo do clube, tendo sucedido o mesmo posteriormente, quando prestou provas no Cruzeiro de Belo Horizonte.


Nome: Filipe Augusto Carvalho Souza
Nascimento: 12/08/1993 (19 anos)
Naturalidade: Baía - Brasil
Altura: 182 cm
Peso: 77 kg
Posição: Médio
Clube: Rio Ave
Percurso: Bahia; Rio Ave (desde 2012)
Nº Camisola: 16


Foi então no rival do Vitória, o Esporte Clube Bahia, que o médio brasileiro conseguiu vencer as adversidades que havida enfrentado, e pôde finalmente demonstrar o seu talento, tendo sido posteriormente aposta do treinador Paulo Roberto Falcão para a primeira equipa, onde conquistou o título de campeão baiano.

Agora, em Vila do Conde, na sua primeira época em solo europeu, o jovem jogador soube agarrar a oportunidade concedida pelo seu treinador, aproveitando a boa campanha protagonizada pela equipa e manifestando rapidamente as qualidades com que vinha referenciado do outro lado do Atlântico.

Bem composto fisicamente (182 cm, 77kg), alia a esse facto um excelente sentido posicional e uma boa visão de jogo e capacidade de passe, aspectos que o tornam num jogador bastante dinâmico tanto no processo defensivo como ofensivo. Apesar das apetências defensivas, gosta também de aparecer em zonas mais adiantadas, fazendo uso de um remate forte. Além das suas capacidades técnico-táctico-físicas, demonstra ainda uma maturidade já bastante elevada, tendo em conta a sua idade.

Todas estas qualidades fizeram com que rapidamente fosse detectado pelos radares de alguns grandes clubes, tendo já sido noticiado um alegado interesse do SL Benfica em assegurar a sua presença no plantel para a próxima época desportiva.

Seja no Benfica ou noutro clube, o certo é que Filipe Augusto demonstra ter todas as qualidades necessárias para continuar a progredir na carreira, sendo já agenciado pela empresa do conhecido empresário Jorge Mendes. O facto de ser muito jovem, mostra que está ainda bastante longe de ser um jogador feito, o que parece predizer um futuro risonho para o médio. Certamente será um nome que dará que falar nas próximas temporadas.

David Vinagreiro
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Entrevista a Serginho
















O Beira-Mar luta desesperadamente pela manutenção e Serginho (ver artigo) é uma das esperanças dos responsáveis aveirenses para tirar o clube da linha de água. Em entrevista exclusiva ao Rumo ao Estrelato, o médio ofensivo fala do seu percurso no clube auri-negro e da sua passagem pouco feliz pela formação do FC Porto. O camisola 10 mostra ainda um orgulho enorme quando se evoca o Mundial de sub-20, em 2011, que contou com uma excelente prestação da "Geração Coragem". O jovem não se esqueceu do seu primeiro clube e da importância do técnico Porfírio Amorim e do médio Tiago para a sua carreira.



RE – O CD Trofense foi o seu primeiro clube. Como apareceu o futebol na sua vida?

S - O futebol apareceu na minha vida através de um amigo que jogava no CD Trofense que, juntamente com o seu pai, que era director do clube, me convidaram para ir treinar. Eu fui, eles gostaram de mim e acabei por ficar lá e começar a levar o futebol de uma forma mais séria.


RE - Aos 14 anos, mudou-se para o FC Porto. Como surgiu a hipótese de representar a equipa portista?

S - A oportunidade de jogar no FC Porto surgiu ao fim de dois/três anos de insistência dos responsáveis para me mudar para lá. Nas primeiras vezes, o meu pai não me deixou porque era muito novo, mas aos 14 anos acabou por mudar de ideias.


RE - Regressou ao CD Trofense em 2008 já com idade de júnior. Quais as razões para não ter vingado no FC Porto?

S - Regressei ao Trofense, por empréstimo do Porto, nos juniores. Nesta altura, o FC Porto pretendia que fosse para o Leixões, mas eu não queria nem tinha possibilidades para ir para lá. Após chegar a um entendimento, o FC Porto deixou-me ir para o Trofense. Na segunda época de júnior, o meu contrato com o FC Porto tinha acabado e o Trofense propôs-me um contrato e eu preferi ficar.


RE - Fez duas temporadas de bom nível nos juniores e, por isso, foi premiado com a inclusão no plantel sénior. Como reagiu quando soube da notícia?

S - Sim, fiz 2 épocas boas nos juniores e isso, sem dúvida, foi uma ajuda muito importante para chegar aos seniores. Quando soube da notícia fiquei muito contente, pois estava a realizar um sonho.















