Raheem Sterling (Liverpool FC)



Data de 1990 o último campeonato de Inglaterra conquistado pelo Liverpool. Perante tamanha crise de sucessos, os responsáveis do clube decidiram, finalmente, proceder a mudanças. A chegada de Brendan Rodgers ao comando técnico veio revolucionar um pouco a política dos reds que deixou de fazer contratações disparatadas e partiu para a nova temporada decidido a intercalar entre a experiência e a juventude.

Apesar de alguma intermitência ao nível dos resultados, é evidente o aumento da qualidade do futebol praticado pela equipa, algo que há muito não se via para os lados de Anfield Road. Para esse futebol mais atractivo e entusiasmante muito tem contribuído a irreverência e o empenho dos mais novos. É nesse contexto que surge Raheem Sterling, um anglo-jamaicano de apenas 18 anos e uma das novas coqueluches da Premier League.


Nome: Raheem Shaquille Sterling
Nascimento: 08/12/1994 (18 anos)
Naturalidade: Kingston - Jamaica
Altura: 170 cm
Peso: 65 kg
Posição: Extremo
Clube: Liverpool FC - Inglaterra
Percurso: QPR (2003-2010), Liverpool (desde 2010)
Nº Camisola: 31


Formado no Queens Park Rangers, Sterling chegou à cidade dos Beatles em Fevereiro de 2010, pela mão do espanhol Rafael Benítez. Fez a sua primeira aparição na equipa sénior em Março de 2012, entrando aos 85 minutos, na derrota frente ao Wigan Athletic por 1-2. Com apenas 17 anos e 107 dias, tornou-se no segundo jogador mais jovem de sempre a jogar pelos reds.

Face aos excelentes desempenhos na equipa de reservas, onde terminou a época 2011/2012 com 6 golos e 7 assistências, foi incorporado por Brendan Rodgers no plantel principal esta temporada. Foi lançado a titular logo à segunda jornada frente ao Man. City e não mais largou o lugar.

A sua polivalência e versatilidade foram preponderantes para se tornar numa peça-chave no lote de escolhas do técnico norte-irlandês, podendo actuar tanto a extremo como, ocasionalmente, a segundo avançado. Veloz e com um grande poder de explosão, Sterling demonstra um óptimo controlo de bola comandando muitas vezes os ataques rápidos da sua equipa. Quando o faz revela-se sempre muito perigoso, perdendo-se, por vezes, em decisões precipitadas fruto da sua imaturidade.

A grande margem de progressão e a sua ascensão a titular absoluto na equipa principal do Liverpool abriram-lhe as portas à selecção A de Inglaterra, estreando-se a titular no amigável frente à Suécia realizado no passado mês de Novembro.

Vídeo:


Raheem Sterling continua a encher o campo com boas exibições e a chamar a atenção de quem o observa. Face às investidas de emblemas como Man. United, Man. City e Arsenal, os reds renovaram-lhe o contrato até 2018, aumentando-lhe a folha salarial em 2000% (de 2 mil e 500 euros semanais passou para 50 mil). Com a formação de Merseyside a tentar iniciar um novo ciclo, resta aguardar se esta nova fornada de jovens talentos irão reerguer o clube para patamares semelhantes aos do século XX.

André Monteiro
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Rúben Brígido (SC Marítimo)



Desde há várias épocas a esta parte, tem-se registado por parte do Marítimo um excelente aproveitamento do projecto da equipa B. Vários jogadores fizeram já, com grande sucesso, o trajecto da segunda para a primeira equipa, podendo destacar-se os nomes de Pepe, actual defesa do Real Madrid, ou de Kléber e Djalma, ambos ligados contratualmente ao FC Porto. Jogadores fundamentais da equipa maritimista como Sami, Héldon e Rúben Ferreira efectuaram também este mesmo percurso.

No âmbito desta aposta no recrutamento de jovens jogadores para efectuarem a sua maturação e crescimento na equipa B e poderem de seguida integrar a primeira equipa, foi contratado esta época Rúben Brígido, jogador de 21 anos com passagem pelas escolas do Sporting e que terminou a formação no União de Leiria.


