Sime Vrsaljko (NK Dinamo Zagreb)

O Dinamo Zagreb é a grande potência do futebol croata. Desde que largou a etiqueta de Croácia Zagreb em 2000, o clube da capital venceu o campeonato por oito vezes, sendo o campeão em título desde 2005/2006. Este sucesso deve-se, e muito, à sua escola de formação que tem vindo a fornecer inúmeros talentos à equipa principal bem como às selecções do país. De entre vários jovens que merecem referência (Milan Badelj já aqui foi referenciado), o principal destaque vai para Sime Vrsaljko, um defesa-lateral de apenas 19 anos, mas que é já internacional A pela Croácia.

Vrsaljko iniciou a sua formação no modesto NK Zadar, clube da sua cidade natal, sendo pouco depois resgatado pelo Dinamo Zagreb. Após uma evolução meteórica na cantera do clube, os responsáveis do Dinamo decidiram subi-lo a sénior na época 2009/2010, quando tinha ainda idade de júnior. Numa primeira fase o jovem foi cedido ao Lokomotiva Zagreb, mas voltaria em Janeiro depois de ter deixado boas indicações.


Nome: Sime Vrsaljko
Nascimento: 10/01/1992 (19 anos)
Naturalidade: Zadar - Croácia
Altura: 183 cm
Peso: 75 kg
Posição: Lateral-Direito
Clube: NK Dinamo Zagreb - Croácia
Percurso: Zadar, Dinamo Zagreb (desde 2004): emprestado ao Lokomotiva Zagreb (2009/2010)
Nº Camisola: 14


Regressado ao Dinamo Zagreb, depressa conquistou a titularidade na equipa, adaptando-se facilmente às diversas posições em que ia sendo testado. Sendo um lateral-direito de origem, mostrou-se capaz de fazer com a mesma categoria não só o lado esquerdo da defesa como também posições mais avançadas, tanto a médio-ala como a médio interior.

Peça basilar da equipa desde então, Vrsaljko denota já uma grande maturidade para a sua idade. É que para além de ser presença assídua nas convocatórias das selecções juvenis, o jovem conta com algumas internacionalizações A, tendo também participado na grande montra da Liga dos Campeões deste ano.

Para além de experiente e versátil, Sime Vrsaljko é um jogador combativo de grande entrega e dedicação. Tem uma velocidade e resistência invejáveis (é incrível a quantidade de vezes que sobe no terreno sem nunca apresentar sinais de desgaste físico), apresenta bons timings de subida, sendo também bom a tirar cruzamentos e a disparar de meia distância. A nível defensivo é um jogador consistente e difícil de ultrapassar, pois tem uma boa aceleração e uma enorme garra que torna complicada a tarefa dos adversários.


Vídeo:

Com a reabertura do mercado aí à porta, Vrsaljko tem sido assediado por vários clubes de renome e a sua saída num futuro próximo parece inevitável. As propostas mais aliciantes parecem surgir de Inglaterra, nomeadamente do Arsenal e do Manchester City, podendo repetir-se os episódios das transferências de Corluka, Eduardo da Silva e Modric que saltaram directamente do Dinamo Zagreb para a Premier League.

Pedro Nogueira
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Nathan Redmond (Birmingham City FC)

Há jogadores que facilitam bastante a vida de um olheiro pelo simples facto de preencherem um pouco de todos os requisitos que se lhe possam exigir: velocidade, visão de jogo, finalização, qualidade técnica e sentido táctico. Quando essas características já estão presentes num jovem de 17 anos, JACKPOT, não restam dúvidas: o gajo é craque!

Foi precisamente isto que aconteceu quando vi Nathan Redmond a jogar pela primeira vez. Birmingham 3-0 Nacional da Madeira, uma grande exibição culminada com um golo e várias oportunidades; no fim, a cabeça dos defesas da equipa portuguesa a andar à roda e a nomeação como man of the match. Anda sempre em excesso de velocidade, cruza bem, serve os colegas, joga e faz jogar. Um talento nato que, se for bem trabalhado, será uma das estrelas da selecção inglesa a médio prazo.


Nome: Nathan Redmond
Nascimento: 06/03/1994 (17 anos)
Naturalidade: Birmingham - Inglaterra
Altura: 173 cm
Peso: 75 kg
Posição: Extremo
Clube: Birmingham City - Inglaterra
Percurso: Birmingham (desde 2003)
Nº Camisola: 22


Ao nascer em Birmingham, a formação de Redmond foi totalmente realizada no clube que carrega o nome da cidade. Sempre foi um jovem precoce, alinhando um ou dois escalões acima do seu e surpreendendo tudo e todos. Escola e futebol foram duas realidades que sempre conseguiu juntar na perfeição, revelando-se um craque nos dois campos.

Na temporada de 2009/10 foi convocado para o último jogo da época e, caso se tivesse estreado, seria o jogador mais jovem de sempre a alinhar na Premier League, recorde que é detido por Matthew Briggs (16 anos e 65 dias), do Fulham. O seu primeiro jogo oficial com a camisola do Birmingham City realizou-se diante do Rochdale, na Carling Cup. Com apenas 12 minutos em campo e 16 anos, Nathan Redmond conseguiu com que Alex McLeish lhe atribuísse rasgados elogios e lhe auspiciasse um futuro promissor no final da partida.

Esta temporada tem sido utilizado a espaços e cumprindo sempre que é chamado. O novo treinador Chris Hughton já deixou claro que a sua entrada na equipa tem que ser feita aos poucos, devido à sua tenra idade. Ainda a semana passada, na última jornada da fase de grupos da Liga Europa, Nathan Redmond fez a assistência para o golo da vitória por 1-0 diante do Maribor (marcado por Adam Rooney), causando pânico na defensiva eslovena. Várias oportunidades, uma bola ao poste depois de um remate fenomenal e essa assistência primorosa. No plano internacional, a jovem promessa já é internacional sub-18 pela Inglaterra e será muito provavelmente, a curto prazo, jogador dos sub-20 e dos sub-21.


Vídeo:

Com a sua equipa eliminada da Liga Europa, mais tempo e recursos haverão para dedicar ao regresso à Premier League. A subida ao principal escalão inglês na próxima temporada seria o mais benéfico para Nathan Redmond e para os acompanhantes da competição. Se tal não acontecer, o mais provável é que alguém compre o seu passe, interesse que já foi, segundo os responsáveis do clube, demonstrado por diversas vezes. Sem dúvida, um jogador excitante e a seguir com muita atenção!

Bruno Tomé
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Sami (CS Marítimo)

Uma das últimas medidas tomadas por Fernando Gomes enquanto presidente da Liga de Clubes foi o regresso das equipas B à competição na próxima temporada, ficando estas integradas na Liga Orangina. Com este retorno, os clubes têm assim a possibilidade de colocar jovens oriundos da sua formação a jogar no escalão profissional de forma a ganhar maior experiência.

Ao analisarmos as equipas do Marítimo dos últimos anos, comprovamos que o emblema madeirense tem tirado proveito da sua equipa B, lançando jogadores no conjunto principal após estes terem singrado na formação secundária, como são os casos de Pepe, Danny, Kléber, ou, mais recentemente, Sami.


Nome: Leocísio Júlio Sami
Nascimento: 18/12/1988 (22 anos)
Naturalidade: Bissau - Guiné-Bissau
Altura: 184 cm
Peso: 78 kg
Posição: Extremo
Clube: CS Marítimo
Percurso: Núcleo Sintra (1996-2001), Algueirão(2002-03), Mira Sintra (2003-04), Estoril (2004-05), Benfica (2005-07), Eléctrico (2007-08), D. Aves (2008-09), Marítimo (desde 2009): empréstimo ao Fátima (2009-10)
Nº Camisola: 17


O guineense, ao longo do seu percurso de formação, passou por várias equipas da região de Lisboa, terminando esta fase nos juniores do Benfica, após se ter destacado no Estoril. Contudo, e apesar de ter obtido um número interessante de golos e de ter ainda participado numa digressão da equipa principal ao Canadá, Sami acabaria por ver a sua ligação com o clube encarnado terminar na transição para o escalão sénior.

