Josué (FC Paços de Ferreira)

A passar por uma fase de renovação, a Selecção de sub-21 conseguiu recentemente bons resultados em dois particulares realizados, tendo em vista a preparação para o apuramento para o próximo Europeu da categoria. Na formação de Rui Jorge, um dos principais rostos desta nova vaga de talentos é Josué, um médio promissor que aparenta ter características para se afirmar num futuro próximo.

Tendo nascido nos arredores da cidade do Porto, seria no clube azul e branco que o médio se formaria, com os responsáveis técnicos a depositarem-lhe grandes esperanças numa carreira interessante ao nível do futebol sénior. Com dois anos de interregno para actuar nos satélites Padroense e Candal, Josué enfrentaria uma experiência única ainda com idade de júnior, ao ser utilizado em dois encontros da Taça da Liga frente ao Vit. Setúbal e ao Sporting, oportunidade onde pôde conhecer uma nova exigência competitiva.


Nome: Josué Filipe Soares Pesqueira
Nascimento: 17/09/1990 (20 anos)
Naturalidade: Ermesinde
Altura: 174 cm
Peso: 70 kg
Posição: Médio-Ofensivo
Clube: FC Paços de Ferreira
Percurso: FC Porto (1997-2011): empréstimos ao Padroense (2005/2006); Candal (2007/2008), Sp. Covilhã e Penafiel (2009/2010); VVV-Venlo (2010/2011)
Nº Camisola: -


O Sp. Covilhã foi o clube que o acolheu na sua primeira etapa em termos profissionais, que, ainda assim, não correria da melhor forma devido a algumas divergências com a direcção da turma serrana. Deste modo, o jovem decidiu mudar de ares, passando, a partir de Janeiro, a representar o Penafiel e a figurar desde logo nas primeiras opções do técnico Lázaro Oliveira, que conduziria o clube duriense à permanência no segundo escalão.

Após um ano de rodagem no segundo escalão, o FC Porto entendeu que para esta época seria mais proveitoso para Josué jogar num campeonato mais competitivo, acabando por ser cedido ao VVV-Venlo, juntamente com Diogo Viana e Jorge Chula, outros atletas com vínculo à equipa nortenha. Nesta primeira aventura no estrangeiro, o médio foi uma das escolhas na fase inicial da temporada, perdendo, ainda assim, algum protagonismo na segunda metade da estação.

Apesar de não ter actuado com regularidade ao longo de todo o ano, Josué mostrou o seu valor em terras holandesas, ficando conhecido pelo seu fantástico pé esquerdo e pela sua admirável visão de jogo, características que são perfeitamente visíveis quando actua como organizador de jogo. Sabendo que o contrato que o ligava aos dragões estava prestes a terminar, o Paços de Ferreira, tal como tem sido habitual, voltou a garantir mais uma promessa do futebol português, dando a oportunidade ao jovem Josué de vir a singrar no principal escalão.


Vídeo:

Internacional pelas selecções jovens nacionais, o playmaker deverá aproveitar os inegáveis conhecimentos tácticos do seu técnico Rui Vitória, de forma a suprir a sua principal lacuna ao nível do posicionamento em transição ataque-defesa, um momento de jogo onde terá que ter maior intervenção e evidenciar maior atitude defensiva, completando assim os seus interessantes atributos futebolísticos.

Filipe Jesus
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Revista da temporada 2010/2011

Numa fase em que os clubes fazem um rescaldo da época que conhece agora o seu epílogo, avaliando os plantéis de forma a preparar a próxima temporada, o Rumo ao Estrelato faz igualmente uma apreciação de algumas das suas estrelas, concretamente aquelas que mais se evidenciaram ao longo do ano. Desde revelações a confirmações, estas são as estrelas que merecem uma referência especial da nossa parte pela excelente campanha que efectuaram nesta temporada que findou.



  • Panorama nacional

  • Começando pela nossa liga, merece relevância as rápidas adaptações do colombiano James Rodríguez e do argentino Nicolás Gaitán, que mostraram ser apostas para o presente, em especial o jogador do FC Porto, que se apresentou como uma opção muito válida para render os titulares Hulk e Silvestre Varela, culminando da melhor maneira o ano com o hat-trick alcançado na final da Taça frente ao Vit. Guimarães.

