Paul Pogba (Juventus FC)



Numa altura em que restam apenas quatro jornadas para o fim da liga italiana, a conquista do bi-campeonato por parte da Juventus parece ser um dado adquirido. A Vecchia Signora tem estado irrepreensível na Serie A, não permitindo quaisquer veleidades aos seus adversários directos. Essa tem sido também uma das características do futebol de Paul Pogba, a nova estrela em ascensão do plantel bianconeri.

Produto dos escalões de formação do Le Havre, Pogba desde cedo provou ser um médio de enorme potencial. A sua qualidade cativou a atenção de diversos colossos europeus, tendo o Manchester United conseguido a sua contratação em 2009, numa transferência a custo zero envolta em polémica. A FIFA acabou por dar razão ao clube inglês, que justificou a negociação directa com o jogador devido à não existência de qualquer contrato profissional assinado com o Le Havre.


Nome: Paul Labile Pogba
Nascimento: 15/03/1993 (20 anos)
Naturalidade: Lagny-sur-Marne - França
Altura: 186 cm
Peso: 80 kg
Posição: Médio
Clube: Juventus FC- Itália
Percurso: Roissy-en-Brie (1999-2006); Torcy (2006-2007); Le Havre (2007-2009); Manchester United (2009-2012); Juventus (desde 2012)
Nº Camisola: 6


Nos primeiros passos em Inglaterra, Pogba incorporou a equipa de juniores e de reservas do United. Afirmou-se progressivamente como uma das principais esperanças do clube, levando a imprensa a apelidá-lo de “wonderkid”. Apesar disso, só por uma vez foi chamado à equipa principal dos Red Devils, mais precisamente na temporada 2011-2012 (frente ao Swansea, em partida a contar para a Premier League). Os rumores de uma possível transferência começaram a surgir. Ferguson ainda propôs a renovação de contrato, com a promessa de mais minutos de jogo, mas Pogba não se deixou convencer. A ambição, aliada à escassez de oportunidades na equipa principal, levaram o jovem médio a abandonar Manchester.

Seguiu-se outra transferência a custo zero, desta vez para Turim. Apelidado de “traidor” por Alex Ferguson, Pogba revelou uma maturidade acima da média. Adaptou-se da melhor forma ao futebol transalpino e é actualmente uma das principais opções de António Conte. Contabiliza já um total de 36 jogos efectuados ao serviço da Juve, divididos entre Serie A (26), Taça de Itália (2) e Champions League (8). Internacional por duas ocasiões, o jovem médio está em grande forma e tem encantado os adeptos bianconeri, fruto do seu futebol empolgante.

De número 6 nas costas, Pogba caracteriza-se por ser um médio completo. Actua preferencialmente como médio mais defensivo, devido à sua elevada estatura, grande capacidade física e poder de recuperação de bola. Mas não é apenas como destruidor de jogo que se destaca. O jovem francês é também muito evoluído tecnicamente, gosta de ter bola e chega facilmente à área adversária, onde normalmente aplica o seu forte remate. Prova disso são os três golos de meia distância que já marcou esta temporada, num total de cinco contabilizados até ao momento. Pogba é assim uma espécie de líder, um médio box-to-box, forte tacticamente, dinâmico e criativo. O mesmo é dizer, poderoso em todos os momentos do jogo.

Vídeo:


Tanto em Itália como no seu país, Pogba já é muito admirado pelos adeptos e imprensa desportiva. Para além de ser dado como o futuro capitão da selecção francesa, as comparações com os compatriotas Didier Deschamps e Patrick Vieira sucedem-se (curiosamente, ambos ex-jogadores da Vecchia Signora). Seguir os passos desses compatriotas é uma meta possível de atingir. O mesmo é dizer que a sua qualidade e margem de progressão oferecem a Paul Pogba a possibilidade de vir a comandar a Juventus e a selecção gaulesa em futuras e importantes vitórias.

Hugo Castro
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Lucas Moura (Paris-Saint Germain FC)



O Paris Saint-Germain trouxe do Brasil o jovem Lucas Moura, na esperança de dar ao jogo dos parisienses um ritmo que só o perfume paulista por vezes consegue imitar: a bola colada no pé, o drible a suplicar a sua execução, o vacilo dos outros e o samba dos seus. Lucas encaixa na orquestra de Paris numa sinfonia onde nem Beckham, Ibrahimovic ou Lavezzi podem tocar o instrumento que ao prodígio está destinado, por não terem as suas aptidões. Faltava ritmo à banda de Ancelotti…

Lucas iniciou o seu percurso na Juventus de São Paulo, clube da cidade onde nasceu. Depois de passar pelo Corinthians, muda-se para o São Paulo depois de impressionar os olheiros do clube. A progressão foi significativa e aos 17 anos Lucas erguia já um troféu: a taça de campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Daí à estreia como profissional foi um abrir e fechar de olhos, tão rápido quanto as suas fintas: em Agosto de 2010 alinha frente ao Atlético Paranaense.