RE - Apesar de constituir surpresa para alguns adeptos, foi quase sempre primeira opção do técnico Porfírio Amorim. Sentia que já estava preparado para se afirmar no futebol nacional?

S - Desde o primeiro dia que tive nos seniores que trabalhei para jogar. Felizmente, o treinador reconheceu o meu trabalho e pôs-me a jogar e as coisas acabaram por correr bem e fui muitas vezes titular.


RE - Afirmou que o seu colega Tiago (antigo jogador do FC Porto e U. Leiria) era o seu pai no futebol. Foi uma pessoa especial para o seu crescimento enquanto jogador?

S - Sim, sem dúvida. O Tiago foi como um pai, ajudou-me muito em tudo. Ainda hoje mantemos o contacto e ele aconselha-me.


RE – O CD Trofense ficou a um ponto do regresso à Liga ZON Sagres. O que faltou para subir de divisão?

S - Acho que acabou por nos faltar sorte.


RE – A magnífica época levou o seleccionador Ilídio Vale a convocá-lo para o inesquecível Mundial de sub-20. Qual foi o segredo para a excelente campanha da “Geração Coragem”?

S - O principal segredo foi a união. Desde o primeiro dia de estágio mostrámos grande entreajuda.


RE – O Beira-Mar acabou por o contratar no início da época passada. Como avalia o seu ano de estreia no escalão principal?

S - Foi um ano positivo, pois consegui estrear-me na Primeira Liga. Joguei com regularidade, marquei e conseguimos a manutenção.
















RE – Ainda com Ulisses Morais como técnico, atingiu o estatuto de indiscutível apenas a meio desta temporada e as vitórias começaram a surgir. Sente que foi importante para a recuperação do clube na tabela classificativa nesse período?


S - Todos os jogadores são importantes e todos trabalhamos para jogar. Comecei a época a titular e, depois, saí da equipa por opção. Acabei por regressar e fico feliz por ajudar a equipa.


RE – O Beira-Mar tem sido elogiado pela aposta que tem feito em jogadores portugueses. Julga ser um exemplo a seguir pelos restantes clubes nacionais?

S - Sim, o Beira-Mar é um exemplo em termos de aposta em jogadores portugueses. É pena nem todos os clubes optarem por esta política.


RE – Considera Costinha um técnico com possibilidades de singrar à imagem do que aconteceu como jogador?

S - Sim, sem dúvida. Tem uma ambição muito grande e uma vontade de vencer muito forte. Depois tem o conhecimento do futebol como jogador de alto nível e isso faz com que tenha tudo para singrar.


RE – Descreva-nos o Serginho enquanto jogador.

S – Sou sobretudo uma pessoa apaixonada pelo que faz.


RE – Na sua opinião, quais as principais promessas que poderão despontar futuramente?

S – Destaco Abel Camará, André Almeida e Salvador Agra.


RE – Uma opinião sobre o Rumo ao Estrelato.

S - Muito bom. É de louvar iniciativas como estas, que ajudam a entender melhor o futebol nacional.


RE – Partilhe um episódio da sua carreira que jamais esquecerá.

S – Tenho muitos momentos que jamais esquecerei. Mas o dia anterior ao meu primeiro jogo pelo Trofense foi, talvez, o mais marcante. Estava em casa a descansar e de repente o telefone tocou. Era o mister Porfírio Amorim, e a primeira coisa que ele me disse foi: Estás preparado para jogar? Eu fiquei com uma sensação muito boa dentro de mim.





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Tiago Silva (CF Os Belenenses)



O Belenenses está a realizar uma época de grande nível e a subida ao principal escalão parece ser um cenário inevitável. O holandês Van der Gaag recorreu a jogadores oriundos de divisões secundárias e a jovens formados em clubes de referência nacional para construir um plantel que tem suplantado a concorrência na Segunda Liga com relativa facilidade.

Tiago Silva é um dos atletas que aproveitou esta aposta do emblema da Cruz de Cristo para se dar a conhecer aos amantes do futebol português. Com apenas 19 anos, o miúdo é indiscutivelmente um dos grandes obreiros da excelente campanha protagonizada pela equipa azul. O jovem tem mostrado valor que lhe permite sonhar legitimamente com voos mais altos, vaticinando-se-lhe um futuro brilhante.