    Mudando para os lados de Alvalade, sublinhe-se a época de consolidação do guardião Rui Patrício, que demonstrou ao longo do ano ter corrigido erros anteriores, notando-se ser um atleta bem mais confiante e seguro, atributos que lhe valeram a insistente ligação ao Man. United, tendo em vista a sucessão de Van der Sar. O jovem André Santos seria igualmente uma das relevações do campeonato, tendo aproveitado as lesões de Maniche e de Pedro Mendes para ganhar um lugar no onze e rubricar actuações de grande nível, que lhe permitiram a chamada à Selecção Nacional, cumprindo, deste modo, mais um passo na sua ainda curta carreira.

    Já a boa época do Sp. Braga contou com o contributo decisivo do polivalente Sílvio, que viveu uma temporada de sonho, depois de ter chegado à final da Liga Europa e de se ter tornado internacional AA, mudando-se na próxima época para o Atlético de Madrid a troco de uns impressionantes oito milhões. Os cofres arsenalistas poderão encher-se ainda mais dada a enorme temporada do extremo Pizzi no Paços de Ferreira, havendo a possibilidade do jovem transmontano se transferir sem ter sequer representado o seu clube de coração, falando-se no interesse de um clube russo e do Atl. Madrid no seu concurso.

    Este ano permitiu também a jovens como David Simão, Miguel Rosa e João Gonçalves provar que são jogadores bem mais maduros e que têm uma palavra a dizer na próxima época nos seus clubes de origem, após um perído de empréstimo muito positivo. Já na Liga Orangina, Siaka Bamba e Hugo Vieira foram figuras principais das suas equipas, contribuindo decisivamente para o regresso do Feirense e do Gil Vicente ao primeiro escalão.



  • Panorama internacional

  • Passando agora em revista os principais atletas que se destacaram no panorama internacional, iniciamos o nosso balanço por terras de Sua Majestade. Na sempre excitante Premier League, o extremo Gareth Bale, apesar de ter estado algum tempo lesionado, foi considerado o melhor jogador da competição, ao passo que Jack Wilshere seria eleito como o melhor atleta jovem do campeonato. Por estas bandas, o mercado de Janeiro foi particularmente agitado, salientando-se a transferência milionária de Andy Carroll para o Liverpool depois de um início de época brilhante no Newcastle e da proveitosa cedência do avançado Daniel Sturridge ao Bolton, com o jovem a marcar oito golos em doze partidas na equipa de Owen Coyle. No Championship, a figura central seria o marroquino Adel Taarabt, que com dezanove tentos ajudaria o Q.P.R. a regressar à primeira divisão após largos anos de ausência.

    Centrando agora atenções na Serie A, será difícil encontrar adjectivos para qualificar a temporada do argentino Javier Pastore e do chileno Alexis Sanchéz que prometem fazer manchetes de jornais neste defeso dado o forte assédio de grandes clubes europeus. Em França, a dupla composta por Gervinho e Eden Hazard foi um autêntico terror para as defensivas contrárias, tendo um contributo fundamental para a conquista do título por parte do Lille e para o seu colega Moussa Sow ser o melhor marcador do campeonato, tendo em conta as várias assistências que ambos efectuaram. Apesar de não conseguirem levar o Marselha à conquista do campeonato, Loic Rémy e André Ayew também fizeram uma boa temporada marcando, em conjunto, 26 golos para o conjunto de Didier Deschamps.

    Já em território alemão, o turco Nuri Sahin foi pedra basilar no conjunto de Jürgen Klopp, sendo mesmo eleito o melhor jogador da Bundesliga, facto que não passou despercebido a José Mourinho, que tratou logo de exigir a sua contratação a Florentino Pérez. Nas contas da manutenção, o extremo Marco Reus foi importantíssimo para a permanência do B. Gladbach na prova principal do futebol germânico, somando onze golos, muitos deles vitais para as contas finais.