Nome: Rúben Luís Maurício Brígido
Nascimento: 23/06/1991 (21 anos)
Naturalidade: Leiria
Altura: 171 cm
Peso: 65 kg
Posição: Médio
Clube: SC Marítimo
Percurso: U. Serra (2002-2004), Sporting (2004-2005), Fátima (2005-2006), CADE (2006-2007), U. Leiria (2007-2012), Marítimo (desde 2012)
Nº Camisola: 28


Rúben estreou-se como sénior já na temporada de 2009/2010 com a camisola leiriense, tendo dado nas vistas nas duas épocas seguintes. Jogador destemido, fazendo da velocidade, finta, cruzamentos e marcação de bolas paradas as suas maiores armas, foi de imediato apontado como um jovem bastante promissor, sendo que o Benfica não tardou em garantir o direito de preferência sobre o jovem jogador.

No entanto, na época passada, uma grave lesão (fractura do perónio) veio retardar o desenvolvimento do jogador, obrigando-o a uma intervenção cirúrgica e uma paragem de cerca de 6 meses.

Na sequência dos problemas financeiros e desportivos que levaram à despromoção da equipa de Leiria à 2ª divisão, todos os jogadores ficaram livres para assinar por um novo clube, sendo que o Marítimo não perdeu tempo e garantiu a contratação deste jogador.

Vindo de uma longa paragem, iniciou a época, como já referido, na equipa B maritimista, recuperando o necessário ritmo competitivo e os índices de confiança. Rapidamente se destacou, merecendo a confiança de Pedro Martins para jogar pela primeira equipa, tendo registado já exibições positivas.

Vídeo:


Paulatinamente vai de novo conquistando o seu espaço na 1ª liga e, sabendo-se que o Marítimo é um clube vendedor, rapidamente acabará por surgir a oportunidade que Rúben espera para se fixar como titular e passar definitivamente de promessa a certeza. Aí, voltará certamente a despontar o interesse de maiores clubes, onde poderá evoluir para patamares bastante superiores.

David Vinagreiro
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Infografia: Golden Boy 2012




Atribuído pelo prestigiado jornal desportivo italiano Tuttosport, o prémio Golden Boy é um troféu que elege anualmente o melhor jogador jovem sub-21 a actuar na Europa. O ano de 2012 celebra a 10ª edição do prémio que outrora já foi atribuído a jogadores como Wayne Rooney, Lionel Messi, Cesc Fàbregas ou Kun Aguero. Entre os 40 nomeados só um será o sucessor de Mario Gotze, naquela que será talvez a distinção mais equilibrada de sempre do troféu.

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Entrevista a João Aurélio















Há cinco temporadas na Madeira a representar o Nacional, João Aurélio (ver artigo) parece ter finalmente assegurado um lugar no onze base dos alvinegros. Depois de em 2009/10 ter feito uma época interessante, o jovem alentejano perdeu espaço no plantel e só na segunda metade da última temporada é que voltou a afirmar-se na equipa titular. Dono e senhor da lateral direita do Nacional no momento, João Aurélio fala em exclusivo ao Rumo ao Estrelato, onde agradece ao seu actual técnico Manuel Machado, não escondendo igualmente o desejo de querer chegar mais longe na sua carreira.



RE – Começou a dar os primeiros pontapés na bola no Despertar e no Desportivo, equipas do distrito de Beja. Sonhava, por esta altura, tornar-se profissional de futebol?

JA - Sim. Desde pequeno que tive o sonho de ser profissional de futebol. A bola era o meu brinquedo preferido e não vivia sem ela e por isso ser jogador de futebol sempre foi o meu objectivo.


RE - Terminaria a sua formação no norte do país, ao serviço do Vitória de Guimarães. Como surgiu o interesse da turma vitoriana?

JA - Foi num torneio inter-associações. Entrei em representação da AF Beja, e num jogo contra a AF Lisboa as coisas correram-me de feição a tal ponto que o observador do Vitória de Guimarães me convidou para fazer um teste no clube. Fui, correu bem e lá fiquei.


RE - A sua estadia na Cidade-Berço durou apenas dois anos. Quais as razões para não ter sido integrado no plantel sénior?