Nome: Tiago Rafael Maia Silva
Nascimento: 02/06/1993 (19 anos)
Naturalidade: Lisboa
Altura: 170 cm
Peso: 71 kg
Posição: Médio Ofensivo
Clube: CF Os Belenenses
Percurso: SL Benfica (2003-2010), Belenenses (desde 2010)
Nº Camisola: 28


Ainda petiz, Tiago Silva ingressou nas escolas do SL Benfica, onde permaneceu até aos juvenis. A sua parca utilização levou a mudar de clube pois desejava actuar com maior frequência. Desse modo, escolheu o Belenenses, um clube que tem apostado na prata da casa, depois do sucesso alcançado com as promoções de Rolando, Rúben Amorim ou André Almeida.

A sua decisão revelou-se acertada pois o médio encaixou perfeitamente no seu novo clube. As duas temporadas que efectuou nos juniores permitiram ao jovem continuar o seu processo de evolução e acalentar o sonho de se tornar jogador profissional no clube do Restelo.

Esta época, a cumprir o seu primeiro ano como sénior, Tiago Silva realizou uma pré-temporada fantástica e encantou desde logo a equipa técnica. Van der Gaag não hesitou em incorporá-lo no plantel e a entregar-lhe a titularidade. O camisola 28 é uma das revelações da Segunda Liga, destacando-se pela sua invejável visão de jogo e notável capacidade e critério ao nível do passe.

O médio é assim o responsável pela organização do jogo ofensivo da sua equipa, dado ser um jogador muito cerebral. Para além disso, é o marcador das bolas paradas, que têm valido muitos pontos ao Belenenses, fazendo com que Tiago Silva contabilize várias assistências para golo.

A excelência do seu futebol é mais uma prova que a qualidade, muitas vezes, pode sobrepor-se à estatura física. Apesar dos seus 170 cm, Tiago Silva acrescenta sempre algo mais quando toca na bola. Por tudo isto, é natural que clubes como o Sp. Braga e o Mónaco tenham surgido como supostos interessados nos seus serviços. O Belenenses precaveu-se e já estendeu o contrato com o maestro até 2017. Até porque o criativo estará, à partida, no Mundial sub-20 que se realizará este Verão na Turquia.

Filipe Jesus
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Mattia Destro (AS Roma)



A selecção italiana atravessa uma fase de rejuvenescimento, sobretudo no sector ofensivo, dado o aproximar do final da carreira de algumas referências dos últimos anos da Squadra Azzurra, como Luca Toni, Del Piero ou Francesco Totti. Torna-se, por isso, imperioso encontrar soluções para revitalizar essa posição, surgindo alguns jovens que poderão assegurar o futuro.

Para além da estrela do AC Milan, Stephan El Shaarawy, a Itália assiste ao crescimento de um miúdo que tem mostrado serviço na Serie A. O seu nome é Mattia Destro e promete tornar-se um ícone do futebol transalpino, assegurando o estatuto da selecção italiana como uma das principais potências mundiais.


Nome: Mattia Destro
Nascimento: 20/03/1991 (21 anos)
Naturalidade: Ascoli Piceno - Itália
Altura: 181 cm
Peso: 72 kg
Posição: Avançado
Clube: AS Roma - Itália
Percurso: Ascoli (2004-2005); Inter de Milão (2005-2010); Génova (2010-2011): empréstimo ao Siena (2011-2012); AS Roma (desde 2012)
Nº Camisola: 22


Filho de Flavio Destro, antigo profissional de futebol, o avançado iniciou o seu percurso no Ascoli, um dos clubes em que o seu pai alinhou. A sua habilidade futebolística era evidente e, desse modo, não foi de estranhar a sua saída para o Inter de Milão em 2005, num sinal claro da sua qualidade.

Mattia Destro era, por esta altura, uma das principais promessas da formação nerazzurri, devido ao elevado número de golos que apontava. Em 2009/2010, o atacante apontou 18 golos no campeonato Primavera, uma prova equivalente ao campeonato nacional de juniores. Deixava, desta forma, um notável cartão de visita, dado que na temporada seguinte iria cumprir o seu primeiro ano no escalão sénior.

Face ao poderio do plantel principal do Inter, o avançado mudou-se para o Génova, envolvido no negócio do defesa Andrea Ranocchia, que fez o caminho inverso. Após um período em que os dois clubes detinham igual percentagem do seu passe, a formação genovesa avançou para a compra da totalidade dos direitos do jogador, apesar de ser frequentemente utilizado como suplente.

O facto de actuar poucos minutos fez com que o jovem fosse cedido ao Siena na época transacta. Na formação toscana, Destro realizou a sua melhor temporada a nível pessoal, sendo a principal figura da equipa. O avançado foi autor de 13 golos em 32 jogos e revelou o seu instinto matador, evidenciando-se pelas suas formidáveis movimentações que baralhavam as defensivas contrárias.

