Raheem Sterling (Liverpool FC)



Data de 1990 o último campeonato de Inglaterra conquistado pelo Liverpool. Perante tamanha crise de sucessos, os responsáveis do clube decidiram, finalmente, proceder a mudanças. A chegada de Brendan Rodgers ao comando técnico veio revolucionar um pouco a política dos reds que deixou de fazer contratações disparatadas e partiu para a nova temporada decidido a intercalar entre a experiência e a juventude.

Apesar de alguma intermitência ao nível dos resultados, é evidente o aumento da qualidade do futebol praticado pela equipa, algo que há muito não se via para os lados de Anfield Road. Para esse futebol mais atractivo e entusiasmante muito tem contribuído a irreverência e o empenho dos mais novos. É nesse contexto que surge Raheem Sterling, um anglo-jamaicano de apenas 18 anos e uma das novas coqueluches da Premier League.


Nome: Raheem Shaquille Sterling
Nascimento: 08/12/1994 (18 anos)
Naturalidade: Kingston - Jamaica
Altura: 170 cm
Peso: 65 kg
Posição: Extremo
Clube: Liverpool FC - Inglaterra
Percurso: QPR (2003-2010), Liverpool (desde 2010)
Nº Camisola: 31


Formado no Queens Park Rangers, Sterling chegou à cidade dos Beatles em Fevereiro de 2010, pela mão do espanhol Rafael Benítez. Fez a sua primeira aparição na equipa sénior em Março de 2012, entrando aos 85 minutos, na derrota frente ao Wigan Athletic por 1-2. Com apenas 17 anos e 107 dias, tornou-se no segundo jogador mais jovem de sempre a jogar pelos reds.

Face aos excelentes desempenhos na equipa de reservas, onde terminou a época 2011/2012 com 6 golos e 7 assistências, foi incorporado por Brendan Rodgers no plantel principal esta temporada. Foi lançado a titular logo à segunda jornada frente ao Man. City e não mais largou o lugar.

A sua polivalência e versatilidade foram preponderantes para se tornar numa peça-chave no lote de escolhas do técnico norte-irlandês, podendo actuar tanto a extremo como, ocasionalmente, a segundo avançado. Veloz e com um grande poder de explosão, Sterling demonstra um óptimo controlo de bola comandando muitas vezes os ataques rápidos da sua equipa. Quando o faz revela-se sempre muito perigoso, perdendo-se, por vezes, em decisões precipitadas fruto da sua imaturidade.

A grande margem de progressão e a sua ascensão a titular absoluto na equipa principal do Liverpool abriram-lhe as portas à selecção A de Inglaterra, estreando-se a titular no amigável frente à Suécia realizado no passado mês de Novembro.

Vídeo:


Raheem Sterling continua a encher o campo com boas exibições e a chamar a atenção de quem o observa. Face às investidas de emblemas como Man. United, Man. City e Arsenal, os reds renovaram-lhe o contrato até 2018, aumentando-lhe a folha salarial em 2000% (de 2 mil e 500 euros semanais passou para 50 mil). Com a formação de Merseyside a tentar iniciar um novo ciclo, resta aguardar se esta nova fornada de jovens talentos irão reerguer o clube para patamares semelhantes aos do século XX.

André Monteiro
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Rúben Brígido (SC Marítimo)



Desde há várias épocas a esta parte, tem-se registado por parte do Marítimo um excelente aproveitamento do projecto da equipa B. Vários jogadores fizeram já, com grande sucesso, o trajecto da segunda para a primeira equipa, podendo destacar-se os nomes de Pepe, actual defesa do Real Madrid, ou de Kléber e Djalma, ambos ligados contratualmente ao FC Porto. Jogadores fundamentais da equipa maritimista como Sami, Héldon e Rúben Ferreira efectuaram também este mesmo percurso.

No âmbito desta aposta no recrutamento de jovens jogadores para efectuarem a sua maturação e crescimento na equipa B e poderem de seguida integrar a primeira equipa, foi contratado esta época Rúben Brígido, jogador de 21 anos com passagem pelas escolas do Sporting e que terminou a formação no União de Leiria.


Nome: Rúben Luís Maurício Brígido
Nascimento: 23/06/1991 (21 anos)
Naturalidade: Leiria
Altura: 171 cm
Peso: 65 kg
Posição: Médio
Clube: SC Marítimo
Percurso: U. Serra (2002-2004), Sporting (2004-2005), Fátima (2005-2006), CADE (2006-2007), U. Leiria (2007-2012), Marítimo (desde 2012)
Nº Camisola: 28


Rúben estreou-se como sénior já na temporada de 2009/2010 com a camisola leiriense, tendo dado nas vistas nas duas épocas seguintes. Jogador destemido, fazendo da velocidade, finta, cruzamentos e marcação de bolas paradas as suas maiores armas, foi de imediato apontado como um jovem bastante promissor, sendo que o Benfica não tardou em garantir o direito de preferência sobre o jovem jogador.

No entanto, na época passada, uma grave lesão (fractura do perónio) veio retardar o desenvolvimento do jogador, obrigando-o a uma intervenção cirúrgica e uma paragem de cerca de 6 meses.

Na sequência dos problemas financeiros e desportivos que levaram à despromoção da equipa de Leiria à 2ª divisão, todos os jogadores ficaram livres para assinar por um novo clube, sendo que o Marítimo não perdeu tempo e garantiu a contratação deste jogador.

Vindo de uma longa paragem, iniciou a época, como já referido, na equipa B maritimista, recuperando o necessário ritmo competitivo e os índices de confiança. Rapidamente se destacou, merecendo a confiança de Pedro Martins para jogar pela primeira equipa, tendo registado já exibições positivas.

Vídeo:


Paulatinamente vai de novo conquistando o seu espaço na 1ª liga e, sabendo-se que o Marítimo é um clube vendedor, rapidamente acabará por surgir a oportunidade que Rúben espera para se fixar como titular e passar definitivamente de promessa a certeza. Aí, voltará certamente a despontar o interesse de maiores clubes, onde poderá evoluir para patamares bastante superiores.

David Vinagreiro
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Infografia: Golden Boy 2012




Atribuído pelo prestigiado jornal desportivo italiano Tuttosport, o prémio Golden Boy é um troféu que elege anualmente o melhor jogador jovem sub-21 a actuar na Europa. O ano de 2012 celebra a 10ª edição do prémio que outrora já foi atribuído a jogadores como Wayne Rooney, Lionel Messi, Cesc Fàbregas ou Kun Aguero. Entre os 40 nomeados só um será o sucessor de Mario Gotze, naquela que será talvez a distinção mais equilibrada de sempre do troféu.

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Entrevista a João Aurélio















Há cinco temporadas na Madeira a representar o Nacional, João Aurélio (ver artigo) parece ter finalmente assegurado um lugar no onze base dos alvinegros. Depois de em 2009/10 ter feito uma época interessante, o jovem alentejano perdeu espaço no plantel e só na segunda metade da última temporada é que voltou a afirmar-se na equipa titular. Dono e senhor da lateral direita do Nacional no momento, João Aurélio fala em exclusivo ao Rumo ao Estrelato, onde agradece ao seu actual técnico Manuel Machado, não escondendo igualmente o desejo de querer chegar mais longe na sua carreira.



RE – Começou a dar os primeiros pontapés na bola no Despertar e no Desportivo, equipas do distrito de Beja. Sonhava, por esta altura, tornar-se profissional de futebol?

JA - Sim. Desde pequeno que tive o sonho de ser profissional de futebol. A bola era o meu brinquedo preferido e não vivia sem ela e por isso ser jogador de futebol sempre foi o meu objectivo.


RE - Terminaria a sua formação no norte do país, ao serviço do Vitória de Guimarães. Como surgiu o interesse da turma vitoriana?

JA - Foi num torneio inter-associações. Entrei em representação da AF Beja, e num jogo contra a AF Lisboa as coisas correram-me de feição a tal ponto que o observador do Vitória de Guimarães me convidou para fazer um teste no clube. Fui, correu bem e lá fiquei.


RE - A sua estadia na Cidade-Berço durou apenas dois anos. Quais as razões para não ter sido integrado no plantel sénior?

JA - Foi uma questão de momento e de oportunidade. O treinador da altura, Manuel Cajuda, achou que não havia no plantel espaço para mim e, assim sendo, não tive outra opção que não a de seguir a minha carreira noutro lado.


RE - Cumpriu assim o seu primeiro ano no escalão sénior no Penalva do Castelo. Considerou, na altura, estar a dar um passo atrás na carreira?

JA - De maneira nenhuma. Naquela altura o mais importante para mim era jogar para poder evoluir. E como sempre fui um jovem com ambição, sabia que se tivesse oportunidade de mostrar o meu valor, certamente que seria reconhecido e chegaria a mais altos palcos. Como se costuma dizer, às vezes é preciso dar um passo atrás para poder dar dois à frente e foi com essa convição que tomei essa opção.















RE - As boas exibições que rubricou na 2ª Divisão suscitaram a cobiça de vários clubes, entre os quais o Sp. Braga e o Benfica. Como encarou esta situação?

JA - Com enorme felicidade, visto que são dois grandes emblemas. Estar associado a esses clubes é bom para qualquer jogador, especialmente para um que, como eu, estava à procura de dar o salto.