Nome: Lucas Rodrigues Moura da Silva
Nascimento: 13/08/1992 (20 anos)
Naturalidade: São Paulo - Brasil
Altura: 172 cm
Peso: 70 kg
Posição: Médio (Ofensivo / Direito)
Clube: Paris-Saint Germain FC- França
Percurso: Juventus SP (1999-2002); Corinthians (2002-2005); São Paulo (2005-2012); PSG (desde 2013)
Nº Camisola: 29


Colado ao lado direito, Lucas surpreendia pela qualidade com que ludibriava a marcação e furava pelo flanco. Rápido e furtivo, sempre pronto a descompensar o adversário e a assistir os companheiros, o craque convenceu o técnico Carpegiani a dar-lhe mais minutos. O perfume do seu futebol começou a sentir-se a milhas: tão intensamente, que chegou até à FIFA. Lucas viria a ser considerado uma das revelações de 2010, juntamente com Neymar. Nos dois anos ao serviço do São Paulo enquanto profissional, participou em 74 partidas, facturando por 19 vezes.

A cobiça começou a ser indisfarçável. Entre os pretendentes, Manchester United e Real Madrid. Apesar do assédio, foi o endinheirado Paris Saint-Germain que ganhou a corrida, pela avultada quantia de 43 milhões de euros, a transferência mais cara de sempre do futebol brasileiro. Lucas aterra na capital parisiense em Janeiro de 2013.

Admitindo o contributo de Leonardo na sua contratação, Lucas assinou pelo PSG tendo em vista o processo de evolução que a equipa tem vindo a ter. A concorrência feroz por um lugar não intimidou o jovem, que desde cedo mereceu a confiança do treinador italiano.

Vídeo:


Internacional A desde Março de 2011, Lucas toca na Europa a mesma sinfonia que tocava no Brasil: drible veloz e imprevisibilidade. O seu talento dá irreverência ao ataque parisiense e as exibições na Liga dos Campeões provaram o potencial do Lucashow, como muitos o apelidam. Sem nunca saberem se vai chutar ou assistir, os adversários ficam em suspenso. E Lucas segue em frente… dando ritmo de sobra à banda de Ancelotti.

Bruno Falcão Cardoso
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Christian Benteke (Aston Villa FC)



Ao analisarmos o conjunto de jogadores belgas que actualmente compõem as escolhas do seleccionador Marc Wilmots, verificamos que o técnico tem muita qualidade à sua disposição. A Bélgica é, por estes dias, uma das equipas com melhores recursos, que podem assegurar um futuro promissor para uma selecção que tem andado arredada das grandes competições.

O atacante Chris Benteke é um dos atletas que encaixa neste perfil e que pode fazer parte da nova geração de ouro do futebol belga. O avançado, juntamente com nomes como Eden Hazard, Axel Witsel, Romelu Lukaku, Thomas Vermaelen, entre outros, constituem uma equipa capaz de fazer regressar a Bélgica aos grandes palcos e, porventura, reclamar com legitimidade um lugar na lista de favoritos a vencer um Campeonato Europeu ou Mundial.


Nome: Christian Benteke
Nascimento: 03/12/1990 (22 anos)
Naturalidade: Kinshasa - RD Congo
Altura: 190 cm
Peso: 83 kg
Posição: Avançado
Clube: Aston Villa FC - Inglaterra
Percurso: JS Pierreuse (1996-2004), St. Liège (2004-2006), Genk (2006-2009), St. Liège (2009-2011): empréstimos a Kortrijk (2009-2010), Mechelen (2010-2011); Genk (2011-2012), Aston Villa (desde 2012)
Nº Camisola: 20


O jovem nasceu no antigo Zaire, actual República Democrática do Congo, mas a exemplo de tantas outras pessoas viu-se obrigado a emigrar com os seus pais para a Bélgica. O gosto pelo futebol despertou desde cedo na sua vida e, por isso, a modesta equipa do JS Pierreuse assistiu ao seu baptismo futebolístico com apenas seis anos.

O avançado evoluiu consideravelmente e este crescimento levou o jovem a subir um patamar no seu processo de formação com a mudança para o Standard de Liège. A sua passagem pelo clube durou apenas dois anos já que, em 2006, Benteke assinou pelo Genk, onde rubricou o seu primeiro contrato profissional e se estreou na Jupiler League.