JA - Foi uma questão de momento e de oportunidade. O treinador da altura, Manuel Cajuda, achou que não havia no plantel espaço para mim e, assim sendo, não tive outra opção que não a de seguir a minha carreira noutro lado.


RE - Cumpriu assim o seu primeiro ano no escalão sénior no Penalva do Castelo. Considerou, na altura, estar a dar um passo atrás na carreira?

JA - De maneira nenhuma. Naquela altura o mais importante para mim era jogar para poder evoluir. E como sempre fui um jovem com ambição, sabia que se tivesse oportunidade de mostrar o meu valor, certamente que seria reconhecido e chegaria a mais altos palcos. Como se costuma dizer, às vezes é preciso dar um passo atrás para poder dar dois à frente e foi com essa convição que tomei essa opção.















RE - As boas exibições que rubricou na 2ª Divisão suscitaram a cobiça de vários clubes, entre os quais o Sp. Braga e o Benfica. Como encarou esta situação?

JA - Com enorme felicidade, visto que são dois grandes emblemas. Estar associado a esses clubes é bom para qualquer jogador, especialmente para um que, como eu, estava à procura de dar o salto.


RE - Apesar de ser desejado por estes emblemas, optou por assinar pelo Nacional. A que se deveu esta escolha?

JA - Porque de todas as propostas que recebi foi o projeto que mais me aliciou, quer em termos de carreira pessoal, quer em termos de clube.


RE - Chegou à Madeira como extremo direito mas foi utilizado por Manuel Machado noutras posições. Considera que cresceu enquanto jogador, sobretudo a nível táctico?

JA - Sem dúvida alguma. O mister Manuel Machado foi muito importante na minha evolução enquanto jogador e o facto de ter sido utilizado em diversas posições deu-me outra maturidade competitiva e também uma maior visibilidade.


RE - RE - Acredita que esta polivalência lhe permitiu jogar mais vezes?

JA - Claro que sim. Mas acima de tudo, foi um voto de confiança nas minhas capacidades e que resultou em pleno.


RE - Sente que o salto na sua carreira estará para breve?

JA - Neste momento represento um clube de grande dimensão. De qualquer modo, e como qualquer pessoa neste mundo, quero sempre mais e melhor. Mas não estou obcecado com isso. A seu tempo as coisas irão acontecer.















RE – Foi chamado à seleção sub-21 dadas as suas performances no Nacional. Acredita que pode chegar à selecção A num futuro próximo?

JA - Qualquer jogador português tem o sonho de representar a selecção principal e eu não serei diferente. O facto de ter jogado nas selecções jovens não me dá a garantia de chegar lá, mas trabalho todos os dias para o conseguir.


RE – Descreva-nos o João Aurélio enquanto jogador.

JA - Não gosto muito de falar sobre mim até porque sou suspeito. Deixo isso para as outras pessoas.


RE – Na sua opinião, quais as principais promessas nacionais e internacionais que poderão despontar futuramente?

JA - No futebol português há muitos jovens com talento que estão à espera de uma oportunidade para mostrarem o seu valor e se afirmarem a nível nacional e internacional. Sou suspeito para falar dele, porque é meu irmão, mas um deles é o Luís Aurélio, que joga no Tondela. Mas há outros. O Jota, do Nacional, o Lucas, que está agora no Mirandela...


RE – Uma opinião sobre o Rumo ao Estrelato.

JA - É um blog muito interessante e que começa a desempenhar um papel cada vez mais importante na promoção e divulgação dos jovens talentos do futebol português.


RE – Partilhe um episódio da sua carreira que jamais esquecerá.

JA - Quando jogava nos escolas do Desportivo de Beja, o treinador teve uma ideia engraçada, visto que tenho um irmão gémeo e jogavamos os dois na mesma equipa, e como ele na altura destacava-se um pouco mais do que eu, e estava a ser alvo de marcação individual, o treinador lembrou-se ao intervalo de nos mandar trocar de camisola, passando ele a jogar com o número 8 e eu com o número 10. Resultou em pleno, pois estavamos a ganhar ao intervalo por 2-1, e como eles passaram a marcar-me em cima, deixando o meu irmão mais solto, acabámos por chegar aos 8-1!