Face a este momento complicado, o jovem não desistiu e manteve sempre vivo o sonho de se tornar profissional. Desse modo, ingressou no Eléctrico, um clube que militava na II Divisão e onde marcaria treze golos, um registo que chamou a atenção do D. Aves, que o contratou para a temporada seguinte, sendo frequentemente uma aposta inicial do técnico Henrique Nunes.

Com estas duas boas experiências, Sami ganhou notoriedade e despertou a cobiça do Marítimo, que o recrutou em 2009/2010. No entanto, o extremo alinhou somente dois minutos pela turma insular e foi, dessa forma, cedido ao Fátima em Janeiro. Na Liga Orangina, o guineense actuou com regularidade, completando assim mais um passo no seu processo de afirmação como profissional. Após este empréstimo à formação fatimense, Sami regressou à Madeira e foi incorporado na equipa B do Marítimo. Na II Divisão, fez uma época muito positiva (7 golos em 26 jogos), convencendo em definitivo os dirigentes insulares.

Vídeo:

Conhecedor das qualidades do extremo, com quem tinha trabalhado na equipa B, o técnico Pedro Martins não hesitou em apostar nele esta temporada, tendo-se destacado pela sua impressionante velocidade e capacidade de explosão. Sami é mesmo uma das agradáveis surpresas da Liga Zon Sagres e um dos responsáveis pela excelente campanha da turma do Funchal, o que já lhe valeu a chamada à selecção guineense, sendo visto pelo seleccionador Norton de Matos como uma das principais esperanças para o crescimento do futebol no país.

Filipe Jesus
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Jordi Alba (Valencia CF)



A selecção espanhola é, unanimemente, considerada uma das melhores (senão mesmo a melhor) equipas ao nível de selecções, a par da Alemanha e da Holanda. No entanto, uma das lacunas identificadas à La Roja é a posição de lateral esquerdo, um posto onde desde a ausência do benfiquista Capdevilla ainda não conheceu um dono definitivo.

Uma das principais esperanças da afición espanhola e do próprio seleccionador Vicente del Bosque é Jordi Alba , um atleta que tem mostrado credenciais para suprir com qualidade esta carência defensiva a curto prazo.


Nome: Jordi Alba Ramos
Nascimento: 21/03/1989 (22 anos)
Naturalidade: Hospitalet de Llobregat - Espanha
Altura: 170 cm
Peso: 69 kg
Posição: Lateral / Médio Esquerdo
Clube: Valencia CF - Espanha
Percurso: Barcelona (1996-2004), Cornellà (2004-2005), Valencia (desde 2005): empréstimo ao Gimnástic (2008-2009)
Nº Camisola: 17


O jovem sofreu, contudo, um duro revés no seu processo de formação após ter saído do Barcelona na categoria de juvenis pois os responsáveis blaugrana entenderam que não tinha a altura necessária. Ainda assim, não desistiu e acabaria por rumar ao Cornellà, uma equipa da cidade catalã, onde permaneceria apenas uma época após ter chamado à atenção dos olheiros do Valencia.

Na formação ché, Jordi Alba demonstrou valor para se tornar profissional, actuando, numa fase inicial, na equipa de reservas, que ajudaria a subir de divisão. Já na temporada 2008/2009, o espanhol foi cedido ao Gimnástic, onde participou praticamente em todas as partidas.

Após esta cedência muito proveitosa ao emblema de Tarragona, o esquerdino foi incorporado no plantel do Valencia na época seguinte. Aposta inicial apenas em jogos da Liga Europa, Jordi Alba conseguiu ganhar o seu espaço de forma progressiva no esquema do técnico Unai Emery, acabando mesmo o ano na condição de titular. Já na temporada transacta, o treinador fez uso da sua polivalência, colocando-o, em algumas ocasiões, a médio ala esquerdo, realizando 31 partidas em toda a estação.

Esta época, o jovem tem sido utilizado na posição de lateral, formando o corredor com o francês Jeremy Mathieu, uma situação que permite a Unai Emery alterar a estratégia consoante as incidências do jogo, dado que ambos têm uma capacidade notável para desempenhar ambas as funções.


Vídeo:


Esta polivalência aliada à sua velocidade e à vocação ofensiva, permite-lhe ser actualmente uma estrela em ascensão, o que lhe valeu o interesse do Manchester United e do Barcelona e a chamada à selecção espanhola. A estreia internacional aconteceu frente à Escócia, com o jovem a ter um desempenho bastante apreciado e comprovando que a posição de lateral esquerdo na La Roja poderá já ter encontrado um dono.

Filipe Jesus
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David Hoilett (Blackburn Rovers FC)

A vida não está fácil para o Blackburn. O histórico clube inglês, que ganhou a sua última Premier League na temporada de 1994/1995, vive na ressaca da saída de Sam Allardyce. Os primeiros jogos não estão a correr bem e o penúltimo lugar (apenas 6 pontos em 33 possíveis) leva os mais pessimistas a traçar-lhe, desde já, a descida como um destino sem fuga.

Steve Kean, sucessor de "Big Sam", é considerado um dos maiores responsáveis pelo mau momento dos Rovers. No entanto, no meio de todo este desaire, desponta uma estrela: David Hoilett. O jovem canadiano de 21 anos tem-se assumido como um dos motores da formação do norte de Inglaterra, apontando dois golos no campeonato e fazendo um punhado de assistências. Rápido e imprevisível, Hoilett é uma dor de cabeça para qualquer defesa, sendo perito em inventar soluções quando tudo parece perdido.


Nome: David Wayne Hoilett
Nascimento: 05/06/1990 (21 anos)
Naturalidade: Brampton - Canadá
Altura: 173 cm
Peso: 70 kg
Posição: Extremo
Clube: Blackburn Rovers FC - Inglaterra
Percurso: Blackburn Rovers (desde 2007): empréstimos ao Paderborn 07 (2007/08) e ao St. Pauli (2008/09)
Nº Camisola: 23


Nascido no Canadá, David Hoilett está nos quadros do Blackburn desde 2007. Era ainda um adolescente quando o clube inglês o foi comprar ao outro lado do Atlântico, mas, sendo extra-comunitário, não podia actuar em Inglaterra sem internacionalizações ou sem algum tempo de jogo no futebol europeu. Por isso, nos primeiros dois anos, foi emprestado a clubes alemães. No SC Paderborn 07 apontou apenas um golo em doze partidas, mas no St. Pauli assinou seis tentos e foi importante ao longo da época.

Garantida a licença de trabalho, David Hoilett ingressou finalmente no clube inglês. Na primeira temporada, o seu momento alto foi a marcação de uma grande penalidade decisiva que colocou os Rovers na meia-final da Carling Cup, depois de eliminarem o Chelsea. No final do ano, especulava-se que, com o término do seu contrato, a saída era o destino, mas depois de falar com Sam Allardyce, a jovem promessa optou por ficar e renovar por mais dois anos.

O primeiro golo de Hoilett na Premier League foi apontado numa partida caseira diante do West Bromwich Albion, no dia 23 de Janeiro de 2011. A partir daí a sua importância na plantel cresceu e, desde então, partilha as alas com o norueguês Monten Gamst Pedersen.

Em termos internacionais, David Hoilett poderá actuar pelo Canadá, Jamaica e Inglaterra. Até ao momento ainda não disputou nenhum jogo FIFA por nenhum destes países. Embora pretenda actuar pela selecção da América do Norte, a ascendência jamaicana do seu pai também poderá ter peso na decisão que terá que tomar.


Vídeo:

David Hoilett insere-se na linha de jogadores rápidos e imprevisíveis, onde Aaron Lennon e Ashley Young são figura de proa em Inglaterra. O seu sucesso poderá ser determinado por uma transferência a médio prazo para um clube com objectivos mais ambiciosos. Esta época, pretende-se, será de confirmação e, se tudo correr como previsto, o Blackburn Rovers poderá encaixar com Hoilett nova soma considerável de dinheiro, depois de Phil Jones se ter mudado para o Manchester United durante o último defeso, numa operação que rondou as 20 milhões de libras.