No entanto, a formação de Liège apareceria novamente na sua carreira, três anos depois da sua saída. Dado que estava a ser pouco utilizado, Benteke regressou ao Standard em Janeiro de 2009 e marcou três golos em onze partidas. Porém, nas duas temporadas seguintes, foi cedido ao Kortrijk e ao Mechelen, respectivamente, onde foi a principal figura da equipa e apresentou números muito interessantes, nomeadamente os 16 golos que obteve ao serviço da primeira equipa.

Em 2011/2012, o atacante iniciou a época no Standard de Liège, tendo participado nos play-off de acesso à Liga dos Campeões e da Liga Europa. No entanto, o Genk voltaria a adquiri-lo e este explodiu definitivamente. O possante avançado formou uma dupla mortífera com Jelle Vossen, contribuindo com 19 golos para o 3º lugar da sua equipa na liga belga. O seu bom jogo aéreo e a sua magnífica facilidade de remate causaram enormes calafrios às defesas adversárias.

Este registo impressionante de tentos aguçou o interesse de vários clubes esta temporada. O Aston Villa adiantou-se à concorrência e garantiu a sua contratação já na recta final do defeso por 9,2 milhões de euros. A Premier League acabou por ser o destino mais acertado devido à sua imponente estatura atlética, que lhe garante sair vencedor dos constantes duelos físicos a que assistimos nesta competição.

Vídeo:


O panzer foi elevado a figura principal do Aston Villa e é um dos jogadores mais queridos da massa adepta. Chris Benteke é assim um dos jogadores mais influentes para o técnico Paul Lambert, pois já marcou, até ao momento, 19 golos na sua época de estreia em Terras de Sua Majestade. Um registo impressionante, que faz com que os villans estejam dependentes do seu rendimento para assegurar a permanência no escalão principal. Estas performances positivas do avançado serão também importantes para a Bélgica se qualificar para o próximo Mundial e voltar assim a marcar presença nas grandes provas.

Filipe Jesus
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Julian Draxler (Schalke 04)



Para os mais atentos ao que se passa no mundo do futebol, o nome Julian Draxler já não passa despercebido. Com apenas 19 anos, o jovem alemão é uma das maiores promessas da geração da primeira década do século XXI.

A sua vida conta-se de forma rápida. Começou por ser treinado pelo seu pai no BV Rentfort. Em 2000 mudou-se para o SSV Buer e, em 2001, chegou ao Schalke 04. Desde que chegou ao clube de Gelsenkirchen e se estreou pela equipa principal, tem-se exibido com grande classe tentando bater todos os recordes que lhe aparecem à frente.


Nome: Julian Draxler
Nascimento: 20/09/1993 (19 anos)
Naturalidade: Gladbeck - Alemanha
Altura: 187 cm
Peso: 72 kg
Posição: Médio (Direito/Ofensivo/Esquerdo)
Clube: Schalke 04 - Alemanha
Percurso: BV Rentfort (1999-2000); SSV Buer (2000-2001); Schalke 04 (desde 2001)
Nº Camisola: 31


15 de Janeiro de 2011 é o dia que Draxler jamais esquecerá, apesar da derrota do Schalke por 1-0 com o Hamburgo – esta estreia tornou-o no quarto jogador mais jovem a estrear-se na Bundesliga. Este foi o ponto de partida que marcou o nascimento de uma estrela na Veltins-Arena.

Após a estreia, Draxler chegou à boca de todos depois do golo que garantiu a passagem à final da Taça da Alemanha em 2011. Na final, ele próprio acabaria por marcar o primeiro golo do triunfo por 5-0 frente ao Duisburgo, levantando assim o seu primeiro troféu como jogador profissional.

Os seus primeiros golos passaram a imagem de um jovem irrequieto, destemido e de cabeça levantada, sempre com os olhos na baliza. E na hora de rematar, nem olha para os pés. É o primeiro que aparecer, sem receio de falhar e muitas vezes sem temer a longa distância que o separa da baliza.

Julian Draxler é um irreverente e versátil jogador, ocupando todas as posições de ataque na zona média do terreno. Começou no lado direito, depois com a subida de estatuto passou para o lado esquerdo e agora, com a chegada de Michel Bastos e a saída de Holtby, para o Tottenham, é o dono do meio-campo azul. E essa alternância nunca o fez parar de marcar golos e assistir os colegas, sobretudo o goleador Klaas-Jan Huntelaar.