RE - Apesar de ser desejado por estes emblemas, optou por assinar pelo Nacional. A que se deveu esta escolha?

JA - Porque de todas as propostas que recebi foi o projeto que mais me aliciou, quer em termos de carreira pessoal, quer em termos de clube.


RE - Chegou à Madeira como extremo direito mas foi utilizado por Manuel Machado noutras posições. Considera que cresceu enquanto jogador, sobretudo a nível táctico?

JA - Sem dúvida alguma. O mister Manuel Machado foi muito importante na minha evolução enquanto jogador e o facto de ter sido utilizado em diversas posições deu-me outra maturidade competitiva e também uma maior visibilidade.


RE - RE - Acredita que esta polivalência lhe permitiu jogar mais vezes?

JA - Claro que sim. Mas acima de tudo, foi um voto de confiança nas minhas capacidades e que resultou em pleno.


RE - Sente que o salto na sua carreira estará para breve?

JA - Neste momento represento um clube de grande dimensão. De qualquer modo, e como qualquer pessoa neste mundo, quero sempre mais e melhor. Mas não estou obcecado com isso. A seu tempo as coisas irão acontecer.















RE – Foi chamado à seleção sub-21 dadas as suas performances no Nacional. Acredita que pode chegar à selecção A num futuro próximo?

JA - Qualquer jogador português tem o sonho de representar a selecção principal e eu não serei diferente. O facto de ter jogado nas selecções jovens não me dá a garantia de chegar lá, mas trabalho todos os dias para o conseguir.


RE – Descreva-nos o João Aurélio enquanto jogador.

JA - Não gosto muito de falar sobre mim até porque sou suspeito. Deixo isso para as outras pessoas.


RE – Na sua opinião, quais as principais promessas nacionais e internacionais que poderão despontar futuramente?

JA - No futebol português há muitos jovens com talento que estão à espera de uma oportunidade para mostrarem o seu valor e se afirmarem a nível nacional e internacional. Sou suspeito para falar dele, porque é meu irmão, mas um deles é o Luís Aurélio, que joga no Tondela. Mas há outros. O Jota, do Nacional, o Lucas, que está agora no Mirandela...


RE – Uma opinião sobre o Rumo ao Estrelato.

JA - É um blog muito interessante e que começa a desempenhar um papel cada vez mais importante na promoção e divulgação dos jovens talentos do futebol português.


RE – Partilhe um episódio da sua carreira que jamais esquecerá.

JA - Quando jogava nos escolas do Desportivo de Beja, o treinador teve uma ideia engraçada, visto que tenho um irmão gémeo e jogavamos os dois na mesma equipa, e como ele na altura destacava-se um pouco mais do que eu, e estava a ser alvo de marcação individual, o treinador lembrou-se ao intervalo de nos mandar trocar de camisola, passando ele a jogar com o número 8 e eu com o número 10. Resultou em pleno, pois estavamos a ganhar ao intervalo por 2-1, e como eles passaram a marcar-me em cima, deixando o meu irmão mais solto, acabámos por chegar aos 8-1!





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Bernard (Atlético Mineiro)



O Atlético Mineiro foi uma das sensações do recém-findado campeonato brasileiro. E há uma dupla que muito contribuiu para o sucesso do clube: Ronaldinho Gaúcho, claro está, e Bernard, virtuoso médio e melhor marcador da equipa. O principal destaque vai essencialmente para Ben10 que, com 20 anos apenas, para além de ser o artilheiro-mor do Galo, foi distinguido pela Confederação Brasileira de Futebol como a revelação do Brasileirão, sendo já uma das principais promessas do futebol canarinho.

Natural de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, Bernard ingressou nas fileiras do Atlético Mineiro em 2008 para jogar na equipa de juvenis. Nunca chegou a ser escolhido para as selecções jovens do Brasil, mas o seu desempenho nos escalões de formação dos mineiros fizeram os responsáveis do clube acreditar que poderia estar ali uma pérola por lapidar.


Nome: Bernard Anicio Caldeira Duarte
Nascimento: 08/09/1992 (20 anos)
Naturalidade: Belo Horizonte - Brasil
Altura: 168 cm
Peso: 63 kg
Posição: Médio Ofensivo / Extremo
Clube: Atlético Mineiro - Brasil
Percurso: Atlético Mineiro (desde 2008): empréstimo ao Democrata SL (2010-2011)
Nº Camisola: 11


De tal forma que em 2010 foi emprestado ao Democrata de Sete Lagoas. No clube da 2ª divisão do campeonato mineiro o jovem não desiludiu, ao causar impacto imediato e ao sagrar-se melhor marcador da prova com 14 golos em 16 jogos. Foi portanto com naturalidade que, no início de 2011, passou a estar às ordens de Dorival Júnior nos treinos da equipa principal do Atlético Mineiro.

Nos primeiros meses do ano evoluiu na equipa júnior e neste escalão conquistou alguns troféus. Com a chegada de Cuca ao clube, Bernard ganhou espaço na equipa principal e a partir do Verão começou a ser utilizado mais regularmente. Apesar da fraca campanha do Atlético (15º lugar), este médio dinâmico revelou-se como uma aposta certa e de qualidade.

Mas 2012 seria o ano da afirmação completa no panorama futebolístico brasileiro. Bernard mostrou ser um médio criativo com muita virtuosidade e garra. No 4-2-3-1 em que o Galo actuou esta época, Bernard jogou preferencialmente pela faixa esquerda, sendo um dos principais dinamizadores do ataque da equipa. Além da sua capacidade ofensiva, o jovem demonstrou uma enorme capacidade de sacrifício, sendo um dos primeiros a recuar quando a equipa estava sem bola.

Precisão no passe e alguma excentricidade, fruto da tenra idade e, quiçá, da sua rápida ascensão, são outras das caraterísticas que possui. Contabilizou, este ano, duas expulsões: uma na Copa do Brasil e outra no Brasileirão. Mas o que ficou na retina foram os seus 4 golos no Campeonato Mineiro no qual o seu clube se sagrou campeão, registando depois 11 golos e 12 assistências no Brasileirão, que contribuíram de forma decisiva para o 2º lugar dos mineiros na prova.

Nos últimos Jogos Olímpicos, esteve na calha para estar entre os eleitos de Mano Menezes para atacar o título, mas acabou fora da lista final. Contudo, a tão ansiada estreia pelo escrete ocorreu há poucos dias, em partida da segunda mão do Superclássico das Américas, frente á Argentina. O médio ofensivo entrou na 2ª parte e comemorou em campo a conquista do troféu frente ao rival das Pampas, após grandes penalidades.

Vídeo:


A cotação de Bernard na Europa está em alta e o seu nome está já a ser associado a alguns tubarões. O Atlético não nega a existência de propostas e o jogador já admitiu que esse é um cenário muito provável. Mas até agora ainda nenhum clube chegou-se à frente e teremos de esperar até Janeiro para confirmar se Bernard irá rumar para o Velho Continente ainda esta temporada.

Ricardo Abreu
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André Gomes (SL Benfica)



A escassez de jogadores portugueses na equipa inicial apresentada por Jorge Jesus é uma das principais críticas apontadas ao modelo de gestão desportiva do Benfica. Face a isso, a bem-sucedida inclusão de André Gomes no plantel principal e a sua consequente utilização em algumas partidas poderá ser vista como uma alteração da política de contratações, com a formação a ganhar maior relevância para a constituição do elenco principal.

Esta aposta na prata da casa foi mesmo uma das bandeiras eleitorais do presidente Luís Filipe Vieira, que prometeu olhar de uma forma mais atenta para os produtos oriundos dos escalões jovens, após a brilhante resposta dada pelo médio nos encontros em que participou.


Nome: André Filipe Tavares Gomes
Nascimento: 30-07-1993 (19 anos)
Naturalidade: Vila Nova de Gaia
Altura: 188 cm
Peso: 83 kg
Posição: Médio-Centro
Clube: SL Benfica
Percurso: FC Porto (2005-2008), Pasteleira (2008-2009), Boavista (2009-2011), SL Benfica (desde 2011)
Nº Camisola: 89


O jovem recebeu o seu baptismo futebolístico no FC Porto, onde se manteve até aos juvenis, pois seria dispensado pelos dragões. Apesar do duro revés, o médio não esmoreceu e prosseguiu a sua formação no Boavista, tendo cumprido o seu primeiro ano como juvenil no satélite Pasteleira.

André Gomes evidenciava, neste período, uma invulgar maturidade para um miúdo da sua idade, para além da sua notável cultura táctica. O ingresso no Boavista consumou-se na época seguinte e sagrou-se campeão de juniores em 2010/2011, quando já treinava regularmente com a equipa principal dos axadrezados.

Vários clubes não ficaram indiferentes às suas qualidades, acabando por prestar provas no Liverpool. Apesar de os reds terem ficado agradados, o jovem acabou por não ficar em terras de Sua Majestade e o Benfica decidiu avançar para a sua contratação, a troco de 50 mil euros. No seu último ano como júnior, André Gomes foi nomeado capitão, apesar de se encontrar há pouco tempo no clube, provando ser um líder natural e visto como uma referência quer pelos colegas quer pelos treinadores.