Bruno Tomé
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Abdoulaye Ba (FC Porto / Académica de Coimbra)

O FC Porto tem contado, nas últimas temporadas, com o serviço de defesas centrais de nomeada que se tornaram autênticos ídolos do universo portista dado o elevado rendimento que apresentavam bem como o facto de personificarem de forma vincada o tão falado "espírito à Porto".

Atletas como Ricardo Carvalho, Pepe ou Bruno Alves permitiram igualmente aos dragões encher os cofres, servindo certamente de referência para o jovem Abdoulaye Ba, um central que pertence aos quadros do emblema portista e que tem demonstrado potencial para se afirmar num futuro próximo.


Nome: Abdoulaye Ba
Nascimento: 01/01/1991 (20 anos)
Naturalidade: St. Louis - Senegal
Altura: 197 cm
Peso: 79 kg
Posição: Defesa-Central
Clube: Académica de Coimbra (emprestado pelo FC Porto)
Percurso: FC Porto (desde 2008): empréstimos ao Sp. Covilhã (2010-2011) e à Académica (2011-2012)
Nº Camisola: 21


O senegalês chegou a Portugal em 2008 para ingressar no plantel júnior dos azuis e brancos, numa altura em que a direcção portista apostava na formação com a implementação do projecto Visão 611. O central foi mostrando a sua qualidade, acabando na temporada seguinte por ser convocado por Jesualdo Ferreira para alguns encontros da Taça da Liga.

Com enorme expectativas num futuro risonho para o defesa, os responsáveis do FC Porto decidiram emprestá-lo na temporada transacta ao Sp. Covilhã. Com o objectivo de se adaptar a uma nova realidade competitiva e ganhar maior maturidade, Abdoulaye encarou com agrado esta cedência, sendo mesmo um dos principais destaques da última edição da Liga Orangina.

Com um sensacional porte físico, o senegalês demonstrou ter um bom sentido posicional e um notável jogo aéreo, para além de ser um especialista em lances de bola parada, sobretudo na marcação de grandes penalidades, terminando a época com uns impressionantes nove golos, uma marca espectacular dado tratar-se de um defesa.

Visando um processo gradual no seu trajecto, Abdoulaye subiu esta temporada mais um patamar no seu processo de evolução com o empréstimo à Académica. Tendo ganho de imediato o seu espaço na defensiva academista, o senegalês poderá aproveitar os ensinamentos do seu técnico Pedro Emanuel, também ele um ex-central que deixou marca no Dragão, para que se torne um jogador ainda mais completo, de forma a poder integrar futuramente o plantel do FC Porto e, porventura, suscitar o interesses de um emblema internacional.

Filipe Jesus
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Eduardo Vargas (Universidad de Chile)

A actual geração de jogadores chilenos é, sem dúvida, uma das melhores da história futebolística do país. Estrelas como Alexis Sánchez, Matias Fernández, Arturo Vidal ou Jorge Valdivia são grandes trunfos que o seleccionador Claudio Borghi tem ao seu dispor e que permitem à comunidade chilena sonhar com a conquista de um feito histórico nos próximos tempos. Não obstante a qualidade destes jogadores, o Chile conta também com uma segunda linha muito talentosa. Um exemplo disso é o caso de Eduardo Vargas, um jovem que é já considerado um dos craques a actuar no futebol sul-americano e que não tardará a dar o salto para o futebol europeu.

Eduardo Vargas começou por jogar nos escalões jovens do Universidad Católica e do Palestino, mas viria a desistir do futebol por morar bastante deslocado destes dois clubes. Tudo parecia destinado para que o seu sonho de se tornar futebolista caísse por terra, porém, em 2005, apareceu-lhe um convite para participar num torneio patrocinado pela Adidas, onde despertaria a atenção de vários clubes profissionais. Foi então convidado pelo Cobreloa para prestar provas, mas não precisou de muito tempo para convencer os dirigentes do clube, assinando mesmo o seu primeiro contrato profissional em 2006.


Nome: Eduardo Jesús Vargas Rojas
Nascimento: 20/11/1989 (21 anos)
Naturalidade: Renca - Chile
Altura: 175 cm
Peso: 70 kg
Posição: Avançado
Clube: Universidad de Chile - Chile
Percurso: Cobreloa (2006-2010), Universidad de Chile (desde 2010)
Nº Camisola: 17


Apesar de não ter praticamente nenhuma formação, Eduardo Vargas foi ganhando destaque no futebol chileno, sendo chamado para participar nos Torneios de Toulon 2008 e 2009. O jovem aproveitou a montra desta prestigiada competição para mostrar o seu valor e, para além de contribuir para o primeiro lugar do Chile em 2009, foi eleito um dos melhores jogadores dessa mesma edição.

As suas prestações em Toulon ajudaram-no a conquistar o seu espaço no plantel do Cobreloa, conseguindo mesmo agarrar a titularidade depois de marcar nas duas primeiras jornadas do Clausura 2009. Fruto das suas belas exibições nessa edição do campeonato, Vargas seria contratado em Janeiro de 2010 pelo Universidad de Chile, um dos maiores clubes do futebol chileno.

Cedo começou a brilhar com a camisola da “U”, revelando-se inclusive como peça-chave na Copa Libertadores 2010. Actuando na típica posição de volante, o jovem apontou dois golos na competição que se revelaram decisivos para a sua equipa chegar até às meias-finais, onde viria a ser vergada pelos mexicanos do Chivas Guadalajara.

Apesar do seu excelente rendimento no meio-campo, Eduardo Vargas passou a ser testado em posições mais avançadas. E eis que as suas verdadeiras capacidades vieram ao de cima. A sua rapidez, poder de explosão e pujança deram a conhecer uma outra face deste jogador, bem mais dotado e talentoso que aquele que até então costumava alinhar no miolo do terreno. Nessa nova posição, seria eleito o melhor jogador do Apertura 2010, torneio em que foi a grande estrela do campeão Universidad de Chile com um registo de 9 golos e 10 assistências.


Vídeo:

Eduardo Vargas é já uma aposta regular do seleccionador Claudio Borghi, revelando-se importantíssimo nos últimos compromissos do Chile. No clube é visto como um jogador vital, mas a sua saída parece ser já um facto incontornável. É que a cobiça intensifica-se e as propostas começam a surgir. Será, no entanto, preciso abrir-se os cordões à bolsa, pois não se espera que a sua contratação seja uma tarefa fácil – que o diga o Spartak de Moscovo que no passado mercado de transferências viu ser-lhe negada uma proposta de 5 milhões de euros.

Pedro Nogueira
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Tim Matavz (PSV Eindhoven)

O campeonato holandês é uma competição marcada pela vertente ofensiva que a maioria das equipas apresenta em todos os jogos, mesmo aquelas que lutam por objectivos mais modestos. Esta linha de pensamento dos técnicos permite que se assista a partidas com imensos golos e, por consequência, que os atletas que actuam em zonas mais adiantadas do campo se vão dando a conhecer aos amantes do futebol.

Este notável registo de tentos na Eredivisie teve nos últimos anos a contribuição especial do esloveno Tim Matavz, que se revelou um finalizador nato, mostrando ter qualidade para ingressar num gigante europeu num futuro muito próximo, caso mantenha a actual veia goleadora.


Nome: Tim Matavz
Nascimento: 13/01/1989 (22 anos)
Naturalidade: Sempeter Pri Gorici - Eslovénia
Altura: 188 cm
Peso: 74 kg
Posição: Avançado
Clube: PSV Eindhoven - Holanda
Percurso: Bilje (1995-2004); ND Gorica (2004-2007); FC Groningen (2007-2011): empréstimo ao FC Emmen (2008-2009); PSV (desde 2011)
Nº Camisola: 9


Primo de Etien Velikonja, o avançado dividiu a sua formação por dois emblemas do seu país, nomeadamente o Bilje e o ND Gorica. Seria neste último clube que o jovem se estrearia a nível sénior, obtendo 11 golos em 30 jogos na sua primeira época, o que lhe abriu as portas da liga holandesa, tendo chegado a acordo com o Groningen.

