Douglas Costa (FC Shakhtar Donetsk)

Apesar da Ucrânia ser um país marcado pelo rigoroso Inverno e pelas temperaturas bastante negativas, tem-se assistido nos últimos tempos à aposta do Shakhtar em jogadores brasileiros, que, embora encontrem um clima diferente ao do seu país, têm-se adaptado de uma forma bastante positiva. Assim, e depois do impacto bem sucedido das transferências de Willian, Fernandinho ou Jadson, o campeão ucraniano decidiu alargar o seu clã brasileiro em Janeiro último, adquirindo outros potenciais craques canarinhos, constando entre eles Douglas Costa.

Tido como uma das melhores escolas de futebol do Brasil, de onde saíram atletas como Ronaldinho e o ex-portista Anderson, o Grêmio deu a conhecer recentemente mais um diamante que poderá perfeitamente ter o mesmo sucesso dos internacionais brasileiros referidos, dado o seu enorme valor. Estreando-se pela equipa principal gaúcha em 2008 frente ao Botafogo, Douglas haveria de deixar de imediato a sua marca, facturando nesse encontro do Brasileirão. O seu estatuto na equipa de Porto Alegre ia crescendo gradualmente, ganhando, em simultâneo, maior dimensão ao nível do seu país, após ter sido campeão sul-americano sub-20 e de ter sido convocado para o Mundial da categoria.



Nome: Douglas Costa de Souza
Nascimento: 14/09/1990 (20 anos)
Naturalidade: Sapucaia do Sul - Brasil
Altura: 170 cm
Peso: 65 kg
Posição: Médio Ala
Clube: FC Shakhtar Donetsk - Ucrânia
Nº Camisola: 20


O enorme potencial que se reconhecia ao jovem ia chegando aos ouvidos dos principais clubes europeus, acabando o Manchester United por solicitar ao Grêmio uma cedência do médio ala para um período de testes em Old Trafford, o que foi prontamente rejeitado pelos brasileiros.

Porém, os tricolores não resistiriam aos milhões oriundos do Leste europeu apresentados pelo Shakhtar, confirmando-se a saída do talentoso jogador por cerca de 6,5 milhões de euros por 80% do passe. Apesar do elevado valor pago pelos ucranianos, Douglas Costa não acusaria a responsabilidade, sendo, desde logo, uma aposta firme no onze do técnico Mircea Lucescu, revelando ser um jogador bastante criativo e dono de um pé esquerdo espantoso.

Tendo chegado apenas em Janeiro deste ano a Donetsk, o canarinho teria ainda a oportunidade de se sagrar campeão ucraniano, obtendo um registo bastante interessante, fazendo dois golos em oito jogos. A temporada em curso tem corrido igualmente de feição ao extremo e por inerência à própria equipa, que se mantém no primeiro lugar destacadamente.

Para além disso, esta época o Shakhtar está envolvido na Liga dos Campeões, tendo, até ao momento, contabilizado por vitórias os dois jogos já realizados, um dos quais frente ao Sp. Braga, no qual se assistiu a uma exibição notável de Douglas Costa. Actuando no flanco direito, apesar de ser um canhoto nato, o brasileiro tirou partido de diagonais venenosas para servir o matador Luiz Adriano nos dois primeiros golos. A cereja no topo do bolo acabaria por acontecer já no final da partida, quando o jovem converteu de forma irrepreensível uma grande penalidade, deixando um excelente "cartão de visita" para o que resta da maior prova de clubes a nível europeu e provando assim serem verídicas as expectativas lançadas em relação à sua qualidade.

Vídeo:


Visto como um dos prodígios em ascensão no Brasil, Douglas Costa foi convocado recentemente para o estágio da selecção canarinha em Barcelona, numa altura em que Mano Menezes ensaia um rejuvenescimento do escrete, de modo a dar sangue novo à formação. Esta chamada acaba por ser um reconhecimento do bom trabalho que o jovem está a realizar na Ucrânia, o que lhe tem valido igualmente a cobiça de alguns colossos europeus que, porventura, não tendo os recursos finaceiros do Shakhtar, tentarão futuramente seduzir o brasileiro a mudar de ares com o facto de ter a possibilidade de actuar em campeonato mais competitivos.
Filipe Jesus
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Kevin Grosskreutz (BV Borussia Dortmund)

É um facto que a experiência é um factor bastante importante num plantel, mas a sua inexistência não implica necessariamente que a época de uma equipa se torne num fracasso. Um exemplo paradigmático disso é o caso do Borussia Dortmund. A formação alemã tem um dos plantéis mais jovens da Bundesliga – com uma média de idades inferior a 24 anos – mas apesar de tudo tem sido uma das agradáveis surpresas da prova, com seis vitórias em sete encontros. Entre uma panóplia de grandes talentos, destaca-se Kevin Grosskreutz, um jovem que só o ano passado chegou ao principal escalão, mas que já anda na alta-roda do futebol germânico.