A transição para o futebol sénior tem sido fantástica a todos os níveis. Iniciou a época ao serviço da equipa B e demonstrou ser um jogador com enorme potencial. André Gomes actua preferencialmente na posição 8 e destaca-se pelo seu assinalável sentido posicional e pela magnífica interpretação que faz de todos os momentos do jogo. O seu enorme valor agradou ao técnico Jorge Jesus, que não hesitou em chamá-lo para fazer parte da formação principal.

A sua estreia frente ao Freamunde, em partida a contar para a Taça de Portugal, foi abrilhantada com um golo, que ditou o resultado final em 0-4. O médio caiu imediatamente no goto dos adeptos e viria a repetir a proeza contra o Gil Vicente, num tento pleno de determinação e garra do centrocampista. Jorge Jesus tem assim em mãos mais um diamante por lapidar. André Gomes é mesmo uma das apostas de futuro da direcção, que já o blindou com uma alta cláusula de rescisão (30 milhões de euros), de forma a prevenir eventuais ataques dos tubarões europeus.

 Filipe Jesus
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Agostinho Cá (Barcelona B)



A Academia do Sporting Clube de Portugal costuma ser uma excelente rampa de lançamento para qualquer jovem que dê os seus primeiros passos no mundo de futebol. O emblema de Alvalade é considerado em toda a Europa como sendo um dos melhores na formação de jovens atletas como são os casos indubitáveis de Ricardo Quaresma, Cristiano Ronaldo, Nani, João Moutinho, Luís Figo, Simão Sabrosa, entre muitos outros.

Mais recentemente, um jogador que caminha por esses mesmos terrenos é o centro campista Agostinho Cá. Natural da Guiné-Bissau, a jovem promessa iniciou a sua aventura no mundo da bola nas camadas jovens do Oeiras decorria a temporada 2008/2009. A partir desse momento, bastou um ano para ter oportunidade de mostrar o seu potencial que acabara por o levar para Alvalade. Agora, é mais uma das pérolas que constituem a preciosa cantera do Barcelona.


Nome: Odiquir Agostinho Cá
Nascimento: 24/07/1993 (19 anos)
Naturalidade: Bissau - Guiné-Bissau
Altura: 170 cm
Peso: 67 kg
Posição: Médio
Clube: Barcelona B - Espanha
Percurso: Oeiras (2008-2009), Sporting (2009-2012), Barcelona (desde 2012)
Nº Camisola: 18


No emblema leonino, Agostinho Cá continuou o seu processo de aprendizagem nos escalões de juniores B e juniores A que lhe valeram chamadas à equipa das quinas, tendo inclusive participado no Euro sub-17 e sub-19, ambos em 2010, repetindo a presença no Euro sub-19 deste ano onde Portugal desiludiu e se ficou apenas pela fase de grupos.

O craque de 19 anos ajudou ainda o emblema leonino a conquistar o título no escalão de juniores A, na temporada transata, que lhe valeu um bilhete de ida para Barcelona, com o objectivo de prestar provas pela formação B dos catalães. Na sua estreia pelo Barcelona B, os blaugrana golearam 4-1 na deslocação ao terreno do Huesca, sendo que o atleta português apenas entrou 88 minutos.

Neste contexto, não será um exagero esperar que Agostinho Cá seja mais um dos jogadores sensação da academia dos leões, que faça sentir a sua força e garra e que potencialize as suas qualidades na formação da Catalunha. Acima de tudo, o médio de origem guineense é um sortudo. Se não chegar ao topo do futebol mundial, nunca se poderá queixar de que não teve condições para tal, pois teve o privilégio de passar por dois dos melhores clubes mundiais no que à produção de talentos diz respeito. Um valor a seguir com muita atenção!

André Monteiro
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Mauro Caballero (Club Libertad)




Ao ler o nome Mauro Caballero, os mais distraídos poderão pensar num ex-avançado paraguaio, melhor marcador por duas vezes do campeonato do seu país e vencedor pelo Olímpia da Copa Libertadores em 2002. Se foi deste antigo jogador que se lembrou, não acertou, mas também não está muito longe. Trata-se de Mauro Andrés Caballero, de 18 anos, nada mais nada menos que o filho da antiga estrela sul-americana atrás referida.

Embora a jovem promessa que vos apresento possa ser estranha para a maioria dos portugueses, tem revelado, nos jogos pelo Libertad, principalmente na Copa Libertadores (da qual a sua equipa já foi eliminada), uma enorme capacidade. Mauro foi o jogador suplente mais eficaz, tendo marcado dois golos depois de saltar do banco. Longe de ser dos mais utilizados na competição sul-americana (jogou apenas 140 minutos) foi decisivo na vitória sobre o Nacional, num jogo disputado no Uruguai.


Nome: Mauro Andrés Caballero Aguilera
Nascimento: 08/10/1994 (18 anos)
Naturalidade: Assunção - Paraguai
Altura: 175 cm
Peso: 70 kg
Posição: Avançado
Clube: Club Libertad - Paraguai
Percurso: Club 24 de Junio (2002-2005), Olimpia (2005-2008), Club Libertad (desde 2008)
Nº Camisola: 7


No campeonato nacional paraguaio, que se divide em duas fases - Apertura e Clausura, Mauro Caballero não tem sido muito feliz. No Apertura foi apenas titular em dois jogos, tendo sido substituído durante os mesmos; nos restantes foi sempre suplente utilizado, sendo que em dois desses jogos, frente ao Sportivo Carapeguá e ao Cerro Porteño, marcou. No torneio Clausura, o avançado ainda só foi utilizado em quatro jogos, tendo actuado sempre como suplente utilizado, onde contabiliza apenas 55 minutos na totalidade.

Apesar da sua tenra idade, Mauro Caballero tem vindo a fazer parte das camadas jovens da selecção paraguaia há já algum tempo. Esta futura estrela esteve presente em cinco das últimas oito convocatórias dos sub-20 (recorde-se que Caballero fez recentemente 18 anos). O último jogo de “Maurito” pelo Paraguai foi em Abril deste ano, no Campeonato Sul-Americano de sub-17, frente à congénere da Colômbia. O jovem atleta foi o segundo melhor marcador do torneio, apontando cinco golos. Antes disso, com 14 anos, Caballero já havia revelado o seu instinto de goleador ao marcar 27 golos em 23 partidas pelos sub-15 do Libertad.

Não obstante os seus 1,75 metros, Mauro tem uma capacidade imensa em utilizar como arma o cabeceamento. Aliando esta característica a uma energia que parece ser inesgotável, o avançado consegue imprimir grande verticalidade ao futebol ofensivo da sua equipa o que tem despertado a atenção de grandes clubes europeus, apesar de o Libertad tentar a todo o custo segurar esta pérola.

Vídeo:


Barcelona, Real Madrid, Chelsea, Bayern de Munique e até mesmo o Benfica já demonstraram o seu interesse por este achado. No entanto, rumores ligam o prodigioso jogador ao FC Porto, num contrato com a duração de cinco anos que, segundo o pai do jovem, seria proveitoso para ambas as partes. O Libertad, contudo, reiterou ainda não ter recebido nenhuma proposta formal do actual campeão português. A capacidade fantástica do jovem avançado poderá e deverá catapultá-lo num futuro bastante próximo para a Europa onde, à semelhança de outros grandes jogadores sul-americanos, se adivinha uma carreira brilhante.

Pedro Miguel Martins
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Victor Wanyama (Celtic FC)



No mundo do desporto, o Quénia é um país que desde logo nos traz à memória maratonistas, atletas de provas longas, muito magros e com grande resistência física devido ao treino em altitude. De facto, o futebol é um desporto que não tem no Quénia a relevância do atletismo, mas que começou a produzir alguns talentos recentemente. Um olhar mais atento e um esforço de memória levam-nos à final da Champions League em 2010, onde no banco do Inter de Milão de José Mourinho estava McDonald Mariga, o primeiro queniano a chegar a uma final europeia.

No Celtic de Glasgow joga Victor Wanyama, curiosamente irmão de McDonald Mariga. Ainda que não tão conhecido como o irmão, saltou para o estrelato na última jornada da Champions, ao apontar o primeiro golo da vitória do Celtic sobre o poderoso Barcelona, numa cabeçada indefensável na sequência de um canto. O jovem queniano é um médio muito robusto, forte e seguro, que em caso de necessidade pode recuar para defesa central, posição que desempenha facilmente devido à sua altura. As suas exibições fizeram com que seja nesta altura um dos jogadores preferidos dos fervorosos adeptos do Celtic.


Nome: Victor Mugabe Wanyama
Nascimento: 25/06/1991 (21 anos)
Naturalidade: Nairobi - Quénia
Altura: 188 cm
Peso: 76 kg
Posição: Médio-Defensivo / Defesa-Central
Clube: Celtic FC - Escócia
Percurso: Kamukunji High School; Nairobi City Stars (2006); AFC Leopards (2006-2007); Helsingborg (2007-2008); Germinal Beerschot (2008-2011); Celtic (desde 2011)
Nº Camisola: 67


Victor Wanyama começou a jogar futebol no Kamukunji High School. Daí seguiu para as escolas do Nairobi City Stars, clube que joga no principal campeonato do Quénia. Passou ainda pelo AFC Leopards e juntou-se depois ao seu irmão McDonald Mariga na Suécia, onde integrou a equipa júnior do Helsinborgs, enquanto o seu irmão jogava na equipa principal. Com a partida do seu irmão para os italianos do Parma, Victor Wanyama abandonou igualmente a Escandinávia.