A sua primeira temporada nos Países Baixos não teve, contudo, grande brilhantismo, chegando ao final do ano com apenas quatro tentos, todos eles conseguidos numa partida da Taça. Uma vez que o rendimento não foi o mais desejado, os responsáveis do clube holandês decidiram emprestá-lo ao FC Emmen da 2ª divisão em Agosto de 2008 com o intuito de acelerar o seu processo de adaptação. Ainda assim, o regresso ao Groningen não tardaria, completando a segunda metade da época no primeiro escalão, onde conseguiria marcar por três vezes.

Ultrapassada esta fase de integração a uma realidade distinta, Tim Matavz realizou duas temporadas de nível elevado, mostrando ser um artilheiro de excelência e apresentando uma frieza incrível em momentos de finalização, somando 32 golos em 57 encontros, ajudando, desse modo, o seu clube a ficar em posições muito confortáveis na tabela.

Esta marca interessante de concretizações originou a cobiça de vários clubes, acabando o PSV por vencer a corrida para garantir o concurso deste avançado talentoso. Na turma de Eindhoven, o matador continua a picar o ponto com frequência, sendo mesmo um dos indiscutíveis do técnico Fred Rutten para lutar pela conquista de um título que foge há três épocas.


Vídeo:

O estatuto que atingiu em terras holandesas permitiu-lhe ser igualmente um dos jogadores em quem os eslovenos depositam maior esperança para revigorar a sua selecção. Tendo marcado presença no último Mundial, Tim Matavz detém já o recorde de jogador mais jovem de sempre a marcar um hat-trick pela Eslovénia (jogo frente às Ilhas Faroé), sendo, desta forma, uma das figuras da renovada selecção eslovena.

Filipe Jesus
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Alex Oxlade-Chamberlain (Arsenal FC)

Num mercado que se encontra perigosamente inflaccionado, a formação de jogadores é um factor preponderante para se pouparem bastantes milhões. Em Inglaterra, do maior ao mais pequeno clube, todos se preocupam em assegurar a criação de futuras estrelas. Quando não os podem manter, encaixam boas somas de libras que são preponderantes para o estabelecimento de objectivos mais ambiciosos.

O Southampton, um dos históricos do futebol inglês não tem frequentado a Premier League nos últimos anos, mas continua a contribuir com bastante talento para a divisão de elite do futebol inglês. Theo Wallcott e Gareth Bale são dois jovens jogadores que já alinham entre as maiores estrelas do futebol mundial há muito tempo, vão com regularidade às selecções nacionais e têm à sua frente uma carreira prometedora. Esta garantia de qualidade inflaccionou o preço de Alex Oxlade-Chamberlain, mais um produto das escolas dos The Saints. Chegou este ano ao Arsenal e já marcou na Champions League e na Carling Cup, com apenas 18 anos.


Nome: Alexander Mark David Oxlade-Chamberlain
Nascimento: 15/08/1993 (18 anos)
Naturalidade: Portsmouth - Inglaterra
Altura: 180 cm
Peso: 69 kg
Posição: Avançado
Clube: Arsenal FC - Inglaterra
Percurso: Southampton (2000-2011); Arsenal (desde 2011)
Nº Camisola: 15


Nascido em Portsmouth, cidade portuária inglesa, Oxlade-Chamberlain mudou-se muito cedo para as camadas jovens do Southampton. Com apenas 7 anos, a jovem promessa assinou por um dos clubes com mais História em terras de Sua Majestade e apressou-se a dar nas vistas. Não fosse Theo Wallcott e Oxlade-Chamberlain teria sido o jogador mais jovem de sempre a alinhar profissionalmente pelos The Saints. Veio do banco e estreou-se numa partida frente ao Huddersfield Town. Poucos meses depois, assinou o seu primeiro contrato profissional (três anos) e marcou o primeiro golo como sénior, diante do Bournemouth, na Carling Cup.

A sua evolução dava-se a uma velocidade entusiasmante e não deixava ninguém indiferente. Na segunda época ao serviço do Southampton, Alex Oxlade-Chamberlain acabou a temporada com 10 golos e figurou na melhor equipa da temporada da League-One. O Arsenal, com a experiência bem sucedida de Theo Wallcott, colocou-se na linha da frente para a contratação da jovem promessa.

Embora tivesse começado a época actual no Southampton, Oxlade-Chamberlain mudou-se para o Arsenal (12 milhões de libras com possibilidade de atingir 15 milhões consoante o cumprimento de alguns objectivos) a tempo de alinhar no primeiro jogo oficial do clube. No entanto, a estreia não foi a melhor, pois os Gunners foram dizimados em Old Traford por 8-2. A jovem promessa não desanimou e facturou diante do Shrewsbury Town dias depois. Na última quarta-feira, em partida da Champions League, figurou no onze inicial frente ao Olympiakos e à passagem do minuto 8, tornou-se no mais jovem jogador inglês de sempre a facturar na maior prova europeia de clubes, batendo, desta feita, o recorde de Theo Wallcott.

No plano internacional, Alex Oxlade-Chamberlain estreou-se a 1 de Setembro deste ano pela selecção sub-21 inglesa, frente ao Azerbeijão. Com duas assistências e uma excelente actuação foi man of the match. Entretanto, a jovem promessa foi novamente convocada por Stuart Pearce para os compromissos internacionais da próxima semana.


Vídeo:

Seguindo a postura e estilo de jogo de Theo Wallcott, Aaron Lennon, Shaun Wright Phillips e Ashley Young, Alex Oxlade-Chamberlain gosto de ultrapassar os limites de velocidade e é normalmente um pesadelo para os defesas mais posicionais. Rápido, ágil, possuidor de uma excelente técnica e uma grande facilidade de assistir para o golo, Oxlade-Chamberlain tem na altura uma característica que o poderá distinguir, pela positiva, dos nomes referidos anteriormente. Uma bomba atómica prestes a explodir!

Bruno Tomé
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Marc-André ter Stegen (Borussia VfL Monchengladbach)

A 14 de Fevereiro de 2010, a 12 jornadas do final da Bundesliga, o Borussia Monchengladbach parecia condenado à descida: ocupava a última posição da tabela, com apenas 16 pontos. Foi então que os dirigentes do Gladbach decidiram despedir o treinador Michael Frontzeck indo buscar Lucien Favre para o seu lugar. As esperanças já não eram muitas, mas a verdade é que o técnico suíço fez um autêntico milagre ao conseguir segurar a equipa no principal escalão germânico. Entre várias mexidas que efectuou, a mais decisiva para este grande feito foi provavelmente a aposta no jovem guardião Marc-André ter Stegen.

Com toda a sua formação feita no Borussia Monchengladbach, ter Stegen viria a revelar todo o seu valor nas últimas jornadas da temporada passada, onde foi importantíssimo para a manutenção do clube. Logan Bailly e Chris Heimeroth haviam sido as escolhas até ao momento na baliza, mas o facto de terem sofrido 62 golos em 28 jornadas revelavam as fortes debilidades defensivas da equipa.


Nome: Marc-André ter Stegen
Nascimento: 30/04/1992 (19 anos)
Naturalidade: Monchengladbach - Alemanha
Altura: 185 cm
Peso: 84 kg
Posição: Guarda-Redes
Clube: Borussia VfL Monchengladbach - Alemanha
Percurso: Borussia Monchengladbach (desde 1996)
Nº Camisola: 1


Passadas seis jornadas após a sua chegada, Lucien Favre decidiu dar então uma oportunidade ao jovem ter Stegen, na altura com apenas 18 anos. Foi uma aposta arriscada, mas o que é certo é que a partir daí tudo mudou. Funcionando como uma espécie de talismã, o jovem guardião sofreria apenas 4 golos nos restantes 8 jogos da temporada, contrariando todas as aberrantes estatísticas que perseguiram os seus antecessores. Com uma série de defesas vistosas, o guardião transmitiu confiança à restante equipa que viria a conseguir uma excelente recta final de época (5 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota).

