Pizzi (SC Braga / FC Paços de Ferreira)
A reabertura do mercado neste mês de Janeiro acaba, muitas vezes, por ter um efeito agridoce para alguns clubes pois, se por um lado, esta janela de transferências permite enriquecer o plantel com novas soluções, faz, simultaneamente, com que algumas equipas sejam tentadas a vender os seus principais atletas por forma a realizar um essencial encaixe financeiro.
Esta situação seria vivenciada este mês pelo Paços de Ferreira que vendeu um dos seus principais activos, nomeadamente o brasileiro Cristiano que se mudou para o Paok de Salónica. Para colmatar esta importante lacuna, o conjunto pacense decidiu recorrer ao empréstimo de Pizzi junto do Sp. Braga, que vinha protagonizando notáveis performances ao serviço do Sp. Covilhã na primeira metade desta época.
Transmontano de gema, Luís Miguel Afonso Fernandes acabaria por ser tratado meramente por Pizzi dado que nas tradicionais futeboladas de rua usava sempre a camisola do antigo atleta argentino que passou pelo Barcelona e FC Porto, apesar de este não ser o seu ídolo futebolístico. Formado no clube da sua terra natal (Bragança), o jovem sempre se evidenciou dos restantes companheiros nos escalões de base, sendo chamado, ainda com idade de juvenil, para ajudar a equipa sénior a subir à II Divisão.
Face a esta precoce integração de um atleta jovem num escalão sénior, foi com naturalidade que alguns clubes ficaram atentos à evolução de Pizzi, acabando o Sp. Braga por contratar este prodígio após realizar um espectacular torneio internacional presenciado pelo então técnico dos juniores arsenalistas António Caldas, que ficou impressionando com as suas qualidades.
Nome: Luís Miguel Afonso Fernandes - "Pizzi"
Nascimento: 06/10/1989 (20 anos)
Naturalidade: Bragança
Altura: 172 cm
Peso: 66 kg
Posição: Extremo
Clube: FC Paços de Ferreira (Emprestado pelo SC Braga)
Nº Camisola: 31
Assim, o extremo luso concluiria a sua fase de formação na turma bracarense, completando aí o último ano de júnior, participando em algumas partidas da Liga Intercalar e sendo regularmente chamado para os trabalhos da selecção nacional de sub-19. Visto como um jogador com grande margem de progressão, Pizzi seria cedido ao Ribeirão juntamente com outros jovens da cantera dos minhotos, com o objectivo de actuar com regularidade e de atingir uma maior maturidade, acabando por realizar um interessante final de época.
Com contrato até 2011, o jovem ia percorrendo etapas essenciais na sua ainda curta carreira, mudando-se no início desta época para o Sp. Covilhã a título de empréstimo, acompanhando o guardião Diego, igualmente vinculado ao clube minhoto. No clube da Serra da Estrela, o transmontano assumiria um papel de enorme destaque, cotando-se como um atleta imprevisível nos duelos individuais, fazendo uso da sua fantástica componente técnica que lhe possibilita penetrar com eficácia nas defensivas contrárias. Podendo actuar em ambas as alas, apesar de ser destro, seria eleito pelos treinadores da Liga Vitalis como a maior jovem promessa do segundo escalão do futebol português dadas as excelentes actuações e os quatro golos obtidos na primeira volta do campeonato.
No entanto, a sua passagem pela Liga Vitalis seria curta pois a excelente forma demonstrada nos serranos levaria o Paços de Ferreira a possibilitar-lhe o salto para o principal campeonato luso, ingressando no plantel pacense com a missão de fazer esquecer Cristiano, figura de proa nos últimos anos dos castores.
Na Capital do Móvel, o médio ala passaria, num ápice, do anonimato para as "luzes da ribalta" após as partidas frente ao FC Porto e Nacional da Madeira. No Estádio do Dragão e fruto da sua velocidade e frieza, assistiria com preceito o seu colega Maykon para o golo que permitiria arrancar um ponto no terreno de um dos candidatos ao título, estreando-se assim da melhor forma na Liga Sagres. O repentino êxito nos nortenhos prosseguiu na recente eliminatória da Taça de Portugal, frente ao Nacional, sendo o herói da partida após ter obtido o golo da vitória já perto do final do encontro, selando assim a passagem à próxima fase da competição e alimentando o desejo do Paços de Ferreira de voltar ao Estádio do Jamor no final da temporada.
O jovem pretenderá, desta forma, dar seguimento a este excelente trajecto em sentido ascendente na sua carreira, acalentando realizar um vistoso fim de época nos castores para que o sonho de integrar o plantel do Sp. Braga no próximo ano se torne uma realidade e, por outro lado, convencer o técnico Oceano a convocá-lo para a selecção de sub-21.
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