Após um período de testes, a jovem promessa assinou contrato com os belgas do Germinal Beerschot. Se na primeira época no clube belga passou despercebido, na temporada de 2009/2010 começou a evidenciar-se, tanto pelas boas exibições, como pela impetuosidade, ficando famosa uma violenta entrada sobre Matías Suarez, do Anderlecht, que lhe valeu uma multa e uma suspensão de três jogos. Nesse período, despertou a atenção de vários clubes, entre eles o Celtic, mas os belgas não facilitaram a sua saída, tendo o jogador permanecido na Bélgica até 2011, quando finalmente assinou pelos escoceses.

Chegou à Escócia em Julho de 2011, por um valor superior a um milhão de euros. Começou por jogar como defesa-central, mas rapidamente se impôs nos católicos, marcando golos impressionantes e assinando belas exibições. Como prémio, arrecadou o título de jogador jovem do mês de Dezembro de 2011. Em Outubro rejeitou uma melhoria contratual proposta pelo clube, supostamente porque queria transferir-se para a Premier League no final da corrente época, ele que tem um valor de mercado actual de cerca de cinco milhões de euros. Fala-se inclusivamente que o Manchester United terá garantido prioridade na aquisição de Victor Wanyama.

Vídeo:


Não será um exagero admitir que Victor Wanyama poderá chegar a um dos clubes de topo do futebol mundial. Mesmo jogando como médio-defensivo, tenderá no futuro a evoluir para um box-to-box, uma vez que é dotado de um impressionante poder de aceleração, além da enorme versatilidade já referida. Juntando tudo isso a uma maior experiência, tanto ao nível do futebol britânico como europeu, estão reunidas as condições para ser titular em qualquer equipa. Naturalmente que para se impor numa equipa de topo terá de controlar a impetuosidade e melhorar os índices de confiança, especialmente quando o jogo não corre de feição à sua equipa. Mas com apenas 21 anos, temos a certeza que estamos perante mais uma pérola no seu Rumo ao Estrelato.

Nuno Melo e Castro
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Marcos Rojo (Sporting CP)



Eis o protagonista da maior novela de Verão do futebol português – edição 2012. A paixão entre Benfica e Marcos Rojo era antiga e tudo parecia bem encaminhado para que rumasse à Luz. No entanto, a intriga adensou-se com a entrada em cena de outros pretendentes. O desfecho, esse, não podia ser mais surpreendente. O Sporting mereceu a preferência do argentino e a saga da disputa de jogadores entre rivais conheceu mais um capítulo.

Uma das principais preocupações do Sporting foi o reforço do eixo defensivo e Rojo assumiu um papel preponderante neste aspecto. Olhando para as últimas épocas, talvez seja a aquisição para este sector com maior margem de progressão. O argentino não teve, portanto, grandes dificuldades em agarrar um lugar na equipa principal leonina, fazendo dupla com o experiente Boulahrouz, que pode ser uma mais-valia para a sua evolução, ou Xandão. Mas a época 2012/2013 tem sido um misto de sensações para a jovem promessa.


Nome: Faustino Marcos Alberto Rojo
Nascimento: 20/03/1990 (22 anos)
Naturalidade: La Plata (Argentina)
Altura: 185 cm
Peso: 85 kg
Posição: Defesa-Central/Esquerdo
Clube: Sporting CP
Percurso: Estudiantes (2000-2011), Spartak Moscovo (2011-2012), Sporting (desde 2012)
Nº Camisola: 15


Aos 22 anos, Marcos Rojo chegou a Alvalade depois de uma experiência menos positiva no Spartak de Moscovo, a sua primeira aventura europeia. Não conseguiu adaptar-se totalmente ao futebol russo e viu com bons olhos a mudança para Portugal. Antes disso, apenas conheceu um clube. Foi no Estudiantes de La Plata, emblema da sua terra natal, que fez a formação e ganhou alguma maturidade, cumprindo três temporadas na equipa principal.

Depois de um início desastroso na Liga Zon-Sagres e na Liga Europa, o afastamento da Taça de Portugal e uma chicotada psicológica, o ambiente no Sporting tornou-se bastante hostil. Mas apesar da má prestação da equipa, a defesa está longe de ser o principal problema. Os leões são uma das equipas menos batidas do campeonato e Rojo é um dos principais responsáveis pelo feito. Apesar da sua juventude, demonstra grande maturidade em campo e dá sinais de poder tornar-se o patrão do sector mais recuado.

Apesar de ser defesa-central de formação, esta jovem promessa é igualmente eficaz na lateral-esquerda. Curiosamente, nas recentes convocatórias da Argentina, é nesta última posição que tem actuado (factor que determinou o afastamento do seu companheiro de clube, Emiliano Insúa). Atleta completo e com garra, à boa maneira sul-americana, já demonstrou que joga bem em antecipação e não hesita em usar o seu poderio físico. Sabe ler o jogo e possui boa técnica, o que lhe permite incorporar-se mais facilmente no ataque e ajudar a equipa no processo ofensivo.

Vídeo:


Esta época poderá ser decisiva para a afirmação de Marcos Rojo no futebol europeu. O jogador precisa de ganhar mais confiança e experiência, mas tudo está dependente da conjuntura que se vive em Alvalade: Franky Vercauteren vai devolver a estabilidade aos leões? A equipa vai regressar aos lugares cimeiros do campeonato e seguir em frente na Liga Europa? O jovem tem bastante qualidade e parece ser um bom investimento, mas o sucesso do clube será sempre directamente proporcional ao seu.

Tiago Galhano
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Christian Atsu (FC Porto)



Ao longo dos anos, o FC Porto tem contado nas suas fileiras com extremos de excelência. Paulo Futre, Sérgio Conceição, Drulovic, Capucho, Ricardo Quaresma, Hulk. Não faltam exemplos virtuosos para sustentar esta tendência. A recente aposta no jovem ganês Christian Atsu parece estar igualmente destinada ao sucesso.

Descoberto ainda na era André Villas-Boas, Christian Atsu é um produto da formação do FC Porto que tem vindo a catapultar-se para a montra europeia do futebol. O jovem extremo africano destacou-se e ganhou reconhecimento ao serviço dos juniores, contribuindo massivamente para a conquista do título nacional por parte desse escalão azul e branco na temporada 2010/2011.


Nome: Christian Twasam Atsu
Nascimento: 10-01-1992 (20 anos)
Naturalidade: Ada Foah - Gana
Altura: 172 cm
Peso: 68 kg
Posição: Extremo
Clube: FC Porto
Percurso: FC Porto (desde 2009): empréstimo ao Rio Ave (2011-12)
Nº Camisola: 27


Sem espaço na equipa principal dos dragões na época seguinte, a melhor solução encontrada, tanto para o clube, como para o próprio jogador, foi o empréstimo por uma temporada ao Rio Ave, formação do escalão principal do futebol português. No Estádio dos Arcos, sob a batuta de confiança de Carlos Brito, o atleta conseguiu criar rotinas de jogo para que pudesse singrar, mais tarde, na equipa sénior do FC Porto.

A excelente campanha realizada pelo Rio Ave, durante a qual marcou seis golos (quatro dos quais aos grandes Sporting, Benfica e FC Porto), contribuiu decisivamente para a manutenção da formação de Vila do Conde no escalão máximo do futebol português. As qualidades de Christian Atsu como atleta de alta competição não passaram despercebidas à equipa técnica do FC Porto, o que lhe valeu uma oportunidade na presente temporada, junto do plantel principal.

Estreou-se a titular logo diante da Académica, em jogo a contar para a Supertaça Cândido de Oliveira, aproveitando a ausência de Hulk, que na altura se encontrava ao serviço da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos 2012, para cimentar o seu espaço no onze base. Desde então, tem sido regularmente opção para render as primeiras opções Varela e James Rodriguez, sendo quase sempre o primeiro suplente a ser lançado por Vitor Pereira.

Entretanto, as enormes capacidades que foi demonstrando valeram-lhe a chamada à seleção principal do Gana. O seu baptismo como internacional do país de Michael Essien foi coroado com uma soberba exibição e um golo. Desde então, tornou-se uma peça preponderante na manobra ofensiva dos africanos. Com a Taça das Nações Africanas já em Janeiro, na África do Sul, cresce a expectativa em torno da influência que poderá efectivamente assumir o talento portista nos Black Stars.

Vídeo:


Christian Atsu será, desde já, e aconteça o que acontecer, uma das revelações da Liga Zon-Sagres e da Europa futebolística. Todos esperam que este jovem talento continue a crescer como jogador e pessoa, de modo a que um dia possa fazer parte dos melhores jogadores do mundo. Para já, integra a lista de nomeados para vencer o Golden Boy, troféu que elege anualmente a maior jovem promessa europeia do futebol. Poderá ser o sucessor do alemão Mario Gotze? Talvez não pois a concorrência é muito forte, mas estar neste circulo restrito é sempre uma indicação clara de competência.