Para quem ousou dizer que as defesas de Marc-André ter Stegen haviam sido mera sorte, o arranque da actual temporada revelou exactamente o contrário: o jovem tem, de facto, muito potencial. Logo na ronda inaugural, o Gladbach foi ao terreno do Bayern Munique vencer por 1-0, com o jovem a fazer uma exibição espectacular que lhe valeu a eleição para a equipa ideal da jornada. De momento, com sete jornadas já percorridas, o Borussia Monchengladbach ocupa uma invejável terceira posição, sendo a segunda melhor defesa da prova (3 golos sofridos).


Vídeo:

São infinitas as qualidades já denotadas neste fantástico guarda-redes que tem feito parte das selecções jovens da Alemanha. Um pouco à imagem do seu compatriota Manuel Neuer, ter Stegen é muito bom entre os postes, demonstrando também grande segurança fora deles. Os seus reflexos e a forma como faz a mancha sobre os remates à queima-roupa estão ao alcance apenas dos melhores guarda-redes mundiais. Fixem bem este nome, porque não tardará a andar nas bocas do mundo.

Pedro Nogueira
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Danilo Pereira (Parma FC)


O excelente desempenho da selecção nacional sub-20 no recente Mundial da categoria fez levantar algumas interrogações acerca da escassa aposta dos clubes portugueses nos jovens lusos. A qualidade evidenciada pelo conjunto de Ilídio Vale poderá fazer despertar uma nova mentalidade nos responsáveis de modo a valorizar de forma mais efectiva o produto nacional.

Nesta prestigiada prova internacional, a formação portuguesa apresentou-se com um rendimento de alto nível, o que levou a que algumas individualidades estivessem em plano de destaque, como o caso de Danilo Pereira, que viu desde logo o seu nome apontado a grandes clubes europeus dadas as suas exibições personalizadas e convincentes.


Nome: Danilo Luís Hélio Pereira
Nascimento: 09/09/1991 (20 anos)
Naturalidade: Bissau - Guiné-Bissau
Altura: 187 cm
Peso: 65 kg
Posição: Médio-Defensivo
Clube: Parma FC - Itália
Percurso: Arsenal 72 (2002 -2005), Estoril Praia (2005-2008), Benfica (2008-2010), Parma (desde 2010): empréstimo ao Aris Salónica (2010/2011)
Nº Camisola: 14


Natural da Guiné-Bissau, o jovem emigrou para o nosso país com apenas seis anos, acompanhando a sua mãe que, em face das necessidades familiares, decidiu mudar-se para solo português. O gosto que sentia pelo futebol levou a iniciar-se num clube próximo da sua área de residência, nomeadamente o Arsenal 72, emblema do concelho de Sintra, onde tomou o primeiro contacto com o desporto-rei.

O médio ia demonstrando algum valor, acabando por se mudar para o Estoril Praia na categoria de Iniciados, subindo mais alguns degraus na sua evolução, o que não passou despercebido ao Benfica, que o resgatou para a sua equipa júnior, onde seria uma opção regular dos técnicos e encarado como uma promessa da turma encarnada.

Ainda assim, o jovem, findo o seu percurso de formação, não chegou a acordo com os responsáveis benfiquistas para rubricar um contrato profissional, sendo, deste modo, um jogador livre. Face à sua prestação no Europeu de sub-19 em 2010, onde mereceu elogios da crítica internacional, Danilo Pereira recebeu vários convites de clubes estrangeiros, acabando por escolher o Parma, clube ao qual se vinculou por cinco anos.

Visto como o novo Patrick Vieira, tendo em conta as parecenças físicas e futebolísticas com o antigo internacional francês, o médio não teve grandes oportunidades na primeira equipa dos gialloblu, sendo por isso cedido ao Aris Salónica na segunda metade da temporada 2010/2011, onde conseguiria um registo de dois golos em apenas cinco partidas.

O Mundial sub-20 mostraria, porém, que o médio possui qualidade para singrar no panorama internacional, revelando-se um recuperador de bolas incansável e, simultaneamente, o primeiro construtor de jogo ofensivo da sua equipa, fazendo uso da sua sensacional leitura de jogo. Esta prova permitiu-lhe não só confirmar todo o seu potencial mas também cativar a atenção de alguns colossos europeus, tendo os responsáveis do Parma decidido mantê-lo no plantel principal que irá tentar atingir a permanência na Serie A.

Filipe Jesus
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Chris Wood (West Bromwich Albion / Birmingham City)


A temporada de 2010/11 foi marcada por um misto de emoções positivas e negativas para o Birmingham City. Se, por um lado, venceu a Carling Cup diante do Arsenal contra todas as expectativas, por outro, viu-se relegado na última jornada ao Championship, depois de um jogo de loucos entre o Wolves e o Blackburn (2-3), que serviu às duas formações para se manterem na Premier League. No entanto, em Inglaterra, o vencedor da Taça da Liga tem um lugar reservado no acesso à Liga Europa, o que colocou o Birmingham numa situação pouco comum; uma equipa do segundo escalão a competir na segunda maior competição europeia de clubes.

No play-off da Liga Europa dois factores a destacar: o Nacional foi o oponente e Chris Wood uma das figuras. Na primeira-mão, na Choupana, 0-0 foi o resultado, mas foram várias as ocasiões para os ingleses, com três bolas enviadas as ferro, duas por intermédio de Wood. Na segunda-mão, banho de bola no St. Andrews, com uma excelente exibição e um golo do jovem neo-zelendês. Emprestado pelo primodivisionário WBA, Chris Wood é alto, possante e com um faro muito apurado para o golo.


Nome: Christopher Grant Wood
Nascimento: 07/12/1991 (19 anos)
Naturalidade: Auckland - Nova Zelândia
Altura: 191 cm
Peso: 81 kg
Posição: Avançado
Clube: West Bromwich Albion (emprestado ao Birmingham City)
Percurso: Waikato (07/08); Hamilton Wanderers (08/09); WBA (desde 2009): empréstimos ao Barnsley (2010); Brighton (10/11); Birmingham (11/12)
Nº Camisola: 39


O percurso de Chris Wood teve início no Waikato, mas cedo se mudou para o Hamilton Wanderers, clube semi-profissional da Nova Zelândia. Aí, a jovem promessa teve um desempenho notável, marcando 16 golos em 17 partidas, feito que conseguiu despertar a atenção dos clubes ingleses. Foi o West Bromwich Albion que decidiu abrir os cordões à bolsa e inserir Wood nas camadas jovens da equipa. Desde cedo que a sua veia goleadora se revelou, valendo-lhe uma chamada inesperada num jogo frente ao Portsmouth, conseguindo o feito de ser o quinto jogador kiwi a alinhar na Premier League.

Depois de acertar os termos do primeiro contrato profissional da sua carreira, a direcção dos Baggies decidiu que o empréstimo era a melhor solução para se desenvolver como jogador. A primeira cedência ao Barnsley não se revelou produtiva, alinhando em sete partidas sem facturar qualquer golo. No entanto, no Brighton & Hove Albion, Chris Wood conseguiu assumir um papel de relevância, com oito golos importantes para a subida deste clube ao Championship.

Mesmo assim, parece ser o recente empréstimo ao Birmingham City que irá contribuir para uma afirmação definitiva de Chris Wood no plantel principal do WBA. Com cinco golos em sete partidas, o jovem neo-zelandês já é a referência atacante da sua equipa, numa época em que se espera o regresso à primeira divisão e uma participação digna na Liga Europa. Chris Hughton, antigo treinador do Newcastle e um dos responsáveis pela ascensão meteórica de Andy Carroll, tem em mãos outro jogador semelhante e na mesma situação. Tudo parece bem encaminhado para o feito se repetir...

O SC Braga irá defrontar o Birmingham City na fase de grupos da prova europeia e terá que ter muitas cautelas com a presença imponente de Wood. O hat-trick apontado na semana passada diante do Millwall aumentou as expectativas em seu redor e os defesas não lhe quererão dar qualquer tipo de veleidade. Conseguirá voltar a impressionar?
Bruno Tomé
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Futebol Portugal


Caros leitores, fazemos parte de um projecto que pretende mudar a blogosfera.