    Por último, Felipe Caicedo rubricou uma época de muito bom nível no Levante, conseguindo obter treze tentos e apagar, de certa forma, a má imagem deixada no Sporting. Em matéria de golos, convém igualmente realçar o interessante registo do croata Ivan Perisic ao serviço do Club Brugge, que com 22 golos se sagrou o goleador maior da liga belga, marca que chamou a atenção do B. Dortmund, tendo o campeão alemão avançado rapidamente para a sua contratação.



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    Markus Henriksen (Rosenborg BK)

    Os campeonatos da Europa escandinava sempre foram associados a um tipo de futebol onde prevalece a força e o poderio físico. Não obstante este facto, ainda continua a haver raras excepções que fogem à regra, e de vez em quando vão surgindo jovens promessas que se revelam uns tremendos artistas com a bola nos pés. É o caso de Markus Henriksen, um médio a singrar nos noruegueses do Rosenborg, e que detém uma qualidade impressionante que lhe fazem ser rotulado como a maior promessa do futebol do seu país.

    Nascido na cidade de Trondheim, Henriksen deu os seus primeiros passos com a bola nos pés no clube local Trond, mudando-se pouco depois para o Rosenborg, onde viria a revelar todo o seu potencial. Com um percurso sempre promissor nas escolas deste crónico clube norueguês, Henriksen viria a estrear-se como sénior com apenas 17 anos de idade, a tempo de receber as faixas de campeão em 2009.


    Nome: Markus Henriksen
    Nascimento: 25/07/1992 (18 anos)
    Naturalidade: Trondheim - Noruega
    Altura: 187 cm
    Peso: 78 kg
    Posição: Médio
    Clube: Rosenborg BK - Noruega
    Percurso: Trond, Rosenborg (desde 2007)
    Nº Camisola: 19


    Aos poucos, o jovem foi-se impondo no plantel principal e, depois de uma pré-temporada 2010/2011 em destaque, conseguiu agarrar em definitivo um lugar no onze logo nas jornadas iniciais do campeonato. De jogo para jogo, Henriksen foi-se consolidando como um dos organizadores do jogo da sua equipa, destacando-se pela sua grande criatividade e óptima visão de jogo. As suas exibições ao longo de toda a época fizeram-no ser reconhecido como um dos alicerces da equipa do Rosenborg, que conquistaria o bi-campeonato, vindo a terminar o campeonato com um bonito registo de sete golos.

    Markus Henriksen é um médio box-to-box e bastante versátil que pode ocupar várias posições do meio-campo. O seu futebol destaca-se sobretudo pela inteligência que demonstra em campo – muito imprópria para um jogador da sua idade –, revelando-se um atleta muito disciplinado tacticamente, com um excelente sentido posicional, e que define muito bem os tempos de jogo. Não sendo um jogador propriamente muito rápido, o jovem consegue imprimir velocidade ao jogo através da sua passada larga e da facilidade nos passes de ruptura. Na hora de visar a baliza, Henriksen não costuma ter misericórdia, disparando ao alvo adversário sempre que encontra espaços que lhe permitam fazer uso do seu excelente remate.

    Apesar de contar com poucas presenças nas selecções jovens da Noruega, o jovem craque é já internacional A, tendo-se estreado a 12 de Outubro de 2010 frente à Croácia. Dada a falta de qualidade no meio-campo desta selecção, é apenas uma questão de tempo até que o seleccionador norueguês conceda a titularidade a Markus Henriksen e este comece a brilhar ao serviço dos nórdicos.


    Vídeo:

    Mesmo não sendo um mercado muito apreciado pelos grandes clubes europeus, tudo indica que o talento de Markus Henriksen atrairá a atenção de vários olheiros nos próximos tempos. Se estamos na eminência de um dos melhores jogadores de sempre do futebol norueguês? Só o tempo nos trará a resposta. Mas o facto de se poder adquirir um jogador desta categoria a um preço bastante acessível, sem dúvida alguma que será uma aliciante para que o jovem abandone o Rosenborg e passe a brilhar noutros palcos.

    Pedro Nogueira
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