O seu notável registo de golos ao serviço de uma equipa que lutou pela manutenção e a enorme margem de progressão que ainda tem despertaram o interesse de vários clubes. A AS Roma antecipou-se à concorrência e garantiu o jovem por impressionantes 11,5 milhões de euros, num negócio que ainda envolveu a cedência de dois jogadores. No clube da capital, Destro enfrenta uma forte concorrência, contabilizando até ao momento 7 golos em 19 partidas.

Vídeo:


Uma lesão no joelho esquerdo tem impedido o atacante de dar o seu contributo à equipa nos últimos jogos. Contudo, esta contrariedade não deverá afectar o seu crescimento, augurando-se uma carreira auspiciosa para o jovem. Em Itália, Destro é visto como um avançado com enorme potencial e que mantém uma relação invejável com as balizas, fazendo dos golos o seu modo de vida. A Squadra Azzurra parece assim ter encontrado uma tripla que promete colocar a cabeça em água aos opositores, pois Destro está na linha das estrelas Mario Balotelli e El Shaarawy.

Filipe Jesus
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Suso (Liverpool FC)



Cádiz. 19 de Novembro de 1993. Nascia Jesús Joaquín Fernández Sáez de la Torre, consagrado, mais tarde, no mundo do futebol, com o nome de Suso Fernández. Dezanove anos depois, em plena cidade dos Beatles, o prodígio espanhol começa a dar o ar da sua graça nos grandes palcos da Premier League, conquistando, para já, o rótulo de jovem promessa mundial.

Suso começou a dar os primeiros toques na bola precisamente no clube da sua cidade-natal. O Cádiz CF, que já jogou na 1ª Liga Espanhola em 12 temporadas na sua história, viu assim crescer na sua escola de formação, uma das maiores promessas da próxima geração do futebol espanhol. Apesar de contar com este enorme talento nos seus quadros, Suso nunca representou a equipa principal do Cádiz, tendo apenas jogado pela equipa de reservas.


Nome: Jesús Joaquín Fernández Sáez de la Torre - Suso
Nascimento: 19/11/1993 (19 anos)
Naturalidade: Cádiz - Espanha
Altura: 176 cm
Peso: 70 kg
Posição: Médio (Centro/Esquerdo)
Clube: Liverpool - Inglaterra
Percurso: Cádiz B (2005-2009), Liverpool (desde 2009)
Nº Camisola: 30


Em 2009/2010, o Liverpool descobriu este talento e levou-o para Inglaterra. A partir desse momento, foi uma caminhada gloriosa até chegar ao relvado de Anfield Road.

É um jogador que prima pelo aspecto técnico, apresentando uma excelente visão de jogo e uma técnica de passe que deve invejar muitos profissionais de futebol. A sua forma de jogar levou-o a ser comparado com David Silva, jogador espanhol do Manchester City, até pela posição que ambos ocupam – médio-esquerdo – podendo também actuar no centro do terreno.

Suso tinha sido uma aposta recorrente de Brendan Rodgers durante a sua primeira metade da época, mas a chegada de Daniel Sturridge e a recuperação física de Fabio Borini diminuem o número de oportunidades do espanhol na equipa do Liverpool.

Na selecção espanhola é uma presença assídua nas equipas dos escalões de formação, tendo sido campeão europeu em sub-19, no ano de 2012. De certeza que Del Bosque e a sua equipa técnica vão estar atentos a este jogador, numa fase em que a geração de ouro de nuestros hermanos começa a precisar de ser renovada por novos talentos de forma a manter a Espanha na senda das vitórias.

Vídeo:


O jogador apresenta-se feliz em Inglaterra e nem as fracas prestações do Liverpool nos últimos anos tiram a motivação a Suso, que, em entrevista ao site oficial do clube, revela que consegue fazer melhor do que tem feito ao longo deste primeiro ano e quer “continuar a crescer como homem e jogador para adquirir uma maior experiência no mundo do futebol”.

Pedro Afonso
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Nabil Ghilas (Moreirense FC)



Para as equipas que lutam pela permanência no campeonato, a presença de um avançado que garanta vários golos por época é fundamental. Estas formações estão muito dependentes do instinto matador dos jogadores que têm a missão de alvejar as balizas adversárias, de forma a amealhar pontos imprescindíveis para a fuga à despromoção.