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Bernard (Atlético Mineiro)



O Atlético Mineiro foi uma das sensações do recém-findado campeonato brasileiro. E há uma dupla que muito contribuiu para o sucesso do clube: Ronaldinho Gaúcho, claro está, e Bernard, virtuoso médio e melhor marcador da equipa. O principal destaque vai essencialmente para Ben10 que, com 20 anos apenas, para além de ser o artilheiro-mor do Galo, foi distinguido pela Confederação Brasileira de Futebol como a revelação do Brasileirão, sendo já uma das principais promessas do futebol canarinho.

Natural de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais, Bernard ingressou nas fileiras do Atlético Mineiro em 2008 para jogar na equipa de juvenis. Nunca chegou a ser escolhido para as selecções jovens do Brasil, mas o seu desempenho nos escalões de formação dos mineiros fizeram os responsáveis do clube acreditar que poderia estar ali uma pérola por lapidar.


Nome: Bernard Anicio Caldeira Duarte
Nascimento: 08/09/1992 (20 anos)
Naturalidade: Belo Horizonte - Brasil
Altura: 168 cm
Peso: 63 kg
Posição: Médio Ofensivo / Extremo
Clube: Atlético Mineiro - Brasil
Percurso: Atlético Mineiro (desde 2008): empréstimo ao Democrata SL (2010-2011)
Nº Camisola: 11


De tal forma que em 2010 foi emprestado ao Democrata de Sete Lagoas. No clube da 2ª divisão do campeonato mineiro o jovem não desiludiu, ao causar impacto imediato e ao sagrar-se melhor marcador da prova com 14 golos em 16 jogos. Foi portanto com naturalidade que, no início de 2011, passou a estar às ordens de Dorival Júnior nos treinos da equipa principal do Atlético Mineiro.

Nos primeiros meses do ano evoluiu na equipa júnior e neste escalão conquistou alguns troféus. Com a chegada de Cuca ao clube, Bernard ganhou espaço na equipa principal e a partir do Verão começou a ser utilizado mais regularmente. Apesar da fraca campanha do Atlético (15º lugar), este médio dinâmico revelou-se como uma aposta certa e de qualidade.

Mas 2012 seria o ano da afirmação completa no panorama futebolístico brasileiro. Bernard mostrou ser um médio criativo com muita virtuosidade e garra. No 4-2-3-1 em que o Galo actuou esta época, Bernard jogou preferencialmente pela faixa esquerda, sendo um dos principais dinamizadores do ataque da equipa. Além da sua capacidade ofensiva, o jovem demonstrou uma enorme capacidade de sacrifício, sendo um dos primeiros a recuar quando a equipa estava sem bola.

Precisão no passe e alguma excentricidade, fruto da tenra idade e, quiçá, da sua rápida ascensão, são outras das caraterísticas que possui. Contabilizou, este ano, duas expulsões: uma na Copa do Brasil e outra no Brasileirão. Mas o que ficou na retina foram os seus 4 golos no Campeonato Mineiro no qual o seu clube se sagrou campeão, registando depois 11 golos e 12 assistências no Brasileirão, que contribuíram de forma decisiva para o 2º lugar dos mineiros na prova.

Nos últimos Jogos Olímpicos, esteve na calha para estar entre os eleitos de Mano Menezes para atacar o título, mas acabou fora da lista final. Contudo, a tão ansiada estreia pelo escrete ocorreu há poucos dias, em partida da segunda mão do Superclássico das Américas, frente á Argentina. O médio ofensivo entrou na 2ª parte e comemorou em campo a conquista do troféu frente ao rival das Pampas, após grandes penalidades.

Vídeo:


A cotação de Bernard na Europa está em alta e o seu nome está já a ser associado a alguns tubarões. O Atlético não nega a existência de propostas e o jogador já admitiu que esse é um cenário muito provável. Mas até agora ainda nenhum clube chegou-se à frente e teremos de esperar até Janeiro para confirmar se Bernard irá rumar para o Velho Continente ainda esta temporada.

Ricardo Abreu
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