Tendo como base o lado positivo do jogo, abordando categorias diversas (análise táctica, scouting, história, estádios, estatística, arbitragem, direito desportivo, finanças, notícias, etc), e contando com uma equipa que reune os melhores bloggers de futebol e elementos com profunda ligação profissional a este desporto.

O Futebol Portugal, procura mudar o paradigma do relato do fenómeno desportivo em Portugal, apresentando duas características pouco vistas até hoje: qualidade e independência de pressões corporativas.

O website estará ainda a passar por algumas modificações gráficas, mas temos já um conteúdo assinalável para que o leitor possa dedicar a sua atenção.

Um abraço e até já!
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Mario Götze (BV Borussia Dortmund)

A edição 2010/2011 da Bundesliga ficou inequivocamente marcada pelo regresso do Borussia Dortmund aos momentos de glória, com a conquista do título após nove longos anos de jejum. Com um futebol vistoso, assente sobretudo numa eficaz posse e circulação de bola, a turma de Jürgen Klopp conseguiu dominar durante toda a prova, permitindo que vários atletas passassem a ser vistos com outra atenção pela crítica internacional.

Mario Götze acabaria por ser um dos jogadores em maior evidência, passeando classe ao longo do campeonato e provando que em território alemão também se formam atletas com elevada capacidade técnica.


Nome: Mario Götze
Nascimento: 03/06/1992 (19 anos)
Naturalidade: Memmingen - Alemanha
Altura: 171 cm
Peso: 64 kg
Posição: Médio Ala
Clube: BV Borussia Dortmund - Alemanha
Percurso: Ronsberg (1997-1998), Eintracht Hombruch (1998-2001), Borussia Dortmund (desde 2001)
Nº Camisola: 11


Tendo chegado a Dortmund com nove anos, após passagens pelos modestos Ronsberg e Eint. Hombruch, o jovem cedo mostrou que possuía talento para poder sonhar em seguir uma carreira interessante, sendo visto como uma das maiores esperanças dos responsáveis do clube.

Considerado o melhor jogador do Europeu de sub-17 de 2009, uma prova ganha pela selecção alemã, o médio foi reclamando uma oportunidade na equipa principal do B. Dortmund, que acabaria por surgir em Novembro de 2009 numa partida frente ao Mainz, tendo, contudo, sido utilizado em apenas cinco encontros.

A temporada 2010/2011 seria a da sua plena afirmação no plano internacional, constituindo-se como um dos indiscutíveis do onze titular. Utilizado na faixa direita do ataque, Götze mostrou ser um jogador de processos simples, dando ao jogo um toque de magia e tratando a bola com uma admirável subtileza, valências que lhe permitiram assistir com frequência os seus colegas para golo.

O futebol praticado pelo médio encantou nao só os fanáticos adeptos do B. Dortmund, bem como todos os acompanhantes da Bundesliga, tendo sido eleito o segundo melhor jogador do campeonato, um prémio que deverá ser ainda mais valorizado considerando a tenra idade do atleta e provando que os jovens futebolistas da actualidade atingem a maturidade numa fase mais precoce da sua carreira.


Vídeo:

O seleccionador Joachim Löw não ficaria igualmente indiferente às suas notáveis actuações, resolvendo chamá-lo para os recentes compromissos da formação germânica. No particular realizado frente ao Brasil no passado mês de Agosto, Götze exibiu todo o seu potencial, sendo mesmo considerado o melhor jogador em campo e sido alvo de rasgados elogios por parte dos carismáticos Matthias Sammer e Franz Beckenbauer, que entenderam estar perante um jovem com todas as condições para se tornar um caso sério no futebol mundial.

Filipe Jesus
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Tom Cleverley (Manchester United FC)

Durante o longo reinado de Alex Ferguson no Manchester United, o plantel já foi alvo de uma profunda restruturação por várias ocasiões. Esta é a prova inequívoca da competência e da qualidade do trabalho desenvolvido pelo manager escocês e sua equipa técnica. Eric Cantona, David Beckham, Roy Keane, Laurent Blanc, Gary Neville, Paul Scholes e Van Der Sar foram peças fundamentais dos Red Devils: os quatro primeiros foram substituídos muito satisfatoriamente e a saga vitoriosa continuou. Para os restantes ainda não temos respostas, mas as garantias parecem existir.

Tom Cleverley assume-se como o homem do leme da nova vaga de jogadores chegados ao Manchester United. Phil Jones, Chris Smalling, Danny Welbeck, Fabio e Rafael são os restantes de um lote que tem mostrado vontade e talento. Cleverley foi aposta no jogo da Supertaça diante do Manchester City (3-2 para o Man Utd) e nas duas primeiras jornadas da Premier League, somando outras duas boas exibições e uma excelente assistência para Welbeck, que brindou Old Trafford com uma actuação de alto calibre.


Nome: Thomas William Cleverley
Nascimento: 12/08/1989 (22 anos)
Naturalidade: Basingstoke - Inglaterra
Altura: 175 cm
Peso: 70 kg
Posição: Médio-Centro
Clube: Manchester United FC - Inglaterra
Percurso: Bradford (2004-2005); Man Utd (desde 2005): empréstimos ao Leicester City (2008/2009); Watford (2009/2010); Wigan (2010/2011)
Nº Camisola: 23


O interesse de Alex Ferguson em Tom Cleverley foi precoce e imediato. Depois de fazer algumas partidas com a camisola do Bradford, seu primeiro clube, o Man Utd decidiu adquirir o passe do jogador, quando este tinha apenas 12 anos. Por isso, é justo dizer que o verdadeiro clube de formação desta jovem promessa acabou por ser o emblema de Manchester. Ferguson reclamou recentemente o mérito e a responsabilidade de ter moldado o carácter e o temperamento de Cleverley.

A afirmação nos Red Devils foi lenta, porém consistente. Passou por todos os escalões de formação, mas foi nas reservas que se notabilizou, sendo nomeado para melhor jogador das reservas do Man Utd e tendo ganho a braçadeira de capitão da equipa. Como prémio, Tom Cleverley foi chamado aos seniores e estreou-se frente ao Kaiser Chiefs, numa partida disputada na África do Sul. Logo aí, o jovem jogador marcou um golo.

Os anos seguintes, como manda a regra, foram marcados por empréstimos que possibilitaram a utilização regular do jogador. No Leicester, 15 presenças e 2 golos; no Watford, 33 jogos e 11 golos; no Wigan, 25 partidas e 4 golos.

No plano internacional, Tom Cleverley foi uma arma fundamental no plantel sub-20 e sub-21, tendo marcado dois golos no último escalão. Recentemente, o jovem jogador foi chamado ao plantel principal da selecção inglesa, mas devido aos confrontos sociais no país, a partida frente à Holanda acabou por ser cancelada e a sua estreia adiada. No entanto, Fabio Capello voltou a chamá-lo para os dois próximos jogos da Inglaterra frente à Bulgária e ao País de Gales, podendo o jovem somar os primeiros minutos com a camisola de Sua Majestade ao peito.


Vídeo:

Paul Scholes pendurou as botas no último defeso e lançou o alarme em Old Trafford. Muito se falou sobre quem seria o seu substituto, não se encontrando grandes alternativas viáveis no mercado, além de Samir Nasri e Wesley Sneijder. No entanto, como os primeiros jogos comprovam, a solução imediata e mais económica provou estar dentro das fileiras do clube. A questão que se impõe é: a longo prazo, poderá Thomas Cleverley fazer esquecer Paul Scholes?

Bruno Tomé
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Ola John (FC Twente)


Quem assistiu ao play-off de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões entre o Benfica e o Twente, certamente teve o prazer de apreciar a qualidade de um jovem extremo que era praticamente desconhecido por muitos de nós. Ola John, a par de Bryan Ruiz, foi um dos jogadores da formação holandesa em maior evidência nos dois jogos da eliminatória e, não fossem as belas exibições dos encarnados e a persistência de Co Adriaanse em lançá-lo apenas nas segundas partes, provavelmente o jovem tivesse causado mais estragos a Maxi Pereira e, consequentemente, ao Benfica.