Apesar de se encontrar no último lugar da tabela classificativa, o Moreirense conta nas suas fileiras com um atacante que promete construir uma carreira interessante. Nabil Ghilas tem sido o principal abono de família da equipa orientada por Jorge Casquilha, que espera que o dianteiro continue a revelar um apurado faro pelo golo.


Nome: Nabil Ghilas
Nascimento: 20/04/1990 (22 anos)
Naturalidade: Marselha - França
Altura: 183 cm
Peso: 85 kg
Posição: Avançado
Clube: Moreirense FC
Percurso: Bosquet Néréides (2008-2009), SO Cassis Carnoux (2009-2010), Moreirense (desde 2010): empréstimo ao Vizela (2010/2011)
Nº Camisola: 11


Irmão de Kamel Ghilas, antigo jogador do Vitória de Guimarães, o avançado formou-se nos modestos Bosquet-Néréides e SO Cassis Carnoux. Influenciado pela projecção que o seu irmão conquistou em Portugal devido às suas boas exibições, Nabil emigrou para o nosso país em 2010 para vestir as cores do Vizela. Cedido pelo Moreirense, o atacante realizou uma época de estreia aceitável, marcando 6 golos em 26 jogos.

Forte a nível físico, mas ainda com algumas carências do ponto de vista técnico, o franco-argelino foi incorporado no plantel do Moreirense na época passada. Actuando com alguma intermitência, Ghilas saiu do anonimato com o golo obtido em Alvalade, em partida a contar para a Taça da Liga.

O franco-argelino participou na subida de divisão da turma de Moreira de Cónegos à Liga ZON Sagres na temporada passada. Apesar de ter a concorrência de Bruno Moreira e Cícero, o avançado foi utilizado em 24 jogos, onde marcou 4 golos e se destacou pela sua velocidade e invulgar mobilidade, confundindo muitas vezes as marcações dos seus adversários.

Todavia, Ghilas afirmou-se definitivamente esta época. Com 7 golos apontados no campeonato, o avançado é a principal referência do conjunto minhoto e um dos jogadores que mais tem tentado evitar a despromoção. A dependência da equipa em relação ao camisola 11 é comprovada pelos números: o atacante é responsável por 50% dos golos obtidos pelo Moreirense no campeonato. Desse modo, a sua cotação subiu em catadupa e actualmente é mesmo uma das principais revelações do principal escalão do futebol português.

Vídeo:



O elevado rendimento que Ghilas tem exibido levou o Sporting a assegurar o direito de preferência na compra do seu passe. Para além da turma leonina, foi mencionado ainda o interesse de Sp. Braga, Olympique de Marselha e Everton. No entanto, o Moreirense pede três milhões por um jovem que evidencia potencial para vingar num clube que lute por outros objectivos. Caso a turma minhota não evite a descida, a saída tornar-se-á inevitável dada a valia do atacante, que brevemente será convocado para a selecção da Argélia, tal como admitiu o técnico Vahid Halilhodzic.

Filipe Jesus
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Erik Lamela (AS Roma)



As vastas opções ofensivas da selecção argentina fazem com que o conjunto de Alejandro Sabella seja uma das equipas mais poderosas a nível mundial. Estrelas como Sergio Aguero, Lionel Messi, Carlos Tévez ou Di María são apenas alguns dos nomes que tornam a seleção das pampas um dos conjuntos a ter em conta no próximo Mundial.

Este magnífico leque de soluções atacantes engloba ainda um jovem que está a conquistar o seu espaço no futebol mundial. A transferência de Erik Lamela para Itália permitiu ao jovem crescer e ser actualmente uma das principais promessas da selecção argentina.


Nome: Erik Manuel Lamela
Nascimento: 04-03-1992 (20 anos)
Naturalidade: Carapachay - Argentina
Altura: 180 cm
Peso: 70 kg
Posição: Extremo
Clube: AS Roma - Itália
Percurso: River Plate (2005-2011), AS Roma (desde 2011)
Nº Camisola: 8


Formado no histórico River Plate, o extremo sempre foi visto como um jogador com largo futuro. O interesse do Barcelona, quando tinha apenas 12 anos, foi uma prova da sua qualidade. No entanto, a mudança não se concretizou e Lamela manteve-se como a principal estrela dos escalões de base dos millionarios.

A sua estreia na formação principal aconteceu no Clausura 2009, numa partida frente ao Tigre. Ao longo das três épocas na primeira equipa, o extremo foi um dos destaques e a sua transferência para a Europa tornava-se uma questão de tempo. Todavia, despediu-se num dos momentos mais negros da história do River, que desceu à segunda divisão em 2011.

