Mário Palmeira (SC Braga / GD Ribeirão)
Uma vez mais decidi falar-vos de um jovem português, dada a minha admiração e gosto pelo surgimento de atletas formados no nosso país que possam ser aproveitados e rentabilizados pelos clubes da Primeira Liga, levando a que estes não tenham que “fugir” para o estrangeiro para que possam mostrar o seu valor. Aproveito ainda este post para engrandecer o facto de a região do Interior voltar a fornecer mais um futebolista, lembrando assim que o “nosso futebol” não se resume apenas ao Litoral e que os bons valores portugueses também sobressaem em equipas do interior do país.
Natural da freguesia transmontana de Constantim, Palmeira “nasceu” para o futebol na Escola Diogo Cão, onde já havia despontado o seu conterrâneo Simão Sabrosa que, posteriormente, haveria de se mudar para a academia do Sporting e de se tornar, como é sabido, internacional português. No entanto, Palmeira teve um percurso ligeiramente diferente do astro do Atlético de Madrid dado que cumpriu toda a sua formação ao serviço da equipa “da sua terra”, onde apenas actuam jovens, pois esta colectividade não tem equipa sénior. Este jovem defesa, ao longo dos diversos escalões, destacou-se sempre de uma forma mais afirmativa comparativamente aos seus colegas, sendo, desta forma, visto como uma promessa dadas as qualidades evidenciadas. Ainda assim, este talentoso jogador apenas viria a projectar-se em termos nacionais no último ano de júnior, dadas as suas brilhantes exibições no nacional da 2ª Divisão de Juniores ao serviço do Diogo Cão. Face a tudo isto, o seleccionador Agostinho Oliveira acabou por não “pensar duas vezes” e decidiu convocá-lo para integrar três estágios da selecção nacional de sub-19, permitindo, desta forma, ao jovem concretizar um dos sonhos de criança.
Nome: Mário José da Costa Palmeira
Nascimento: 24/09/1989 (19 anos)
Naturalidade: Constantim
Altura: 187 cm
Peso: 78 kg
Posição: Defesa-Central
Clube: SC Braga (Emprestado ao GD Ribeirão)
Nº Camisola: 23
Sendo visto como um central de futuro, Palmeira destaca-se pela sua envergadura física, o que lhe permite dominar o jogo aéreo, demonstrando ainda bastante eficácia em jogadas de antecipação e apresentando também uma considerável técnica. Todas estas performances futebolísticas, aliadas à sua grande humildade e simplicidade, levaram a que o Sp. Braga decidisse apostar neste jovem transmontano, vencendo a corrida a outros clubes de Portugal mas também espanhóis. Este prodígio acabaria por assinar um contrato de cinco anos com o clube arsenalista, ficando desde logo acordado que efectuaria a pré-temporada juntamente com o restante plantel do Braga. Palmeira acabaria por agradar a Jorge Jesus, que, aliado ao facto de o capitão Paulo Jorge se ter lesionado gravemente, decidiu incluir o jovem no plantel principal do Sp. Braga. No entanto, o defesa acabaria também por não ser feliz pois viria a lesionar-se, levando a que não pudesse desfrutar de oportunidades que poderiam ser preciosas para mostrar a sua valia, dado que o plantel do Sp. Braga padeceu de várias lesões, sobretudo no sector defensivo, como comprovam os casos do já citado Paulo Jorge mas também do peruano Alberto Rodríguez e que poderiam beneficiar o transmontano.
A necessidade de Palmeira competir com o intuito de ganhar ritmo competitivo e a enorme margem de progressão do atleta levaram a que o presidente bracarense António Salvador decidisse, em consonância com o técnico Jorge Jesus, ceder o jovem ao Ribeirão, onde encontraria outros jovens emprestados pelo emblema arsenalista e poderia desenvolver as capacidades que a competição profissional exige. Ainda assim, acabaria por não jogar com a regularidade desejada e esperada, dado que a dupla formada por Pica (outra promessa portuguesa e que assinou recentemente pelo Varzim) e Paulo Rola sempre se mostrou bastante forte e entrosada, levando a que o técnico Flávio das Neves não prescindisse dos dois atletas, utilizando Palmeira apenas em algumas partidas e nem sempre de uma forma constante.
Finda a época, o jovem regressou ao Sp. Braga, tendo-lhe sido comunicado que faria a pré-época com o plantel principal, apesar de não ter vindo a ser utilizado nos jogos de preparação efectuados pela formação de Domingos Paciência. Assim, perspectiva-se que Palmeira seja novamente cedido, havendo a possibilidade de existir equipas da Liga Vitalis e da II Divisão interessadas no concurso do atleta, o que possibilitaria ao transmontano adquirir novos conhecimentos tácticos e confirmar esta época as suas qualidades, para que na próxima temporada possa definitivamente afirmar-se no clube da cidade dos Arcebispos.
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