Vídeo:


Todo este destaque no Schalke 04 e a sua estreia na selecção alemã - 26 de Maio de 2012, na vitória frente à Suíça por 5-3 – põem-no na ribalta do futebol internacional e tornam-no um dos frutos mais apetecidos por todos os monstros do futebol. Apesar desse interesse, parece que o destino de Julian Draxler vai continuar por terras germânicas, mais precisamente na Baviera, já que se fala que é um dos nomes da lista de desejos de Pep Guardiola para o Bayern de Munique 2013/2014.

Pedro Afonso
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Filipe Augusto (Rio Ave FC)



A realizar uma excelente época na primeira liga sob o comando do técnico estreante Nuno Espírito Santo, o Rio Ave tem dado possibilidades de destaque e evolução a diversos jogadores, jogando um futebol ofensivo e de mentalidade aberta. Entre os quais, tem-se destacado Filipe Augusto, jovem médio baiano, de apenas 19 anos de idade.

Como muitos dos jovens do seu país, Filipe tinha o sonho de se tornar futebolista, tentando então, com o apoio de um tio, a sua sorte no Vitória da Bahia. Teve, no entanto, pouca sorte,  pois uma lesão na coxa viria a afastá-lo do clube, tendo sucedido o mesmo posteriormente, quando prestou provas no Cruzeiro de Belo Horizonte.


Nome: Filipe Augusto Carvalho Souza
Nascimento: 12/08/1993 (19 anos)
Naturalidade: Baía - Brasil
Altura: 182 cm
Peso: 77 kg
Posição: Médio
Clube: Rio Ave
Percurso: Bahia; Rio Ave (desde 2012)
Nº Camisola: 16


Foi então no rival do Vitória, o Esporte Clube Bahia, que o médio brasileiro conseguiu vencer as adversidades que havida enfrentado, e pôde finalmente demonstrar o seu talento, tendo sido posteriormente aposta do treinador Paulo Roberto Falcão para a primeira equipa, onde conquistou o título de campeão baiano.

Agora, em Vila do Conde, na sua primeira época em solo europeu, o jovem jogador soube agarrar a oportunidade concedida pelo seu treinador, aproveitando a boa campanha protagonizada pela equipa e manifestando rapidamente as qualidades com que vinha referenciado do outro lado do Atlântico.

Bem composto fisicamente (182 cm, 77kg), alia a esse facto um excelente sentido posicional e uma boa visão de jogo e capacidade de passe, aspectos que o tornam num jogador bastante dinâmico tanto no processo defensivo como ofensivo. Apesar das apetências defensivas, gosta também de aparecer em zonas mais adiantadas, fazendo uso de um remate forte. Além das suas capacidades técnico-táctico-físicas, demonstra ainda uma maturidade já bastante elevada, tendo em conta a sua idade.

Todas estas qualidades fizeram com que rapidamente fosse detectado pelos radares de alguns grandes clubes, tendo já sido noticiado um alegado interesse do SL Benfica em assegurar a sua presença no plantel para a próxima época desportiva.

Seja no Benfica ou noutro clube, o certo é que Filipe Augusto demonstra ter todas as qualidades necessárias para continuar a progredir na carreira, sendo já agenciado pela empresa do conhecido empresário Jorge Mendes. O facto de ser muito jovem, mostra que está ainda bastante longe de ser um jogador feito, o que parece predizer um futuro risonho para o médio. Certamente será um nome que dará que falar nas próximas temporadas.

David Vinagreiro
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Entrevista a Serginho
















O Beira-Mar luta desesperadamente pela manutenção e Serginho (ver artigo) é uma das esperanças dos responsáveis aveirenses para tirar o clube da linha de água. Em entrevista exclusiva ao Rumo ao Estrelato, o médio ofensivo fala do seu percurso no clube auri-negro e da sua passagem pouco feliz pela formação do FC Porto. O camisola 10 mostra ainda um orgulho enorme quando se evoca o Mundial de sub-20, em 2011, que contou com uma excelente prestação da "Geração Coragem". O jovem não se esqueceu do seu primeiro clube e da importância do técnico Porfírio Amorim e do médio Tiago para a sua carreira.



RE – O CD Trofense foi o seu primeiro clube. Como apareceu o futebol na sua vida?

S - O futebol apareceu na minha vida através de um amigo que jogava no CD Trofense que, juntamente com o seu pai, que era director do clube, me convidaram para ir treinar. Eu fui, eles gostaram de mim e acabei por ficar lá e começar a levar o futebol de uma forma mais séria.


RE - Aos 14 anos, mudou-se para o FC Porto. Como surgiu a hipótese de representar a equipa portista?