Ola é o elemento mais novo da família John que viu perder o seu chefe de família durante a Primeira Guerra Civil da Libéria. Devido a isto, Ola mudou-se muito cedo para a Holanda com a sua mãe e os seus dois irmãos Collins e Paddy – também eles jogadores do Fulham e Osnabruck, respectivamente – onde iniciaria a sua carreira de futebolista na academia do Twente.


Nome: Ola John
Nascimento: 19/05/1992 (19 anos)
Naturalidade: Zwedru - Libéria
Altura: 180 cm
Peso: 80 kg
Posição: Extremo
Clube: FC Twente - Holanda
Percurso: Twente
Nº Camisola: 24


Chegado à equipa principal na temporada passada com apenas 18 anos, Ola John rapidamente demonstrou ser um bom joker para Michel Preud'homme lançar nas segundas partes. Dono de uma grande velocidade, Ola aproveitava o desgaste dos adversários para acelerar o jogo ofensivo do Twente e criar rasgos nas defensivas contrárias. Terminaria a época com um total de 13 participações e um golo no campeonato holandês, participando também em três partidas para a Liga Europa.

No início da nova temporada, com a chegada de Co Adriaanse ao comando técnico do Twente, adivinhava-se que Ola John perdesse espaço no plantel principal. Contudo, mesmo com uma forte concorrência no ataque (Bryan Ruiz, Luuk de Jong, Marc Janko e Emir Bajrami), o jovem internacional pelos sub-19 da Holanda tem vindo a acumular créditos, sendo já uma arma secreta do novo técnico. Apesar de ainda não ter conquistado a titularidade, Ola tem actuado com regularidade nestes primeiros encontros do Twente.

Pelos dois jogos frente ao Benfica, deu para perceber que Ola John é um extremo com muito potencial e com capacidade para deixar a sua marca no futebol holandês. Tal como havia acontecido no primeiro jogo, a entrada do extremo na partida da Luz deu um novo ânimo ao futebol de ataque do Twente, voltando a ser um autêntico quebra-cabeças para a defensiva encarnada devido os seus slaloms. Apesar da vitória encarnada ter sido indiscutível, Jorge Jesus bem pode agradecer a Co Adriaanse por apenas o ter lançado no decorrer da segunda parte…

Pedro Nogueira
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Zé Luís (SC Braga)

Cinco anos após o conturbado caso Mateus que tanta polémica criou entre o Gil Vicente e o Belenenses e que ditou a descida da turma gilista ao segundo escalão, eis que a formação barcelense está de regresso à primeira liga. Esta tão ambicionada subida acabaria por ter uma participação fundamental do talentoso Zé Luís, o que atraiu a atenção do Sp. Braga que tratou logo de garantir o concurso de um avançado que irá dar certamente que falar no futuro.

Tendo nascido num país onde o futebol ainda está a dar os primeiros passos para se tornar um desporto mais profissional, tendo em conta que os recursos e a qualidade ainda são um bem algo escasso, Zé Luís deu nas vistas num torneio realizado em Lisboa quando representava a selecção jovem cabo-verdiana, com os responsáveis do Gil Vicente a mostrarem interesse no atleta do FC Batuque. Ainda com idade de júnior, o jovem chegaria ao nosso país com a esperança de conseguir evoluir e chegar a um patamar futebolístico que até há bem pouco tempo parecia quase utópico dadas as gritantes diferenças de condições oferecidas pelos dois países para a prática do desporto-rei.


Nome: José Luís Mendes Andrade
Nascimento: 24/01/1991 (20 anos)
Naturalidade: Nossa Senhora da Conceição - Cabo Verde
Altura: 183 cm
Peso: 81 kg
Posição: Avançado
Clube: SC Braga
Percurso: Académica de Fogo (2008), FC Batuque (2009), Gil Vicente (2009-2011), Sp. Braga (desde 2011)
Nº Camisola: 29


Este passo ascendente na sua carreira revelar-se-ia bastante acertado, com o jovem a mostrar as razões que levaram os galos a apostarem nele. Principal figura da equipa júnior gilista, onde apontou 27 golos, Zé Luís seria lançado pelo técnico Paulo Alves para a recta final da época 2009/2010, continuando a demonstrar na formação sénior a apetência para alvejar as balizas contrárias, apontando quatro golos em cinco partidas.

O início promissor na turma de Barcelos permitiu ao cabo-verdiano ganhar pontos junto do treinador, que resolveu incluí-lo no plantel para atacar a subida à primeira divisão. O atacante não defraudaria as expectativas concedidas por Paulo Alves e seria mesmo uma peça fundamental para que o Gil Vicente atingisse o seu grande objectivo, marcando doze golos, apesar de ter estado algum tempo fora de combate por limitações físicas.

Jogador com enorme margem de progressão, Zé Luís acabaria por aguçar o apetite de alguns clubes, com o Sp. Braga a antecipar-se à concorrência e a adquirir um atacante que se caracteriza pela sua velocidade, pela forte impulsão e pela facilidade de remate que apresenta.

Protegido por uma cláusula de rescisão de quinze milhões de euros, o jovem encontrou uma concorrência feroz no ataque arsenalista, devendo esta temporada servir de aprendizagem e de evolução, tendo companheiros como Nuno Gomes, Meyong ou o recém-contratado Carlão. Com uma lesão no pé esquerdo que o inviabilizará de fazer parte das escolhas de Leonardo Jardim durante os próximos meses, espera-se que Zé Luís regresse com o fulgor com que terminou a temporada passada e justifique a aposta da direcção braguista.

Filipe Jesus
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Joel Campbell (Arsenal FC)


Embora as últimas temporadas do Arsenal não se caracterizem por serem repletas de títulos, tudo continua igual na formação londrina. Se Arsène Wenger se mantém de pedra e cal no comando dos Gunners, a política de contratações também não dá sinais de se poder alterar. Jogadores jovens e com elevado grau de progressão continuam a ser o principal alvo do manager francês. Os mais críticos dizem que, por este caminho, o Arsenal não vencerá novamente a Premier League e não entendem o motivo de Wenger não aplicar mais dinheiro no mercado e em contratações sonantes, dado que o Arsenal está muito estabilizado financeiramente e não possui compromissos salariais milionários.

O novo diamante (à espera de ser limado) do Arsenal chama-se Joel Campbell e deu muito que falar na última Copa América, marcando dois golos diante da Bolívia. Velocidade, técnica e imprevisibilidade parecem ter sido factores preponderantes para a aposta na sua contratação. Adivinham-se alguns meses dedicados à adaptação do costa-riquenho a um campeonato e a uma realidade completamente distintas do que já experienciou, mas Arsène Wenger já foi capaz de provar várias vezes que sabe dar conta do recado.


Nome: Joel Nathaniel Campbell Samuels
Nascimento: 26/06/1992 (19 anos)
Naturalidade: San José - Costa Rica
Altura: 178 cm
Peso: 72 kg
Posição: Avançado
Clube: Arsenal FC - Inglaterra
Percurso: Saprissa (2009-2011): empréstimo ao Puntarenas (2011); Arsenal (desde 2011)
Nº Camisola: -


No mundo do futebol, Joel Campbell ainda é um recém-nascido. A sua carreira acaba de entrar no terceiro ano e quem chega ao gigante Arsenal logo nas primeiras temporadas como jogador profissional, terá que possuir algumas virtudes no que toca ao desporto-rei. A jovem promessa iniciou a carreira no Deportivo Saprissa, clube do seu país natal. No primeiro ano foi emprestado ao Puntarenas. Em ambas as formações teve poucas oportunidades e não há registo de qualquer golo ao serviço destes dois clubes.

Visto isto, o que explica o interessa do Arsenal? Nada mais do que as incríveis prestações de Joel Campbell ao serviço da sua selecção. Com oito golos em nove jogos nos sub-17, dez golos em treze partidas nos sub-20 e dois golos em seis jogos nos AA, este jovem jogador parece ganhar outra vida quando representa o seu país.