A AS Roma aceitou assim pagar 12 milhões de euros para assegurar o concurso do jovem talento na temporada transacta. No seu ano de estreia no Velho Continente, Lamela foi quase sempre primeira opção do espanhol Luís Enrique. Apesar das decepcionantes prestações dos giallorossi, o argentino mostrou uma magnífica qualidade técnica, que lhe permite enfrentar frequentemente os defensores adversários.

Esta época, o jovem tem encantado definitivamente os fanáticos adeptos da AS Roma, que nutrem enorme admiração pelo prodígio. Com dez golos em quinze jogos, o camisola 8 demonstra ter evoluído consideravelmente tanto em termos físicos como tácticos. Apesar de jogar com o pé esquerdo, actua no corredor direito para fazer movimentos interiores e assim causar enormes calafrios à defensiva contrária.

Vídeo:


Internacional por uma ocasião, o extremo está em grande forma e tem já um peso assinalável no esquema de Zeman. A classe com que trata o esférico e o seu toque de bola perfumado fazem antever momentos de enorme alegria para os tifosi da AS Roma. No seu país, Lamela é igualmente muito apreciado pelos adeptos, pois o jovem parece reunir todos os argumentos para ser um jogador de eleição num futuro muito próximo. A ver vamos...

Filipe Jesus
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Raheem Sterling (Liverpool FC)



Data de 1990 o último campeonato de Inglaterra conquistado pelo Liverpool. Perante tamanha crise de sucessos, os responsáveis do clube decidiram, finalmente, proceder a mudanças. A chegada de Brendan Rodgers ao comando técnico veio revolucionar um pouco a política dos reds que deixou de fazer contratações disparatadas e partiu para a nova temporada decidido a intercalar entre a experiência e a juventude.

Apesar de alguma intermitência ao nível dos resultados, é evidente o aumento da qualidade do futebol praticado pela equipa, algo que há muito não se via para os lados de Anfield Road. Para esse futebol mais atractivo e entusiasmante muito tem contribuído a irreverência e o empenho dos mais novos. É nesse contexto que surge Raheem Sterling, um anglo-jamaicano de apenas 18 anos e uma das novas coqueluches da Premier League.


Nome: Raheem Shaquille Sterling
Nascimento: 08/12/1994 (18 anos)
Naturalidade: Kingston - Jamaica
Altura: 170 cm
Peso: 65 kg
Posição: Extremo
Clube: Liverpool FC - Inglaterra
Percurso: QPR (2003-2010), Liverpool (desde 2010)
Nº Camisola: 31


Formado no Queens Park Rangers, Sterling chegou à cidade dos Beatles em Fevereiro de 2010, pela mão do espanhol Rafael Benítez. Fez a sua primeira aparição na equipa sénior em Março de 2012, entrando aos 85 minutos, na derrota frente ao Wigan Athletic por 1-2. Com apenas 17 anos e 107 dias, tornou-se no segundo jogador mais jovem de sempre a jogar pelos reds.

Face aos excelentes desempenhos na equipa de reservas, onde terminou a época 2011/2012 com 6 golos e 7 assistências, foi incorporado por Brendan Rodgers no plantel principal esta temporada. Foi lançado a titular logo à segunda jornada frente ao Man. City e não mais largou o lugar.

A sua polivalência e versatilidade foram preponderantes para se tornar numa peça-chave no lote de escolhas do técnico norte-irlandês, podendo actuar tanto a extremo como, ocasionalmente, a segundo avançado. Veloz e com um grande poder de explosão, Sterling demonstra um óptimo controlo de bola comandando muitas vezes os ataques rápidos da sua equipa. Quando o faz revela-se sempre muito perigoso, perdendo-se, por vezes, em decisões precipitadas fruto da sua imaturidade.

A grande margem de progressão e a sua ascensão a titular absoluto na equipa principal do Liverpool abriram-lhe as portas à selecção A de Inglaterra, estreando-se a titular no amigável frente à Suécia realizado no passado mês de Novembro.

Vídeo:


Raheem Sterling continua a encher o campo com boas exibições e a chamar a atenção de quem o observa. Face às investidas de emblemas como Man. United, Man. City e Arsenal, os reds renovaram-lhe o contrato até 2018, aumentando-lhe a folha salarial em 2000% (de 2 mil e 500 euros semanais passou para 50 mil). Com a formação de Merseyside a tentar iniciar um novo ciclo, resta aguardar se esta nova fornada de jovens talentos irão reerguer o clube para patamares semelhantes aos do século XX.