André Monteiro
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Marco Verratti (Paris Saint-Germain)



«Quem é Marco Verratti?» - A questão colocada pelo jornal francês L’Équipe dava eco à contratação do mais ilustre desconhecido de todos os reforços do milionário Paris Saint-Germain para a época 2012/2013. Entre as aquisições faraónicas de Ibrahimovic, Lavezzi e Thiago Silva, o jovem italiano proveniente do modesto Pescara sobressaia pelo contraste que o seu perfil denotava: não era uma estrela, e em França, poucos ouviram falar dele. Apesar disso, o clube da capital pagara 11 milhões de euros pelo seu passe. Quem era, afinal, Marco Verratti?

Verratti fez toda a sua formação no Pescara, clube da sua cidade natal, e no ano de 2008, aos 16 anos, agarrou a titularidade no meio campo ofensivo da equipa sénior, espantando pela qualidade no passe. A equipa disputava a Lega Pro Prima (equivalente à II divisão portuguesa), e o seu talento dentro de campo cedo despertou o interesse do AC Milan, que lhe reservou a primeira proposta, rejeitada. As saudades de casa falaram mais alto.


Nome: Marco Verratti
Nascimento: 05-11-1992 (20 anos)
Naturalidade: Pescara - Itália
Altura: 165 cm
Peso: 60 kg
Posição: Médio
Clube: Paris Saint-Germain - França
Percurso: Pescara (2000 até 2012); Paris Saint-Germain (desde Julho de 2012)
Nº Camisola: 24


Contudo, seria a entrada de Zdenek Zeman para o comando do Pescara, em 2011, que lhe traçaria a linha do sucesso. Com a implementação do 4-3-3, a posição de Verratti, a dez, não teria lugar no esquema. A solução faria relembrar o caso de Pirlo. Verratti seria posicionado à frente da defesa, numa função que não tem tradução literal para o português - os ingleses chamam-lhe deep lying playmaker, os italianos preferem regista.

E regista seria, Verratti, numa época de sucesso, que culminou com a vitória da Série B. A facilidade em desenhar passes mortais, a segurança na posse de bola e a apetência para o jogo agressivo, fizeram dele um valor inegável que antevia voos mais altos.

A estreia na selecção italiana de sub-21 chegou em Fevereiro de 2012, num particular contra a França, e o primeiro golo internacional logo ao terceiro jogo. No defeso, Verratti ingressou no Paris Saint-Germain, provando, gradualmente, que tem um lugar cativo no onze de Ancelotti, ao lado de Matuidi.

Vídeo:


Apelidado de predestinato, por Antonio Di Battista, responsável da academia de jovens do Pescara, Verratti tem as características essenciais para ser um regista de sucesso mundial, como demonstra o lance frente à Sampdoria, em que o jovem, numa jogada de génio, desarma um adversário em tackle, para logo a seguir desferir um passe letal, assistindo o avançado para o golo. Prandelli apelidou de escandalosa a sua saída para o estrangeiro, criticando a política de contratações dos clubes italianos, e o Calcio perdeu um craque. O novo Pirlo joga agora em Paris.

Bruno Falcão Cardoso
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João Carlos (Liverpool FC)



Num momento em que o Sporting vive uma enorme crise de resultados, começam a surgir dúvidas sobre a real qualidade do seu plantel. O forte investimento feito nas duas últimas temporadas por Godinho Lopes não trouxe dividendos e resultou num acréscimo dos problemas financeiros em Alvalade, levando os leões a vender algumas das suas pérolas da Academia de Alcochete. Uma delas foi João Carlos.

Nascido na cidade dos Arcebispos, João Carlos começou a jogar futebol no Sporting de Braga. Um ano depois da sua entrada nos arsenalistas, acabaria por se mudar para a Academia do Sporting Clube de Portugal, mais precisamente em 2004/05.


Nome: João Carlos Vilaça Teixeira
Nascimento: 18-01-1993 (19 anos)
Naturalidade: Braga
Altura: 170 cm
Peso: 74 kg
Posição: Médio-Centro
Clube: Liverpool FC - Inglaterra
Percurso: Sp. Braga (2003-2004); Sporting (2004-2012); Liverpool (desde 2012)
Nº Camisola: -


Até Janeiro de 2012, jogou sempre de leão ao peito, altura em que o Liverpool decidiu gastar mais de 1 milhão de euros na sua contratação. Kenny Dalglish ficou rendido à excelente performance do jogador e da sua anterior equipa, o Sporting, na taça NextGen Series, competição onde os leões venceram o Liverpool por duas vezes: em Anfield por 3-0 e em Rio Maior por 5-1.

João Carlos é daqueles jogadores que qualquer treinador gostava de ter num meio-campo bem organizado e coeso. Tanto constrói como destrói o jogo do adversário. Possui um índice elevado de recuperações de bola, joga bastante simples, tem uma técnica bem apurada e consegue aparecer muito bem em zonas de finalização.

Como é um jogador pouco exuberante, mas eficaz, acaba por passar despercebido em certas fases do jogo, sendo naturalmente influenciado pelo rendimento da equipa. Nos próximos tempos, deverá tentar melhorar o seu remate, particularmente o de longa distância. Os últimos jogos mostraram que o seu nível físico subiu alguns patamares, estando mais adaptado e capaz para lidar com o estilo de futebol mais possante em Inglaterra.

Por enquanto, o jogador português actua ao serviço da equipa sub-21 do Liverpool, onde tem ajudado a alcançar o primeiro lugar do Grupo C da U21 Barclays Premier League. Em termos internacionais, João Carlos tem vindo a representar selecção nacional de sub-20, sendo presença assídua nas convocatórias do seleccionador Edgar Borges.

Nos próximos tempo, esperam-se mais oportunidades para João Carlos no emblema da cidade dos Beatles, à semelhança do que tem acontecido com o inglês Raheem Sterling e o espanhol Suso, jovens que apoiam ultimamente o goleador Luiz Suarez no ataque dos reds. Há quem já lhe chame o novo Deco. Veremos se as semelhanças são comprovadas com o seu amadurecimento ou se não passa de mais um wannabee.

Pedro Afonso
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Stephan El Shaarawy (AC Milan)



As saídas de Thiago Silva e Zlatan Ibrahimovic para o Paris Saint-Germain fragilizaram indiscutivelmente o AC Milan, que tem desiludido esta temporada. A perda da super-estrela sueca tirou algum poder de fogo ao ataque rossonero, que tem agora Stephan El Shaarawy como principal figura.

Filho de pai egípcio e mãe italiana, o jovem nasceu para o futebol no Legino, equipa italiana de menor dimensão. El Shaarawy demonstrava, por esta altura, potencial para poder singrar a nível profissional e chamou, por isso, a atenção dos responsáveis do Génova, por quem assinou em 2006.


Nome: Stephan El Shaarawy
Nascimento: 27-10-1992 (20 anos)
Naturalidade: Savona - Itália
Altura: 178 cm
Peso: 72 kg
Posição: Avançado
Clube: AC Milan - Itália
Percurso: Legino; Génova (2006-2010): empréstimo ao Pádova (2010-2011); AC Milan (desde 2011)
Nº Camisola: 92


Na turma genovesa, o atacante não tardou em comprovar a sua qualidade e, desse modo, mereceu a confiança do experiente técnico Gasperini, que o lançou numa partida da Serie A, frente ao Chievo, com apenas 16 anos e 55 dias. El Shaarawy tornou-se assim o quarto jogador mais novo de sempre a actuar no Calcio. No entanto, o jovem seria utilizado maioritariamente na equipa Primavera (correspondente aos sub-20), tendo sido chamado poucas vezes ao plantel principal.

Visando uma progressão gradual e benéfica para o atleta, o Génova resolveu cedê-lo ao Pádova, na temporada 2010/2011. Na Serie B, o atacante foi uma das revelações da competição, ajudando a sua equipa a qualificar-se para os play-off de subida. Os nove golos que apontou e as enormes qualidades que revelou, fizeram com que o poderoso AC Milan o contratasse e tornasse possível o seu sonho de actuar com a camisola rossonera.

No seu primeiro ano no clube milanês, o camisola 92 esteve um pouco na sombra de nomes como Ibrahimovic, Robinho ou Cassano. Apesar da forte concorrência, o miúdo foi utilizado em 27 partidas (6 como titular) e obteve 4 golos, destacando-se pela enorme capacidade de desequilíbrio e pelo brilhante poder de explosão.

Esta temporada, o jovem tornou-se imprescindível para o treinador Massimo Allegri e é mesmo o jogador do momento em San Siro. El Shaarawy tem vindo a actuar como segundo avançado onde tem rubricado exibições de grande nível, o que lhe tem valido a admiração e o carinho da massa adepta. Com 8 golos, o atacante é actualmente o máximo artilheiro do campeonato e a principal fonte de rendimento dos milaneses.

Vídeo:


O Faraó, como é conhecido, já jogou pela selecção principal italiana, num amigável frente à Inglaterra, apesar dos apelos da federação egípcia para representar a seleção africana. Esta ascensão meteórica da sua carreira poderá não ficar por aqui, pois foi já noticiado um presumível interesse de José Mourinho na sua aquisição. Com uma cláusula de rescisão cifrada nos 65 milhões de euros, El Shaarawy promete ficar na história do futebol mundial não apenas pelo seu excêntrico penteado, mas sim pela enorme classe que tem espalhado pelos relvados europeus.