Vídeo:

Nas palavras de Arsène Wenger, "Joel Campbell já mostrou ser um jogador de muita habilidade, além de ter jogado bem pela selecção mesmo sendo jovem". Pois bem, cinco anos de contrato com os Gunners e a rejeição das propostas da Fiorentina e do Sevilha deverá indicar que o valor da transferência (apesar de não revelado) foi significativo. Mais um risco de Wenger. Será que dará certo?

Bruno Tomé
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Thiago Alcântara (FC Barcelona)

Não há dúvidas de que a cantera do Barcelona é uma das melhores escolas de futebol do mundo. Prova disso são os últimos sucessos da equipa principal – considerada por muitos como a melhor equipa de todos os tempos – que tem como base jogadores formados no próprio clube e que, para além de sustentarem a formação catalã, são também pilares importantes na Espanha de Vicente del Bosque. Nomes como Valdés, Puyol, Busquets, Pedro, Xavi ou Iniesta, são já do conhecimento de todos, como tal apresentar-vos-ei um outro jogador que tem tudo para brilhar ao mais alto nível nos próximos tempos. Falo-vos de Thiago Alcântara, um jovem que fez uma pré-época sensacional e que lhe valeu a estreia pela selecção A espanhola.

Filho de Mazinho, campeão do Mundo em 1994 pelo Brasil de Romário e Bebeto, Thiago nasceu em Itália, perto de Bari, quando o seu pai ainda jogava no futebol transalpino. Iniciou a carreira ainda muito cedo nos brasileiros do Flamengo e aos cinco anos voltava a mudar de país, desta vez para Espanha. Enquanto Mazinho ia brilhando no Celta de Vigo, o seu filho mais velho, Thiago Alcântara, treinava-se num outro clube galego: o Ureca. Terminada a carreira de Mazinho, a família regressou ao Brasil em 2001 e o jovem voltaria ao Flamengo. Quatro anos volvidos e nova mudança para Espanha, desta vez para Thiago assinar pelo Barcelona.


Nome: Thiago Alcántara do Nascimiento
Nascimento: 11/04/1991 (20 anos)
Naturalidade: San Prieto Vernotico, Bari - Itália
Altura: 172 cm
Peso: 71 kg
Posição: Meio-Campo
Clube: FC Barcelona - Espanha
Percurso: Flamengo (1995-1996 e 2001-2005), Ureca (1996-2001), Barcelona (desde 2005)
Nº Camisola: -


Esta vida nómada e o facto de se ter que adaptar constantemente a diferentes culturas, seguramente que não foram nada benéficos para o crescimento do jovem. A chegada à Catalunha viria a estabilizar em definitivo a sua vida e com isso o verdadeiro talento de Thiago Alcântara veio ao de cima. La Masia (centro de treinos do Barcelona) foi o palco onde o jovem começou a incutir a cultura de jogo blaugrana, sendo que em 2007 começou a ser presença assídua na equipa B, na altura comandada por Pep Guardiola.

A 17 de Maio de 2009 estreou-se na La Liga frente ao Maiorca, mas só na época 2010/2011 é que se impôs em definitivo no plantel principal. Ao longo da época participou em 17 partidas com a camisola dos catalães (entre as quais uma para a Liga dos Campeões), contribuindo com três golos e outras tantas assistências.

Mas foi ao serviço da selecção espanhola, no Europeu sub-21 realizado este ano na Dinamarca, que o jovem fez correr tinta por toda a imprensa internacional. Thiago, que já havia sido eleito melhor jogador do Europeu sub-17 em 2008, voltou a destacar-se no torneio em solo escandinavo, marcando inclusive um golaço que permitiu à Espanha derrotar na final a Suíça por 2-0 e sagrar-se campeã. Esta excelente prestação do jovem foi condecorada com o prémio de melhor jogador do torneio e com a renovação do contrato com o Barcelona até 2015, aumentando a cláusula de rescisão para 90 milhões de euros.

Thiago Alcântara joga como médio ofensivo onde tira proveito de toda a sua genialidade para fazer com a bola coisas quase impossíveis. Com o futebol brasileiro e espanhol a correr-lhe nas veias, o jovem destaca-se pela sua técnica, controlo de bola e visão de jogo, revelando-se um autêntico mágico com o esférico nos pés. Apesar de dotado tecnicamente, não é um jogador que abuse da finta, tendo a capacidade de decidir muito bem quando deve partir para lances individuais ou quando deve endossar a bola aos colegas de equipa. A sua meia distância também é muito forte, tendo apontado já vários golos de levantar o estádio.


Vídeo:

Com um meio-campo do Barcelona composto por Busquets, Xavi e Iniesta (podendo ainda chegar Fàbregas), é quase uma certeza que não será este o ano em que o jovem Thiago Alcântara agarrará a titularidade, a menos que algo de imprevisível acontece a um destes três elementos. Contudo, e face à excelente pré-temporada que Thiago tem realizado, é de esperar que Pep Guardiola aposte no pequeno prodígio nas partidas em que pretenda dar descanso aos habituais titulares, no sentido de lhe dar mais experiência e competitividade para que no futuro se torne no maestro do meio-campo dos blaugrana e da La Furia espanhola.

Pedro Nogueira
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Ideye Brown (FC Dinamo Kiev)

Após vários anos de autêntico domínio do futebol ucraniano, para além de boas campanhas nas provas europeias, o Dinamo Kiev tem sido superado nos últimos tempos pelo Shakhtar Donetsk a nível interno. Para inverter este cenário, a equipa da capital garantiu Ideye Brown, um avançado que tentará contribuir com golos para que esta potência ucraniana volte aos seus anos aúreos.

Revelado pelo Bayelsa United e pelo Ocean Boys, duas formações do seu país, Brown entraria no futebol europeu através dos suíços do Neuchâtel Xamax, que entenderam estar perante um atleta com atributos bastante interessantes, que poderiam ser aperfeiçoados numa conjuntura futebolística bem mais rica a nível qualitativo.


Nome: Ideye Aide Brown
Nascimento: 10/10/1988 (22 anos)
Naturalidade: Lagos - Nigéria
Altura: 180 cm
Peso: 70 kg
Posição: Avançado
Clube: FC Dinamo Kiev - Ucrânia
Percurso: Bayelsa United (2003-2006); Ocean Boys (2006-2007); Neuchâtel Xamax (2007-2009); Sochaux (2009-2011); Dinamo Kiev (desde 2011)
Nº Camisola: 11


Em território helvético, o avançado desatou a marcar golos e a tornar-se um dos destaques do campeonato, especulando-se que o jovem não tardaria a mudar-se para uma liga com outra projecção. Assim, e após um percurso espectacular na equipa suíça, onde deixou um registo invejável de tentos, Brown assinaria em Janeiro de 2010 pelo Sochaux, significando esta transferência mais um passo rumo à sua afirmação no Velho Continente.

Nesta sua nova etapa, o nigeriano comprovou todas as expectativas criadas em seu redor, deixando de imediato a sua marca no campeonato francês. A temporada transacta seria mesmo coroada de êxito tanto a nível colectivo como a nível individual, dado que os seus impressionantes quinze golos foram fundamentais para o regresso do seu clube às competições europeias.

Constituindo uma temível frente de ataque com o maliano Modibo Maiga (juntos marcaram 50% dos golos da equipa), o jovem demonstrou de forma inequívoca o seu faro apurado pelo golo, revelando-se ainda um atacante bastante móvel e com um admirável jogo de cabeça.

Esta amostra de inegável talento que patenteou nos relvados gauleses valeu-lhe a transferência para o Leste da Europa, com o Dinamo Kiev a desembolsar oito milhões para garantir esta pérola africana. Na capital ucraniana, Brown não demoraria a mostrar o seu venenoso "killer instinct", marcando dois golos na estreia e deixando, desde logo, água na boca dos seus novos adeptos.


Vídeo:

Ocupando o segundo lugar da lista de melhores marcadores da prova, o avançado acalenta que o sucesso que atingiu no Sochaux e a boa impressão que tem deixado neste novo desafio na Ucrânia lhe permita ser uma aposta mais consistente do seleccionador nigeriano, após ter estado presente no Mundial 2010 mas onde acabaria por não ter qualquer minuto de utilização.

Filipe Jesus
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