Nascido na cidade de Dortmund, Grosskreutz iniciou os seus primeiros contactos com a bola em duas equipas da província: primeiro no Kemminghausen, depois no Merkur 07 Dortmund. Em 2002, mudou-se para a cantera do Borussia, porém a sua passagem seria fugaz, uma vez que um ano mais tarde rumaria ao Rot Weiss Ahlen. Na época 2006/2007, o jovem foi promovido à equipa principal, onde viria a tornar-se numa das estrelas da equipa, sobretudo pelo seu grande contributo que levou o clube a subir à segunda divisão na temporada seguinte.

À terceira época com as cores dos seniores do Rot Weiss Ahlen, Grosskreutz viria a potencializar todas as suas qualidades, o que levou o Borussia Dortmund a readquiri-lo a custo zero em Julho de 2009. O jovem partia assim para uma nova aventura na sua carreira, deixando para trás um clube onde carimbou uma belíssima marca de 95 partidas e 23 golos.



Nome: Kevin Großkreutz
Nascimento: 19/07/1988 (22 anos)
Naturalidade: Dortmund - Alemanha
Altura: 186 cm
Peso: 72 kg
Posição: Extremo Esquerdo
Clube: BV Borussia Dortmund - Alemanha
Nº Camisola: 19


Chegado ao Signal Iduna Park, o jovem alemão começou por ser uma das armas secretas do técnico Jürgen Kloop, entrando em praticamente todas as partidas. Grosskreutz ia convencendo o técnico aos poucos, até que à passagem da 14ª jornada agarrou definitivamente a titularidade. A jogar no terreno do Hoffenheim, o jovem extremo viria a fazer uma boa actuação, não mais largando o onze inicial até final da temporada. Seriam vinte jornadas consecutivas como titular, sempre com altos rendimentos (cinco golos e três assistências), ajudando o Dortmund a conquistar um dos lugares de acesso à Liga Europa.

Apesar de contar com poucas presenças nas selecções jovens da Alemanha, Grosskreutz foi um dos pré-convocados de Joachim Löw para o Mundial, tendo feito a sua estreia pela selecção A num jogo de preparação, frente à Malta. Mesmo não tendo feito parte da lista definitiva que seguiu para a África do Sul, este foi o mote para um futuro que se espera risonho para o jovem.

Avançado centro de origem, Grosskreutz, apesar de destro, tem vindo a impor-se como extremo esquerdo. O seu movimento característico é as diagonais para o miolo do terreno, onde costuma tirar proveito da sua boa capacidade de rematar cruzado. Apesar de ser um jogador relativamente alto, é ágil e rápido o que o torna numa grande ameaça nos contra-ataques. Forte na recepção em progressão, Grosskreutz tem também uma boa técnica e, dando-lhe espaço, pode criar enormes calafrios às defesas contrárias.

Já com a aficionada massa associativa do Borussia rendida ao seu talento, Grosskreutz tem sido um dos grandes obreiros do bom campeonato que o clube está a realizar. Em sete jogos, o jovem extremo leva já um registo de três golos e duas assistências, formando um terrível trio de ataque com Shinji Kagawa e Lucas Barrios. Recentemente, voltou a ser chamado pelo seleccionador alemão para defender as cores da Mannschaft nos próximos jogos de apuramento para o Euro 2012.

Vídeo:

Conhecida como uma das maiores escolas do mundo, a Alemanha continua a formar grandes pérolas que vão rejuvenescendo o futebol germânico sem nunca lhe retirar qualidade. Para além do talento já nascer com a maioria destes atletas, é preciso que os clubes confiem e apostem neles, e nisto os alemães são bons. Esta, que é uma política que costuma dar resultados nas competições de selecções, é vista por muitos clubes (sobretudo os portugueses) como de risco elevado e, embora não tenha consequências no rendimento das equipas, traz problemas naturais ao futuro das selecções.
Pedro Nogueira
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