André Monteiro
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Rúben Brígido (SC Marítimo)



Desde há várias épocas a esta parte, tem-se registado por parte do Marítimo um excelente aproveitamento do projecto da equipa B. Vários jogadores fizeram já, com grande sucesso, o trajecto da segunda para a primeira equipa, podendo destacar-se os nomes de Pepe, actual defesa do Real Madrid, ou de Kléber e Djalma, ambos ligados contratualmente ao FC Porto. Jogadores fundamentais da equipa maritimista como Sami, Héldon e Rúben Ferreira efectuaram também este mesmo percurso.

No âmbito desta aposta no recrutamento de jovens jogadores para efectuarem a sua maturação e crescimento na equipa B e poderem de seguida integrar a primeira equipa, foi contratado esta época Rúben Brígido, jogador de 21 anos com passagem pelas escolas do Sporting e que terminou a formação no União de Leiria.


Nome: Rúben Luís Maurício Brígido
Nascimento: 23/06/1991 (21 anos)
Naturalidade: Leiria
Altura: 171 cm
Peso: 65 kg
Posição: Médio
Clube: SC Marítimo
Percurso: U. Serra (2002-2004), Sporting (2004-2005), Fátima (2005-2006), CADE (2006-2007), U. Leiria (2007-2012), Marítimo (desde 2012)
Nº Camisola: 28


Rúben estreou-se como sénior já na temporada de 2009/2010 com a camisola leiriense, tendo dado nas vistas nas duas épocas seguintes. Jogador destemido, fazendo da velocidade, finta, cruzamentos e marcação de bolas paradas as suas maiores armas, foi de imediato apontado como um jovem bastante promissor, sendo que o Benfica não tardou em garantir o direito de preferência sobre o jovem jogador.

No entanto, na época passada, uma grave lesão (fractura do perónio) veio retardar o desenvolvimento do jogador, obrigando-o a uma intervenção cirúrgica e uma paragem de cerca de 6 meses.

Na sequência dos problemas financeiros e desportivos que levaram à despromoção da equipa de Leiria à 2ª divisão, todos os jogadores ficaram livres para assinar por um novo clube, sendo que o Marítimo não perdeu tempo e garantiu a contratação deste jogador.

Vindo de uma longa paragem, iniciou a época, como já referido, na equipa B maritimista, recuperando o necessário ritmo competitivo e os índices de confiança. Rapidamente se destacou, merecendo a confiança de Pedro Martins para jogar pela primeira equipa, tendo registado já exibições positivas.

Vídeo:


Paulatinamente vai de novo conquistando o seu espaço na 1ª liga e, sabendo-se que o Marítimo é um clube vendedor, rapidamente acabará por surgir a oportunidade que Rúben espera para se fixar como titular e passar definitivamente de promessa a certeza. Aí, voltará certamente a despontar o interesse de maiores clubes, onde poderá evoluir para patamares bastante superiores.

David Vinagreiro
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Infografia: Golden Boy 2012




Atribuído pelo prestigiado jornal desportivo italiano Tuttosport, o prémio Golden Boy é um troféu que elege anualmente o melhor jogador jovem sub-21 a actuar na Europa. O ano de 2012 celebra a 10ª edição do prémio que outrora já foi atribuído a jogadores como Wayne Rooney, Lionel Messi, Cesc Fàbregas ou Kun Aguero. Entre os 40 nomeados só um será o sucessor de Mario Gotze, naquela que será talvez a distinção mais equilibrada de sempre do troféu.

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Entrevista a João Aurélio















Há cinco temporadas na Madeira a representar o Nacional, João Aurélio (ver artigo) parece ter finalmente assegurado um lugar no onze base dos alvinegros. Depois de em 2009/10 ter feito uma época interessante, o jovem alentejano perdeu espaço no plantel e só na segunda metade da última temporada é que voltou a afirmar-se na equipa titular. Dono e senhor da lateral direita do Nacional no momento, João Aurélio fala em exclusivo ao Rumo ao Estrelato, onde agradece ao seu actual técnico Manuel Machado, não escondendo igualmente o desejo de querer chegar mais longe na sua carreira.



RE – Começou a dar os primeiros pontapés na bola no Despertar e no Desportivo, equipas do distrito de Beja. Sonhava, por esta altura, tornar-se profissional de futebol?

JA - Sim. Desde pequeno que tive o sonho de ser profissional de futebol. A bola era o meu brinquedo preferido e não vivia sem ela e por isso ser jogador de futebol sempre foi o meu objectivo.


RE - Terminaria a sua formação no norte do país, ao serviço do Vitória de Guimarães. Como surgiu o interesse da turma vitoriana?