Filipe Jesus
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Ismaily (SC Braga)



O tão elogiado projecto levado a cabo por António Salvador desde que assumiu a presidência permitiu ao Sp. Braga intrometer-se na luta pelo título e atingir uma notável dimensão europeia. Este modelo de gestão teve repercussões não apenas desportivas, mas igualmente financeiras, dados os milhões que o clube minhoto averbou em receitas provenientes da Liga dos Campeões e em vendas de jogadores.

A aposta dos arsenalistas passa, por um lado, pela aquisição de atletas valiosos que estão a ser pouco utilizados nos seus clubes, como foi os casos de Hugo Viana, Beto ou Rúben Amorim, que tentam dar um novo rumo à sua carreira. Por outro lado, o Sp. Braga investe em jogadores que se vão revelando em equipas de segunda linha, como aconteceu com Ismaily que, após uma boa época no Algarve ao serviço do Olhanense, assinou pelos minhotos.


Nome: Ismaily Gonçalves dos Santos
Nascimento: 11-01-1990 (22 anos)
Naturalidade: Ivinhema - Brasil
Altura: 177 cm
Peso: 78 kg
Posição: Defesa / Médio Esquerdo
Clube: SC Braga
Percurso: Ivinhema (2007), Desportivo Brasil (2008), São Bento (2009), Estoril (2009/2010), Olhanense (2010-2012), Sp. Braga (desde 2012)
Nº Camisola: 21


O brasileiro chegou a Portugal em 2009 para representar o Estoril, ao abrigo do protocolo firmado com a empresa Traffic, que tem dado bons resultados. Depois de ter actuado nos desconhecidos Ivinhema, Desportivo Brasil e São Bento, Ismaily impressionou na sua primeira época em solo europeu e atraiu a cobiça de alguns clubes do primeiro escalão português.

O Olhanense acabaria por assegurar a sua contratação e o lateral conquistou um lugar no onze à passagem da 12ª jornada e nunca mais o largou. Podendo actuar como defesa ou médio esquerdo, o brasileiro confere profundidade ao corredor canhoto dada a sua assinalável apetência para subir no terreno, de forma a criar desequilíbrios.

Na segunda temporada na turma algarvia, foi peça-chave para o clube atingir a sua melhor classificação na I Liga (8º lugar), tendo actuado em 27 partidas e obtido um golo. Assim e à semelhança de outros jogadores que brilharam, acabou por subir mais um patamar na sua carreira e passou esta temporada a ser mais um guerreiro do Minho.

No clube minhoto, Ismaily deixou já a sua marca, através do fantástico golo que apontou frente à Udinese, no play-off de acesso à Champions League. Um momento de antologia que correu o mundo e que fez crescer água na boca dos adeptos arsenalistas.

Vídeo:


Dividindo a lateral esquerda com o nigeriano Elderson, o camisola 21 parece, contudo, merecer maior confiança de José Peseiro. Isto porque, até ao momento, o jovem tem sido opção nos jogos com maior grau de dificuldade. Esta nova etapa no Minho promete ser proveitosa para o lateral desenvolver as suas competências e, porventura, ganhar maior agressividade (no bom sentido), um factor importante para a posição que ocupa.

Filipe Jesus
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André Schurrle (Bayer 04 Leverkusen)



Distante vai o tempo em que o Bayer Leverkusen tinha no seu plantel nomes como Lúcio, Michael Ballack ou Bernd Schneider. Por esta altura, os fármacos eram uma formação muito temida e que alcançava feitos notáveis a nível interno e externo, com destaque para a presença na final da Liga dos Campeões na temporada 2001/2002, então perdida para o Real Madrid.

No entanto, na actualidade, a turma de Leverkusen anda arredada dos títulos e tem ficado a vários pontos de distância do campeão alemão. Contudo, alguns jovens tem-se evidenciado e aproveitado para mostrar o seu valor, de modo a merecer um lugar de relevo no futebol germânico. André Schurrle é um dos jogadores que procuram assim revitalizar o Bayer Leverkusen, de forma a que o clube possa voltar à alta-roda europeia.


Nome: André Schurrle
Nascimento: 06/11/1990 (21 anos)
Naturalidade: Ludwigshafen - Alemanha
Altura: 184 cm
Peso: 74 kg
Posição: Médio-Ofensivo
Clube: Bayer Leverkusen - Alemanha
Percurso: Ludwigshafen SC (1996-2006) Mainz (2006-2011), Bayer Leverkusen (desde 2011)
Nº Camisola: 9


O jovem iniciou a sua formação no impronunciável Ludwigshafen SC, clube da sua terra natal. Em 2006, acabaria por se transferir para o Mainz, onde se tornaria campeão no escalão de sub-19. Schurrle era visto como um dos jogadores com maior potencial, sendo, dessa forma, promovido à formação principal na temporada 2009/2010.

Após uma época de estreia em que foi utilizado com bastante assiduidade, o extremo foi uma das atrações da Bundesliga na edição seguinte. Com 15 golos apontados no campeonato germânico, Schurrle foi o melhor marcador da equipa e um dos principais responsáveis pela surpreendente campanha do Mainz, que terminou a liga na 5ª posição e assegurou a presença nas competições europeias.

As suas fantásticas exibições fizeram com que o Bayer Leverkusen desembolsasse um valor próximo dos oito milhões de euros para adquirir o seu passe. O jovem continuou a mostrar toda a sua valia e realizou mais uma grande época na Bundesliga, tendo marcado 9 golos em 40 jogos.

Utilizado no corredor esquerdo, apesar de ser destro, o camisola 9 flete constantemente para a zona central, de modo a fazer uso do seu forte remate de pé direito. Com uma boa técnica individual, o jovem é muito disciplinado tacticamente, não se coibindo de auxiliar nas tarefas defensivas.

Vídeo:


Este percurso ascendente na sua carreira conheceu um novo capítulo com a chamada à Mannschaft. O selecionador Joachim Low aprecia as suas qualidades e, por isso, chamou-o para representar a Alemanha no Euro 2012, onde esteve presente em duas partidas. O Chelsea segue com atenção a sua evolução, não sendo expectável que permaneça em Leverkusen por muito tempo.

Filipe Jesus
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Isco (Málaga CF)



A Espanha tem a capacidade de produzir novos talentos à velocidade da luz. Chega a ser irritante para quem não apoia a La Roja, mas esta máquina de jovens promessas está oleada por muito trabalho, preparação e planeamento. Aposta-se na formação desde os escalões de escolinhas e os miúdos com capacidades para o futebol são acompanhados em toda a linha, procurando-se uma formação ampla, desde os ensinamentos no que à modalidade diz respeito, à transmissão dos instrumentos de carácter como homem e ser social.

Isco é mais um dos jogadores que, com toda a certeza, darão que falar num futuro próximo. Não é que todo o seu talento ainda não seja reconhecido, mas, a médio prazo, será admirado e visto como uma referência para todos os jovens que vibram com futebol. Com 1,76 metros, o espanhol de 20 anos é dono de uma técnica e de uma visão de jogo invulgares. Passa com precisão científica, tanto de perto como de longe e tem um poder de arranque completamente explosivo.


Nome: Francisco Román Alarcón Suárez - Isco
Nascimento: 21/04/1992 (20 anos)
Naturalidade: Málaga - Espanha
Altura: 176 cm
Peso: 74 kg
Posição: Médio-Ofensivo
Clube: Málaga CF - Espanha
Percurso: Atlético Benamiel (até 2006), Valência (2006-2011), Málaga (desde 2011)
Nº Camisola: 22


O primeiro clube onde Isco começou a dar nas vistas foi no Atlético Benamiel. No emblema dos arredores de Málaga, o talentoso médio surpreendeu os observadores dos grandes de Espanha, que trataram de imediato em procurar a sua contratação. Assim, em 2006, com apenas 14 anos, o pequeno Francisco assinou pelo Valência, onde permaneceu até ao ano transacto. Logo na partida de estreia com a camisola do clube che, Isco apontou dois golos. Frente ao Logroñés, na Taça do Rei, o médio irrequieto jogou e encantou. Numa parceria com Paco Alcácer que ficou famosa, Isco foi preponderante na subida do Valência Mestalla à Segunda Divisão B do país.

No mercado de Verão de 2011, com Manuel Pellegrini ao leme, o Málaga, repleto de dinheiro no banco e com o objectivo de conseguir um lugar europeu (conseguido, dado que acabou no quarto lugar e com a qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões), não se ensaiou muito para pagar a cláusula de rescisão do atleta do Valência (seis milhões de euros), na altura ainda com 18 anos. O jogo de estreia na Liga BBVA deu-se frente ao Granada. Numa goleada por 4-0, Isco não fez o gosto ao pé, mas a sua exibição bastou para o treinador do clube da Costa do Sol contar com o jovem para as escolhas iniciais de toda a época.

Em termos internacionais, Isco pode gabar-se por já ter sido convocado por Vicente Del Bosque para o plantel de uma Espanha que é bicampeã da Europa e campeã do Mundo, no caso para os amigáveis de preparação para o Euro 2012, frente à Sérvia e à Coreia do Sul. Em Julho de 2012 foi um dos elementos que alinharam pela Espanha sub 23, nos Jogos Olímpicos de Londres.