S - A oportunidade de jogar no FC Porto surgiu ao fim de dois/três anos de insistência dos responsáveis para me mudar para lá. Nas primeiras vezes, o meu pai não me deixou porque era muito novo, mas aos 14 anos acabou por mudar de ideias.


RE - Regressou ao CD Trofense em 2008 já com idade de júnior. Quais as razões para não ter vingado no FC Porto?

S - Regressei ao Trofense, por empréstimo do Porto, nos juniores. Nesta altura, o FC Porto pretendia que fosse para o Leixões, mas eu não queria nem tinha possibilidades para ir para lá. Após chegar a um entendimento, o FC Porto deixou-me ir para o Trofense. Na segunda época de júnior, o meu contrato com o FC Porto tinha acabado e o Trofense propôs-me um contrato e eu preferi ficar.


RE - Fez duas temporadas de bom nível nos juniores e, por isso, foi premiado com a inclusão no plantel sénior. Como reagiu quando soube da notícia?

S - Sim, fiz 2 épocas boas nos juniores e isso, sem dúvida, foi uma ajuda muito importante para chegar aos seniores. Quando soube da notícia fiquei muito contente, pois estava a realizar um sonho.















RE - Apesar de constituir surpresa para alguns adeptos, foi quase sempre primeira opção do técnico Porfírio Amorim. Sentia que já estava preparado para se afirmar no futebol nacional?

S - Desde o primeiro dia que tive nos seniores que trabalhei para jogar. Felizmente, o treinador reconheceu o meu trabalho e pôs-me a jogar e as coisas acabaram por correr bem e fui muitas vezes titular.


RE - Afirmou que o seu colega Tiago (antigo jogador do FC Porto e U. Leiria) era o seu pai no futebol. Foi uma pessoa especial para o seu crescimento enquanto jogador?

S - Sim, sem dúvida. O Tiago foi como um pai, ajudou-me muito em tudo. Ainda hoje mantemos o contacto e ele aconselha-me.


RE – O CD Trofense ficou a um ponto do regresso à Liga ZON Sagres. O que faltou para subir de divisão?

S - Acho que acabou por nos faltar sorte.


RE – A magnífica época levou o seleccionador Ilídio Vale a convocá-lo para o inesquecível Mundial de sub-20. Qual foi o segredo para a excelente campanha da “Geração Coragem”?

S - O principal segredo foi a união. Desde o primeiro dia de estágio mostrámos grande entreajuda.


RE – O Beira-Mar acabou por o contratar no início da época passada. Como avalia o seu ano de estreia no escalão principal?

S - Foi um ano positivo, pois consegui estrear-me na Primeira Liga. Joguei com regularidade, marquei e conseguimos a manutenção.
















RE – Ainda com Ulisses Morais como técnico, atingiu o estatuto de indiscutível apenas a meio desta temporada e as vitórias começaram a surgir. Sente que foi importante para a recuperação do clube na tabela classificativa nesse período?


S - Todos os jogadores são importantes e todos trabalhamos para jogar. Comecei a época a titular e, depois, saí da equipa por opção. Acabei por regressar e fico feliz por ajudar a equipa.


RE – O Beira-Mar tem sido elogiado pela aposta que tem feito em jogadores portugueses. Julga ser um exemplo a seguir pelos restantes clubes nacionais?

S - Sim, o Beira-Mar é um exemplo em termos de aposta em jogadores portugueses. É pena nem todos os clubes optarem por esta política.


RE – Considera Costinha um técnico com possibilidades de singrar à imagem do que aconteceu como jogador?

S - Sim, sem dúvida. Tem uma ambição muito grande e uma vontade de vencer muito forte. Depois tem o conhecimento do futebol como jogador de alto nível e isso faz com que tenha tudo para singrar.


RE – Descreva-nos o Serginho enquanto jogador.

S – Sou sobretudo uma pessoa apaixonada pelo que faz.


RE – Na sua opinião, quais as principais promessas que poderão despontar futuramente?

S – Destaco Abel Camará, André Almeida e Salvador Agra.


RE – Uma opinião sobre o Rumo ao Estrelato.

S - Muito bom. É de louvar iniciativas como estas, que ajudam a entender melhor o futebol nacional.


RE – Partilhe um episódio da sua carreira que jamais esquecerá.

S – Tenho muitos momentos que jamais esquecerei. Mas o dia anterior ao meu primeiro jogo pelo Trofense foi, talvez, o mais marcante. Estava em casa a descansar e de repente o telefone tocou. Era o mister Porfírio Amorim, e a primeira coisa que ele me disse foi: Estás preparado para jogar? Eu fiquei com uma sensação muito boa dentro de mim.





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