JA - Foi num torneio inter-associações. Entrei em representação da AF Beja, e num jogo contra a AF Lisboa as coisas correram-me de feição a tal ponto que o observador do Vitória de Guimarães me convidou para fazer um teste no clube. Fui, correu bem e lá fiquei.


RE - A sua estadia na Cidade-Berço durou apenas dois anos. Quais as razões para não ter sido integrado no plantel sénior?

JA - Foi uma questão de momento e de oportunidade. O treinador da altura, Manuel Cajuda, achou que não havia no plantel espaço para mim e, assim sendo, não tive outra opção que não a de seguir a minha carreira noutro lado.


RE - Cumpriu assim o seu primeiro ano no escalão sénior no Penalva do Castelo. Considerou, na altura, estar a dar um passo atrás na carreira?

JA - De maneira nenhuma. Naquela altura o mais importante para mim era jogar para poder evoluir. E como sempre fui um jovem com ambição, sabia que se tivesse oportunidade de mostrar o meu valor, certamente que seria reconhecido e chegaria a mais altos palcos. Como se costuma dizer, às vezes é preciso dar um passo atrás para poder dar dois à frente e foi com essa convição que tomei essa opção.















RE - As boas exibições que rubricou na 2ª Divisão suscitaram a cobiça de vários clubes, entre os quais o Sp. Braga e o Benfica. Como encarou esta situação?

JA - Com enorme felicidade, visto que são dois grandes emblemas. Estar associado a esses clubes é bom para qualquer jogador, especialmente para um que, como eu, estava à procura de dar o salto.


RE - Apesar de ser desejado por estes emblemas, optou por assinar pelo Nacional. A que se deveu esta escolha?

JA - Porque de todas as propostas que recebi foi o projeto que mais me aliciou, quer em termos de carreira pessoal, quer em termos de clube.


RE - Chegou à Madeira como extremo direito mas foi utilizado por Manuel Machado noutras posições. Considera que cresceu enquanto jogador, sobretudo a nível táctico?

JA - Sem dúvida alguma. O mister Manuel Machado foi muito importante na minha evolução enquanto jogador e o facto de ter sido utilizado em diversas posições deu-me outra maturidade competitiva e também uma maior visibilidade.


RE - RE - Acredita que esta polivalência lhe permitiu jogar mais vezes?

JA - Claro que sim. Mas acima de tudo, foi um voto de confiança nas minhas capacidades e que resultou em pleno.


RE - Sente que o salto na sua carreira estará para breve?

JA - Neste momento represento um clube de grande dimensão. De qualquer modo, e como qualquer pessoa neste mundo, quero sempre mais e melhor. Mas não estou obcecado com isso. A seu tempo as coisas irão acontecer.















RE – Foi chamado à seleção sub-21 dadas as suas performances no Nacional. Acredita que pode chegar à selecção A num futuro próximo?

JA - Qualquer jogador português tem o sonho de representar a selecção principal e eu não serei diferente. O facto de ter jogado nas selecções jovens não me dá a garantia de chegar lá, mas trabalho todos os dias para o conseguir.


RE – Descreva-nos o João Aurélio enquanto jogador.

JA - Não gosto muito de falar sobre mim até porque sou suspeito. Deixo isso para as outras pessoas.


RE – Na sua opinião, quais as principais promessas nacionais e internacionais que poderão despontar futuramente?

JA - No futebol português há muitos jovens com talento que estão à espera de uma oportunidade para mostrarem o seu valor e se afirmarem a nível nacional e internacional. Sou suspeito para falar dele, porque é meu irmão, mas um deles é o Luís Aurélio, que joga no Tondela. Mas há outros. O Jota, do Nacional, o Lucas, que está agora no Mirandela...


RE – Uma opinião sobre o Rumo ao Estrelato.

JA - É um blog muito interessante e que começa a desempenhar um papel cada vez mais importante na promoção e divulgação dos jovens talentos do futebol português.


RE – Partilhe um episódio da sua carreira que jamais esquecerá.

JA - Quando jogava nos escolas do Desportivo de Beja, o treinador teve uma ideia engraçada, visto que tenho um irmão gémeo e jogavamos os dois na mesma equipa, e como ele na altura destacava-se um pouco mais do que eu, e estava a ser alvo de marcação individual, o treinador lembrou-se ao intervalo de nos mandar trocar de camisola, passando ele a jogar com o número 8 e eu com o número 10. Resultou em pleno, pois estavamos a ganhar ao intervalo por 2-1, e como eles passaram a marcar-me em cima, deixando o meu irmão mais solto, acabámos por chegar aos 8-1!





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