Vídeo:


Ao serviço de um Málaga que procurará surpreender na Liga dos Campeões, Isco terá a oportunidade de se dar a conhecer à Europa no seu palco mais grandioso. As suas qualidades não enganam ninguém. É daqueles jogadores que têm o estrelato mundial como único destino. Edinho, avançado internacional luso que está emprestado pelo clube que joga no La Rosaleda à Académica de Coimbra, afirmou numa entrevista ao site Futebol 365, no passado mês de Maio, o seguinte: «Isco é uma das maiores promessas do futebol espanhol, com um futuro enorme. Vejo-o, muito proximamente, no Real Madrid ou no Barcelona». Qualidade testada e confirmada!

Bruno Tomé
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André Martins (Sporting CP)



André Martins é, talvez, o jogador mais promissor entre os muitos jovens que o Sporting tem no plantel. Comparando-o com nomes como Adrien Silva, Cédric Soares, Diego Rubio ou Carrillo, André Martins é aquele em que os sportinguistas depositam mais esperanças (pelo menos é o que reúne maior consenso entre as opiniões), não deixando os adeptos rivais indiferentes ao seu talento.

Martins, como o próprio se descreve, já nasceu com vontade de jogar futebol, tendo sido o próprio jogador a inscrever-se no clube da sua terra natal, no modesto Argoncilhe, onde começou a dar os seus primeiros passos. Mais tarde, em 2000, veio o Feirense. Na altura, o jovem mudou-se para o emblema de Santa Maria da Feira, no qual permaneceria durante dois anos até surgir o interesse do Sporting. O médio luso convenceu os dirigentes leoninos, que o observaram atentamente nos jogos do Feirense, e mudou-se para a capital com apenas 12 anos de idade.


Nome: André Renato Soares Martins
Nascimento: 21/01/1990 (22 anos)
Naturalidade: Argoncilhe, Santa Maria da Feira
Altura: 169 cm
Peso: 64 kg
Posição: Médio / Extremo
Clube: Sporting CP
Percurso: Argoncilhe (1999-2000), Feirense (2000-2002), Sporting (desde 2002): empréstimos ao Real Massamá (2009-2010), Belenenses (2010), Pinhalnovense (2011)
Nº Camisola: 28


Em Lisboa, seguiram-se oito anos de formação de leão ao peito, onde esteve envolvido em algumas conquistas importantes, sendo campeão nacional de juvenis e juniores. De assinalar que, após a passagem do escalão juvenil para júnior, André Martins assinou um contrato profissional com o emblema de Alvalade, juntamente com Wilson Eduardo, Diogo Rosado e Diogo Amado.

Após completar a sua formação no Sporting, veio a sua primeira experiência no futebol sénior. O médio português seria cedido primeiramente ao Real Massamá, da segunda divisão, onde conseguiu pegar de estaca, sendo titular em praticamente todos os encontros. Depois de um período de adaptação ao escalão sénior, onde a aprendizagem no Real Massamá foi de extrema importância, na temporada seguinte viria a ser novamente emprestado.

A sua nova aventura continuaria a ser feita em Lisboa, mas, desta vez, ao serviço do Belenenses. A época não correu de feição, quer para o clube lisboeta, quer para Martins, que pouco jogou com a Cruz de Cristo ao peito. No entanto, em Janeiro, no mercado de Inverno, o Sporting resolveu emprestá-lo ao Pinhalnovense, dada a escassa utilização no Restelo. Em Pinhal Novo jogou a maior parte dos jogos da segunda metade da época e, após o final da cedência, André Martins apresentou-se no Sporting.

Surpreendentemente, ou não, Martins viria a permanecer nessa época - 2011/2012 - no plantel principal dos leões, às ordens de Domingos Paciência. Contudo, e apesar de Paciência apostar algumas vezes no jovem médio, seria após a mudança de treinador em Alvalade - com a entrada de Sá Pinto - que André Martins seria mais vezes titular e renderia os adeptos portugueses ao seu tamanho talento.

Classe, maturidade e raça foram algumas das características reveladas pelo atleta leonino que, apesar de muitas vezes comparado a João Moutinho (do qual herdou inclusivamente o número da camisola), faz lembrar jogadores à margem como Pablo Aimar, devido à sua inteligência, visão de jogo, boa qualidade de passe e capacidade de progredir com a bola de forma elegante. Arrisco-me a dizer que não faltará muito até uma chamada à selecção AA portuguesa, já que nos sub-21 tem sido um dos grandes destaques na formação liderada por Rui Jorge.

Gonçalo Nuno Oliveira
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Ricardo Pereira (Vitória SC)



Desde que assumiu a presidência do Vitória SC, Júlio Mendes tem efectuado uma notável reestruturação financeira no clube. Face ao surpreendente valor do passivo, o presidente optou por prescindir de alguns atletas com inegável valor mas que representavam grandes encargos no final do mês.

Desse modo, nomes como Nilson, João Alves e Nuno Assis, grandes referências do emblema vimaranense nas últimas épocas, abandonaram a Cidade Berço, de forma a reduzir a folha salarial e ajudar a reequilibrar as contas do clube. Esta nova política de austeridade imposta por Júlio Mendes fez com que a aposta nos jovens provenientes das camadas jovens passasse então a ser uma realidade mais efectiva. Um dos miúdos que tem aproveitado esta oportunidade é o extremo Ricardo, que promete ser uma das revelações da nova época.


Nome: Ricardo Domingos Barbosa Pereira
Nascimento: 06/10/1993 (18 anos)
Naturalidade: Lisboa
Altura: 175 cm
Peso: 70 kg
Posição: Extremo
Clube: Vitória SC
Percurso: Sporting (2004-2010), Naval (2010-2011), Vitória SC (desde 2011)
Nº Camisola: 21


O jovem integrou-se nos escalões de formação do Sporting em 2004 e permaneceu no emblema leonino durante seis temporadas. A saída deveu-se a opções meramente técnicas, visto que Ricardo não seria, previsivelmente, muito utilizado ao longo da época.

Assim, mudou-se para a Naval no seu primeiro ano como júnior e tornou-se de imediato um dos jogadores mais influentes da equipa. A sua estada na Figueira da Foz durou apenas um ano, pois o Vitória de Guimarães demonstrou interesse e acabou por contratá-lo. Na Cidade Berço, Ricardo encantou a equipa técnica pela sua impressionante rapidez e pelo seu virtuosismo técnico, destacando-se dos seus colegas de equipa.

A sua invejável qualidade não passou igualmente despercebida ao técnico Rui Vitória, que passou a integrá-lo nos treinos da equipa principal. O extremo não se intimidou e mereceu, dessa forma, a confiança do treinador, que o lançaria em três partidas na recta final da última Liga ZON Sagres. A sua espantosa capacidade de explosão e o seu drible curto são alguns dos atributos que maravilharam os adeptos vitorianos, que nutrem já um especial carinho pelo jovem.

Internacional sub-19 português, Ricardo tem estado em evidência nesta pré-temporada, sendo visto como uma das previsíveis surpresas do próximo campeonato. Orientado por um treinador habituado a projectar jovens talentos, o extremo é mais um diamante que Rui Vitória poderá lançar para a alta-roda do futebol.

Filipe Jesus
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George Tucudean (FC Dinamo Bucareste)



Agora que Marius Niculae e Adrian Mutu caminham para o fim das respectivas carreiras, há um jovem avançado romeno que começa a sobressair no campeonato local. George Tucudean, jogador de 21 anos do Dinamo Bucareste, está a ter um início de época de sonho. Foi eleito melhor em campo na vitória por penáltis da sua equipa na Supertaça Romena ao apontar dois golos e agora, na passagem da 2ª jornada da Liga, marcou um poker na goleada imposta pelo Dinamo ao CSMS Iasi.

Filho de famílias abastadas, George Tucudean nasceu no ano de 1991, em Arad, no oeste da Roménia. Antes de ingressar nas camadas jovens do Atletico Arad, Tucudean dividia o seu tempo entre os treinos de ténis e o karting, regalias de um menino que vinha de boas famílias. Contudo, a paixão pelo futebol revelou-se mais forte. De tal forma que aos 16 anos de idade Tucudean era já uma das principais promessas do seu país.


Nome: Marius George Tucudean
Nascimento: 30/04/1991 (21 anos)
Naturalidade: Arad - Roménia
Altura: 187 cm
Peso: 80 kg
Posição: Ponta-de-Lança / Extremo
Clube: FC Dinamo Bucareste - Roménia
Percurso: Atletico Arad (2005-2008), UTA Arad (2008-2011), Dinamo Bucareste (desde 2011)
Nº Camisola: 29


Na época de 2008/2009 George Tucudean transferiu-se para o UTA Arad. A jogar na 2ª divisão da Roménia, este jovem internacional pelas selecções jovens do seu país evidenciou desde logo uma boa capacidade finalizadora, que viria a ser confirmada na época seguinte. As suas boas prestações chamaram a atenção do Dinamo Bucareste e logo o colosso da capital romena tratou de garantir os serviços deste matador puro. A primeira metade da temporada de 2010/2011 foi passada ainda no UTA Arad, por empréstimo, mas em Janeiro de 2011 Tucudean ingressou definitivamente no Dinamo Bucareste.

