sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Van der Wiel (AFC Ajax)

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Como já foi aqui referido em alguns posts, a formação de jovens atletas é cada vez mais um recurso utilizado pelos clubes com o intuito de reduzir despesas face aos tempos conturbados que vivemos em termos económicos.

No entanto, esta política de aproveitamento dos escalões de base é já um hábito recorrentemente usado pelo Ajax, que, tendo porventura as melhores escolas a nível internacional, já forneceu para o mundo do futebol nomes categóricos como Marco van Basten, Dennis Bergkamp, ou mais recentemente Rafael van der Vaart e Wesley Sneijder. Assim, e tendo em conta toda a qualidade produzida pela formação de Amesterdão, não é de admirar o facto de a aposta em Gregory van der Wiel esteja a dar cartas, tornando-o numa das principais esperanças do futebol holandês.

Lateral direito de estilo moderno, apoiando de forma constante o sector ofensivo, o jovem teve o primeiro contacto com o futebol nas camadas jovens do Ajax, alimentando o sonho de atingir a glória dos atletas já aqui mencionados provenientes das escolas do clube holandês. No entanto, a mudança dos pais para outra cidade quase traía o desejo de Gregory, que acabaria por continuar a jogar pelo Haarlem, uma equipa de nível incomparativamente inferior à formação da capital dos Países Baixos.



Nome: Gregory Van der Wiel
Nascimento: 03-02-1988 (22 anos)
Naturalidade: Amesterdão - Holanda
Altura: 172 cm
Peso: 69 kg
Posição: Defesa-Direito
Clube: AFC Ajax - Holanda
Nº Camisola: 2



Contudo, passados dois anos o seu talento poderia ser novamente exibido ao serviço do Ajax, num regresso muito saudado pelos responsáveis do clube dado o seu enorme valor. Assim, seria no colosso holandês que o jovem se estrearia nas lides profissionais numa vitória alcançada frente ao Twente em Março de 2007, acabando por ter aparições esporádicas que lhe permitiram consolidar-se no plantel principal.

Posto isto, Gregory explodiria na temporada transacta sob orientação de Van Basten, que decidiu adaptar o até então defesa central a lateral direito por entender que a sua baixa estatura física poderia ser um inconveniente para o eixo defensivo, por contraponto com a sua fantástica velocidade que seria útil para a sua nova posição. O jovem não se mostrou incomodado com esta mudança, sendo mesmo um dos elementos fundamentais no esquema do técnico pois a sua grande vocação ofensiva e as suas portentosas arrancadas explosivas pelo corredor direito concederam à equipa uma profundidade de jogo admirável, possibilitando assim criar grandes desequilíbrios nas defensivas adversárias.

Assim, no final da temporada o seu meritoso trabalho em prol do colectivo seria coroado com a atribuição do prémio "Talento do Ano" pelo clube e com uma comparação feita pela imprensa internacional a Maicon e Daniel Alves, dado o seu estilo de jogo se assemelhar bastante ao dos dois fantásticos laterais brasileiros.

A alteração no comando técnico registada esta época com a entrada de Martin Jol não afectou o rendimento do lateral, que se tem evidenciado também pelo aumento do seu score pessoal, tendo obtido três golos fruto do seu forte pendor ofensivo.

A nível de selecções, o holandês participou em 2007 no Torneio de Toulon, onde a "laranja mecânica" seria eliminada sem grande brilhantismo. Ainda assim, as suas prestações no emblema de Amesterdão encantaram o seleccionador principal holandês que haveria de possibilitar a estreia de Gregory no encontro amigável frente à Tunísia. A sua primeira partida de carácter competitivo ao serviço da selecção A aconteceria na vitória frente à Escócia, na fase de qualificação para o Mundial, na qual o lateral viria a conseguir uma boa exibição.

Vídeo:

Conceituado pelas admiráveis incursões pelo flanco destro, o jovem está na órbita de alguns clubes poderosos europeus que terão a intenção de ver de forma mais detalhada as qualidades do lateral na África do Sul, dado que este terá as portas "escancaradas" para participar na maior competição no mundo futebolístico, ambicionando assim tornar-se uma grande referência na lateral direita holandesa, algo de que a selecção nunca dispôs, contrariamente aquilo que se verificava noutras posições, onde abundavam enormes talentos futebolísticos.

Filipe Jesus

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