quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Franco Zuculini (TSG Hoffenheim)

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Depois de dois jovens jogadores que poderão despontar na Premier League já esta temporada, resolvi “viajar” para a Bundesliga para vos falar de uma das grandes promessas argentinas que recentemente ingressou no plantel do Hoffenheim. Franco Zuculini merece aqui a nossa devida atenção, sendo que, com apenas 18 anos de idade, é já internacional A pela Argentina. Diego Armando Maradona acompanhou o percurso do jovem ao longo de toda a última época e premiou-o com a inclusão na última convocatória alviceleste, realizada em Abril.

Nascido em La Rioja, região metropolitana de Buenos Aires, Franco Zuculini começou a dar os seus primeiros toques na bola aos 10 anos, no Racing Club de Avellaneda, onde, de resto, fez toda a sua formação como jogador. O seu talento desde cedo foi-lhe reconhecido, de tal modo que o seu nome foi uma presença assídua nas convocatórias das selecções jovens argentinas, nomeadamente nos sub-15 e sub-17.

A sua primeira aparição no futebol profissional foi, digamos, algo inesperada. Num momento em que a equipa do Racing lutava arduamente para sair do último lugar do Clausura 2008, o técnico Juan Manuel Llop decidiu chamar Zucu, um “garoto” de 17 anos e bastante inexperiente nestas andanças, para uma partida decisiva contra o Arsenal de Sarandí. A equipa vencia por 1-0, até que a 20 minutos do final do encontro o técnico lançou o jovem, numa tentativa de assegurar a vitória que permitia à equipa largar a lanterna vermelha. Resultado: vitória dos racinguistas e bom jogo de Zuculini, que não acusou a pressão do encontro. Franco continuou a receber a confiança do treinador e no final do campeonato contabilizava nove jogos, sendo que em três deles havia actuado como titular. A equipa conseguiu a manutenção (depois de vencer o play-off de descida) e Zuculini foi um dos poucos jogadores que saiu ileso da má campanha do clube.



Nome: Franco Zuculini
Nascimento: 05/09/1990 (18 anos)
Naturalidade: La Rioja - Argentina
Altura: 175 cm
Peso: 70 kg
Posição: Médio-Defensivo
Clube: TSG Hoffenheim - Alemanha
Nº Camisola: 36


Na temporada 2008/2009 Zuculini agarrou com “unhas e dentes” a titularidade e tornou-se uma das pedras basilares da equipa. Com características que o assemelham aos compatriotas Javier Mascherano e Esteban Cambiasso, o jovem tem a aptidão de aliar raça e técnica. Aliás, a raça de Zuculini é famosamente conhecida por uma jogada característica: La Cabezona. Esta é uma técnica de desarme utilizada pelo jovem e consiste em usar a cabeça para desarmar os seus adversários, prescindindo do habitual tackle com os pés. A habilidade com a bola também é um dos pontos fortes desta jovem promessa, sendo que ao longo de toda a época assumiu por várias vezes a função de organizador de jogo. No final, 29 jogos nas pernas (apenas um como suplente) e dois golos (um no Apertura e outro no Clausura).

A sua excelente campanha foi recompensada com a convocatória para o Campeonato Sudamericano Sub-20, onde participou em seis partidas, e, posteriormente, para os jogos com Colômbia e Equador, na campanha de qualificação da selecção principal para o Mundial-2010. A 20 de Maio de 2009, no jogo amigável, frente ao Panamá, que antecedeu as duas partidas, Maradona concedeu alguns minutos a Zuculini, contudo não o fez alinhar em nenhuma das partidas oficiais. Apesar disso, o que de facto foi valorizado pelo atleta foi a confiança em si depositada por El Pibe e a realização de um sonho de qualquer jogador de futebol: defender as cores do seu país pela selecção A.

Um mês volvido da sua primeira internacionalização, o Hoffenheim assegurou a contratação de Zucu, reforçando os cofres do Racing com uma verba de 4,7 milhões de euros. Esta transferência pôs fim a vários rumores que colocavam a jovem promessa argentina na rota de Itália.

Vídeo
Com o campeonato alemão aí à porta, fica a expectativa de ver o que Zuculini é capaz de nos oferecer. Caso o jovem consiga agarrar as oportunidades dadas pelo técnico Ralf Rangnick, pode ser que estejámos perante o surgimento de mais um grande trinco argentino, capaz de fazer relembrar a magia de Fernando Redondo...
Pedro Nogueira

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