A sua estreia oficial ocorreu apenas a 1 de Abril do referido ano mas ainda a tempo de causar impacto no seu novo clube. Os 4 golos que apontou nos 13 jogos em que participou ajudaram o Dinamo a classificar-se em 6º lugar e a chegar à final da Taça da Roménia. Na temporada 2011/2012 marcou o seu primeiro golo na Liga Europa, em partida da 3ª pré-eliminatória, mas daí até Maio ficou em branco nos vários jogos que disputou, ainda que sempre saído do banco. Mas à 31ª jornada tudo mudou, quando o seu técnico decidiu colocá-lo pela primeira vez a jogar de início no campeonato. Daí até ao final da prova contabilizou 3 golos nas derradeiras quatro partidas.

Muito forte no jogo aéreo e com um remate muito colocado, Tucudean destaca-se pelos processos simples na hora de atacar a baliza. Por vezes dá a ideia de ser limitado em termos técnicos, mas é um jogador eficaz quando tem a bola, sobretudo no capítulo da finalização. Manteve a capacidade de goleador que o notabilizou no final da última época, surgindo agora com números prometedores – 6 golos em 3 jogos que disputou. Rápido e forte fisicamente, impõe respeito nas defesas contrárias e consegue decidir jogos individualmente, desde que tenha uma boa equipa a trabalhar para si.

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O seu início de temporada tem sido altamente concretizador. George Tucudean parece finalmente confirmar as credenciais que o levaram a Glasgow, ainda muito jovem, mas onde acabou por não convencer os responsáveis do campeão escocês. Hoje em dia está mais maduro e parece pronto para dar o salto, o que poderá ocorrer muito brevemente. Trata-se ainda de um jogador acessível para a maioria dos clubes dos principais campeonatos europeus, podendo inclusive deixar Bucareste ainda neste mercado de transferências...

Ricardo Abreu
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Mohamed Salah (FC Basel 1893)



Existem jogadores que nos deixam algumas dúvidas sobre a possibilidade de se tornarem figuras de referência no futuro e, muitas vezes, não é possível prever o desenvolvimento de um jovem futebolista. A linha que separa uma promessa de um craque é muito grande e as escolhas que um atleta toma ao longo da sua carreira influenciam, inevitavelmente, a sua tentativa de chegar ao topo. Como Lionel Messi, Cristiano Ronaldo, Zidane, Pirlo, Luís Figo, Ryan Giggs, Paul Scholes, Xavi e Iniesta há poucos. É preciso disciplina, trabalho, trabalho e trabalho. O talento também conta, mas sozinho pouco ou nada vale.

Mohamed Salah tem talento, falta provar que possui o resto. Aos 20 anos, o jovem egípcio que assinou em Abril pelos suíços do Basileia transpira futebol. Conduz a bola rapidamente e com os dois pés, remata fácil, tem visão de jogo, desmarca-se exemplarmente sem bola, apesar de denotar ainda algum individualismo natural para a sua idade. Até ao momento, na minha opinião, trata-se da grande revelação dos Jogos Olímpicos de Londres. Dois golos em dois jogos, acompanhados por momentos de puro génio. Só não será uma referência do Egipto e do futebol mundial se não quiser.


Nome: Mohamed Salah Ghaly
Nascimento: 15/06/1992 (20 anos)
Naturalidade: Basyoun - Egipto
Altura: 175 cm
Peso: 69 kg
Posição: Extremo
Clube: FC Basel 1893 - Suíça
Percurso: Arab Contractors (2007-2012); FC Basel 1893 (desde 2012)
Nº Camisola: 22


O ditado é antigo e diz o seguinte: «Há males que surgem por bem». Mohamed Salah que o diga. Se não fosse o desastre do Estádio de Port Said, em Fevereiro de 2012, o jovem jogador provavelmente não assinaria por um clube europeu tão rapidamente, no caso o Basileia. Tudo aconteceu desta forma, porque a primeira liga egípcia foi cancelada e os atletas desse campeonato ficaram sem jogar. Salah treinou durante alguns meses com a seleção sub-23 do Egipto, até que a sua actual equipa, na iminência de perder Xherdan Shaqiri para o Bayern Munique (o que veio a acontecer), decidiu investir no talento do país dos faraós para seu sucessor. E parece que acertou em cheio!

As primeiras indicações de Mohamed Salah neste Jogos Olímpicos têm sido demolidoras. Joga ao lado da lenda Mohamed Aboutrika e, além do primeiro nome, parece ter muito mais em comum com o experiente médio ofensivo egípcio, para muitos o melhor de todos os tempos. O primeiro golo na prova aconteceu frente ao poderoso Brasil de Neymar, que depois de estar a vencer por 3-0 ainda se assustou quando os norte-africanos chegaram ao 3-2. Domingo, diante da Nova Zelândia, Salah atacou de novo, com mais um golo que empatou o encontro com a formação da Oceânia (1-1).

Ao serviço do Basileia, a jovem promessa também já fez o gosto ao pé num encontro de carácter particular, mais precisamente na derrota frente aos romenos do Steaua de Bucareste (4-2). A nível internacional, com apenas duas décadas de existência, Mohamed Salah já é um habitual convocado da selecção sénior, apresentando até ao momento o impressionante score de oito golos em treze partidas.

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Caso o Egipto avance para os quartos-de-final, e para isso só servirá uma vitória frente à Bielorrússia no próximo compromisso, Mohamed Salah será certamente uma peça-chave da equipa. Com Aboutrika, alia-se a juventude à experiência, a irreverência à responsabilidade, e quem beneficia é apenas o conjunto egípcio. No Basileia e numa liga como a da Suíça, o jovem atleta poderá aproveitar para convencer os grandes europeus a abrir os cordões à bolsa para adquirir o seu passe. O potencial está lá, resta saber canalizá-lo da melhor forma.

Bruno Tomé
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Ander Herrera (Athletic Club Bilbau)



A selecção espanhola está, invariavelmente, nas bocas do Mundo devido ao excelente estilo de jogo praticado por nuestros hermanos. Esta qualidade não é apenas reconhecida na equipa principal, pois as selecções jovens apresentam os mesmos princípios e ideias de jogo. Assim, o magnífico futebol praticado pela estrelas da selecção A parece ter o futuro assegurado, pois vários jovens reúnem características adequadas à matriz de jogo de La Roja. Um dos atletas mais promissores da nova geração é Ander Herrera, um médio que parece actuar com pés de veludo. O playmaker apresenta argumentos para ser um dos jogadores de futuro da selecção, de forma a que o conjunto orientado por Vicente del Bosque continue a somar títulos.

Ander Herrera nasceu no País Basco e iniciou a sua formação no modesto Amistad, mudando-se em 2001 para as camadas jovens do Saragoça. Na turma de Aragão, o médio foi sempre um dos destaques nas equipas jovens, perspetivando-se-lhe, desde logo, um futuro risonho. Assim, a promoção à equipa B na época 2008/2009 foi encarada com naturalidade, dado o enorme valor futebolístico do jovem.


Nome: Ander Herrera Aguera
Nascimento: 14/08/1989 (22 anos)
Naturalidade: Bilbau - Espanha
Altura: 182 cm
Peso: 70 kg
Posição: Médio Ofensivo
Clube: Athletic Club Bilbau - Espanha
Percurso: Amistad, Saragoça (2001-2011), Athletic Bilbau (desde 2011)
Nº Camisola: 21


Nessa mesma temporada, e fruto das boas actuações na equipa secundária, Herrera foi chamado para integrar o plantel principal do Saragoça. O jovem revelou uma notável qualidade de jogo, mostrando capacidade de passe e visão de jogo admiráveis para um jogador com a sua idade. O médio participaria no regresso da formação aragonesa à Liga Espanhola, contabilizando 18 presenças e tendo obtido 2 golos.

O seu papel na equipa ganhou relevo na La Liga, pois o jovem conseguiu fixar-se no onze e cotar-se como um dos melhores jogadores da equipa. Nas duas temporadas em que representou o Saragoça no principal escalão, Herrera foi decisivo para a manutenção do clube nesta prova e demonstrou potencial para actuar numa equipa com outros objectivos.

As boas impressões que deixou chamaram a atenção do Athletic, que não hesitou em desembolsar oito milhões de euros para assegurar a sua contratação no Verão de 2011. A transferência de Herrera seria mesmo a segunda mais cara de sempre do clube de Bilbau, confirmando as enormes esperanças depositadas pelos responsáveis bilbaínos no jovem. A sua qualidade de jogo assentou como uma luva no modelo de jogo preconizado por Marcelo Bielsa, que privilegia a circulação de bola e um futebol apoiado, tendo o jovem um contributo fundamental na estratégia do técnico argentino.

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Reconhecido pela classe que emprega em cada lance e por assumir a organização ofensiva da equipa, Herrera foi preponderante para a presença do Athletic nas finais da Taça do Rei e da Liga Europa. Após esta boa temporada de estreia na equipa basca, o médio foi convocado para representar o seu país nos Jogos Olímpicos, comprovando que é visto como um dos atletas que poderá seguir as pisadas de Xavi, Iniesta ou David Silva.

Filipe Jesus
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